Nova planilha da JBS lista 64 políticos e cita Temer

Uma planilha apreendida na sede da empresa JBS, em São Paulo, registra a existência de uma conta-corrente aberta especialmente para abastecer políticos e partidos. Um total de 64 nomes aparece nas movimentações financeiras detalhadas no documento, entre elas o nome Temer, supostamente referindo-se ao presidente Michel Temer (PMDB).

Chama a atenção o nível de detalhamento da planilha, encontrada pela Polícia Federal dentro de uma pasta no gabinete de Wesley Batista – um dos proprietários da empresa – no dia 11 de maio de 2017. A apreensão foi feita no âmbito da Operação Maquinários, coordenada pela Superintendência Regional da Polícia Federal de Mato Grosso do Sul. ÉPOCA teve acesso à íntegra do documento sigiloso.

Um dos 64 nomes da planilha está indicado como “Temer”, supostamente o presidente Michel Temer (PMDB), que no dia 2 de setembro de 2014 recebeu o “crédito” de R$ 1 milhão, segundo as anotações. Parte  dessas transações – descritas ao longo de nove meses – já tinha vindo à tona, por meio de delações premiadas de executivos da JBS, e outra parte permanecia oculta até então.

A data associada a Temer bate com as informações prestadas, por meio de delação premiada, pelo lobista Ricardo Saud. É o mesmo dia que o doleiro disse ter determinado o pagamento, desse mesmo R$ 1 milhão, ao então vice-presidente.

As planilhas revelam o entra e sai de dinheiro na conta-corrente e trazem também detalhes como datas de pagamento, nome do recebedor, valores  das transações e até o saldo da conta-corrente  no dia em que o dinheiro foi debitado. A planilha registra que Temer, por exemplo, teria recebido o recurso ilícito quando a conta estava recheada com R$ 1.176 milhão – sendo que, desse valor, R$ 405 mil entraram na conta da JBS naquele mesmo dia. Com a retirada de R$ 1 milhão, a conta ficou ainda com um saldo  R$ 176 mil, sendo abastecida, três dias depois, com mais R$ 519 mil.

As anotações da JBS, feitas entre 25 de agosto de 2014 (data em que a conta foi aberta, com saldo inicial de R$ 320 mil) e 21 de janeiro de 2015, sugerem que a empresa depositou mais de R$ 56 milhões na conta.

As planilhas detalham até mesmo o pagamento de férias para intermediários do dinheiro, entre eles uma pessoa identificada como Florisvaldo, que recebeu R$ 25.726 em 26 de novembro de 2014. Florisvaldo Oliveira era o funcionário da companhia chamado de “homem da mala” pelo executivo Ricardo Saud. Foi ele quem entregou R$ 1 milhão em espécie que teria o presidente Michel Temer como destinatário.

Florisvaldo contou que o dinheiro estava em uma caixa e foi entregue para João Baptista Lima Filho, um coronel aposentado da Polícia Militar paulista que é amigo de Temer. 

O local da entrega, a Argeplan Arquitetura e Engenharia, na Vila Madalena, em São Paulo, foi alvo de busca e apreensão pela PF.

A origem  do dinheiro era o BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Os aportes do BNDES na JBS proporcionados pelo governo petista custavam um pedágio de 4%, num acerto feito anos antes por Joesley Batista com o então ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O dinheiro foi estocado em duas contas nos Estados Unidos, cujo saldo superou os US$ 150 milhões. Na campanha de 2014, a mando de Mantega, começou a ser distribuído. Para Temer, especificamente, foram destinados R$ 15 milhões – ele ficou com parte em dinheiro vivo e repassou valores para correligionários.

Na parte superior direita de cada página do documento a que ÉPOCA teve acesso, há a descrição “contas correntes – supermercados  MG (Marcelo)”, o que leva a Polícia Federal a acreditar que um supermercado – possivelmente localizado no estado de Minas Gerais – foi usado como empresa de fachada para o repasse de dinheiro ilegal.

O uso de redes varejistas para repassar recurso ilícito a políticos dos mais variados partidos tem sido uma prática alvo das investigações que correm no âmbito da Lava Jato. Os supermercados são considerados ótimas fontes de pagamentos em dinheiro vivo para campanhas eleitorais.

Delatores da JBS já revelaram que o frigorífico combinava com os supermercados pagamentos por seus produtos em espécie e, em seguida, destinava as quantias diretamente a emissários dos políticos beneficiados. Segundo o ex-executivo Ricardo Saud, os supermercados não sabiam do que se tratava os pagamentos nem tiveram nenhum tipo de vantagem.

A nova lista que está nas mãos da Polícia Federal favorece essa tese e traz novos elementos que vão ajudar as investigações em curso na Lava Jato. O Palácio do Planalto foi procurado para comentar as informações, mas até as 16h30 desta segunda-feira (23) não havia se manifestado. Assim que tiver uma resposta, ÉPOCA fará a atualização desta matéria. 

Fonte: Época

Justiça determina transferência de Sérgio Cabral para presídio federal

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, determinou a transferência do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral para um presídio federal. O magistrado atendeu ao pedido feito pelo procurador federal Sergio Pinel, que alegou falta de segurança no presídio onde Cabral se encontra, em Benfica.

Pinel considerou que Cabral, durante o interrogatório desta segunda-feira (23), comentou saber informações sobre a família de Bretas, que trabalharia no setor de bijuterias, o que comprovaria que ele tem acesso a informações privilegiadas dentro da cadeia.

“O que levou o Ministério Público Federal (MPF) a requerer a transferência de Sérgio Cabral foi uma afirmação no seu interrogatório de que teria obtido na prisão informações a respeito da vida da família do magistrado. Isto o MPF acha que é muito grave. A prisão não tem sido suficiente para afastar o réu de informações de fora da cadeia e levou a pedir sua transferência”, explicou Pinel.

Cabral está preso desde novembro do ano passado, após as investigações da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato que prendeu o ex-governador e várias pessoas ligadas a sua gestão no governo. Em maio ele foi transferido de Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, para a Cadeia Pública José Frederico Marques, no bairro de Benfica.

O advogado Rodrigo Roca, que defende Cabral, considerou a decisão arbitrária e disse que vai recorrer. “Arbitrária, ilegal e nós vamos levar ao conhecimento do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, para que ele decida e dê a última palavra. Se for necessário, vamos aos tribunais de Brasília”, disse Roca, ressaltando que a decisão representa cerceamento à defesa.

Fonte: Agência Brasil

Presos dois policiais envolvidos na morte da turista espanhola na Rocinha

A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) informou nessa segunda-feira (23), em nota sobre a morte da turista espanhola Maria Esperanza Ruiz Jimenez, de 67 anos, na Favela da Rocinha, que a corregedoria da corporação determinou a prisão em flagrante dos dois policiais diretamente envolvidos no fato – um oficial (tenente) e um soldado. Os dois policiais foram encaminhados para Unidade Prisional da PM, em Niterói, região metropolitana do Rio.

“Após análise do fato, caberá ao Ministério Público Militar do Estado Rio de Janeiro decidir os rumos da investigação”, diz a nota divulgada pela PM.

A nota diz, ainda, que a Polícia Militar, assim como das demais forças de segurança do país, segue os procedimentos estabelecidos no Manual de Abordagem. O manual diz que, em casos como o que ocorreu nesta segunda-feira, os policiais não devem fazer disparos e sim perseguir o veículo que não obedeceu à ordem de parar e bloquear sua passagem assim que for possível. A razão pela qual esse procedimento não foi cumprido é também objeto da investigação em curso.

Os dois  militares estão sendo ouvidos na 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar da PM, e, em seguida, serão encaminhados para a Divisão de Homicídios onde serão ouvidos pelo delegado Fábio Cardoso, encarregado do inquérito.

Fonte: Jornal do Brasil

Gonzaga Patriota lidera “Ranking dos Políticos” entre deputados e senadores do PSB de Pernambuco

Deputado federal por Pernambuco, Gonzaga Patriota lidera o “Ranking dos Políticos” entre os senadores e deputados federais do PSB que representam o Estado em Brasília. O socialista também aparece em 3° lugar geral em Pernambuco e na 57ª colocação no ranking nacional, entre 594 senadores e deputados.

Gonzaga comemora o posicionamento na conceituada pesquisa. “Fico muito feliz em obter essas valorosas posições em uma pesquisa renomada como a Ranking dos Políticos. Isto fará com que eu possa continuar defendendo os mais humildes no Congresso Nacional e, votando de acordo com o que a sociedade deseja”, disse.

A pesquisa é organizada pelo site www.politicos.org.br, criado por uma organização independente que compara políticos de todo o país, para ajudar os eleitores a selecionar seus candidatos de uma maneira melhor. A avaliação é feita usando como critérios a presença nas sessões legislativas, privilégios, qualidade legislativa e processos judiciais.

Da redação do Blog Alvinho Patriota