Candidata francesa é agredida e desmaia em Paris

A candidata francesa Nathalie Kosciusko-Morizet, que concorre a uma vaga de deputada na Assembleia Nacional pelo partido Os Republicanos, foi agredida nesta quinta-feira (15) por um homem que tentou dar um tapa em seu rosto. Kosciusko-Morizet, de 44 anos e ex-ministra do Meio Ambiente, estava em um mercado a céu aberto em Paris quando foi agredida.    

O tapa foi tão forte que derrubou a candidata no chão e a fez perder os sentidos, permanecendo desmaiada por quase 30 minutos.    

O agressor, de cerca de 50 anos, também insultou verbalmente a candidata e lançou folhetos contra ela. O homem está foragido e a Promotoria de Paris abriu um inquérito por “violência voluntária”. O primeiro-ministro da França, Edouard Philippe, foi até o hospital Cochin de Paris para prestar solidariedade à Kosciusko-Morizet, que recebeu atendimento no local. “Desejo uma rápida recuperação para minha amiga Nathalie Kosciusko-Morizet. Condeno este ato de violência insuportável”, escreveu o premeir no Twitter.    

A líder do partido de extrema-direita Frente Nacional (FN), Marine Le Pen, também demonstrou solidariedade à candidata. A violência não pode ter espaço em uma campanha eleitoral. Esses comportamentos são sempre inadmissíveis”, criticou.    

Nathalie Kosciusko-Morizet é uma das candidatas às eleições legislativas francesas, cujo segundo turno está marcado para o próximo domingo (18).

Fonte:Jornal do Brasil

Sambistas convocam protesto na internet após comunicado da Liesa

A divulgação do comunicado da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) de não desfilar em 2018, caso a prefeitura mantenha a decisão de cortar pela metade a verba pública de subvenção, fez com que vários sambistas começassem a compartilhar um cartaz chamando a população para protesto nas ruas. Na imagem, divulgada no fim da noite de quarta-feira, há frases com versos da música “Não deixe o samba morrer / Não deixe o samba acabar” em um fundo preto, simbolizando uma espécie de luto. Alguns profissionais do carnaval ainda convocam para uma “batucada” na porta da sede do governo municipal. O protesto seria no próximo sábado, às 15h.

Na noite desta quarta-feira, após reunião na sede da Liga com todos os dirigentes das agremiações, ficou decidido que a “redução do subsídio da prefeitura às agremiações inviabiliza o carnaval do ano que vem”. O presidente da Liesa, Jorge Castanheira, afirmou que aguarda uma audiência com Crivella para decidir os rumos definitivos da folia de 2018.

— É muito angustiante. Vamos aguardar uma audiência com a prefeitura para tentar encontrar outra saída. Mas se o prefeito não voltar atrás, a apresentação fica inviabilizada — disse o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, acrescentando: — O carnaval traz muita receita para a cidade, é um investimento para a prefeitura. Entendemos as dificuldades que o prefeito tem para administrar, mas ele também tem que compreender que o carnaval é o maior ativo cultural do Rio.

REDUÇÃO DE VERBA

Após o anúncio de que o prefeito Marcelo Crivella pretende cortar à metade a subvenção distribuída às escolas do Grupo Especial, pelo menos cinco das 13 agremiações da elite do carnaval — União da Ilha, Mocidade, São Clemente, Mangueira e Unidos da Tijuca — ameaçaram ficar longe da Marquês de Sapucaí em 2018. Representantes do setor turístico e das escolas argumentam que o investimento do município no maior evento da cidade incrementa a economia do Rio. A festa, segundo cálculos da Riotur, movimenta R$ 3 bilhões no período, aumentando a arrecadação de impostos.

O prefeito Marcelo Crivella disse, na segunda-feira, que planeja cortar pela metade a subvenção concedida às escolas de samba do Grupo Especial a partir do carnaval de 2018. Os recursos das escolas seriam remanejados para dobrar as diárias pagas por criança às creches privadas conveniadas com a prefeitura.

Nos dois últimos anos (2016-2017), cada escola do Grupo Especial recebeu R$ 2 milhões da prefeitura. Com o corte, esse valor passaria para R$ 1 milhão por agremiação, que corresponde ao que cada escola recebeu há dez anos, em 2008. O prefeito argumentou que precisa dos recursos, e que o corte não iria interferir tanto no evento se os sambistas forem valorizados.

Fonte: O Globo

Palocci entrega alegações finais a Sérgio Moro e pede absolvição

O ex-ministro Antonio Palocci pediu quarta-feira (14) à noite a absolvição das acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. De acordo com a defesa de Palocci, ficou demonstrado no decorrer da instrução processual a ausência do cometimento do delito por parte do ex-ministro. Preso desde o dia 26 de setembro de 2016, ele está detido na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba.

O pedido da defesa do ex-ministro foi encaminhado ao juiz federal Sergio Moro e consta das alegações finais, parte derradeira do processo antes da decisão judicial. A Procuradoria da República no Paraná entregou suas argumentações em maio.

O Ministério Público denunciou Palocci por recebimento de propina junto ao grupo Odebrecht para obtenção de contratos de afretamento de sondas com a Petrobrás. Ainda de acordo com a denúncia, parte dos recursos foram destinados para pagamento dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura pelo trabalho na eleição presidencial de 2010.

De acordo com a força-tarefa do MP, Palocci atuou de maneira decisiva para que os pagamentos fossem efetivados. Por isso, os procuradores cobram do ex-ministro o pagamento de R$ 32.110.269,37, valor correspondente à suposta propina paga pela empreiteira Odebrecht.

“A integralidade da prova produzida nos autos demonstra que o acusado não se envolvia ou decidia a forma como que seriam feitos os pagamentos à Monica Moura e João Santana por seus serviços de marketing eleitoral”, diz a peça da defesa.

Os advogados pediram ainda que seja decretada incompetência da Justiça Federal para processar e julgar Palocci, uma vez que os crimes que ele teria cometido deveriam ficar a cargo da Justiça Estadual, uma vez que a Petrobras é uma empresa de economia mista.

A legislação determina, no entanto, que os crimes praticados em prejuízo da União serão julgados pela Justiça Federal. Fora dessas hipóteses a competência é, em regra, da Justiça dos estados.

A defesa citou como argumentos decisões de ministros do Supremo Tribunal Federal, entre eles Luís Roberto Barroso e a ministra aposentada Ellen Gracie, nas quais os magistrados afirmam que “a presença de sociedade de economia mista em procedimento investigatório não acarreta, por si só, na presunção de violação de interesse econômico ou jurídico da União.”

A defesa também pede que o processo seja transferido para Brasília, porque as “pretensas irregularidades atribuídas à pessoa do acusado, reitere-se, teriam ocorrido fora da jurisdição paranaense (supostos pagamentos indevidos, solicitados em decorrência da influência do cargo que ocupara Antonio Palocci Filho).”

Fonte: Agência Brasil

Rodrigo Maia diz que pode suspender recesso para votar denúncia contra Temer

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu nesta quinta-feira (15) ao Broadcast que existe a possibilidade de o Congresso Nacional suspender o recesso parlamentar para analisar um eventual pedido de denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer. Em resposta à reportagem do Grupo Estado, Maia afirmou que, em sua opinião, essa questão pode, sim, justificar uma suspensão do recesso. Ele explicou que isso seria definido numa consulta ao Plenário.

“É meio óbvio. Se tem uma denúncia contra o presidente que precisa ser votada… Aí, de repente, tem o recesso e para a eventual votação por 15 dias. Vamos voltar a tratar disso depois de 15 dias? Parar no meio do recesso, é claro que não tem condição. Tem que começar uma eventual discussão sobre esse assunto, tendo início meio e fim. Para o Brasil, isso é fundamental”, disse.

Essa possibilidade já havia sido informada pelo Estado na edição desta quinta-feira. A reportagem apurou que, anteontem, em almoço com deputados do PSB, Rodrigo Maia afirmou que, se necessário, pedirá a suspensão do recesso.

Ontem, o presidente da Câmara afirmou, no entanto, que essa decisão não depende apenas dele. “Isso não depende do presidente da Câmara, mas do Plenário. Vamos aguardar. Estamos ainda na fase das hipóteses. Quando acontecer tratamos do resto”, explicou.

Assim que for apresentada pela PGR, a denúncia deve ser enviada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Segundo o regimento interno da Casa, o colegiado terá 15 sessões para analisar o caso, sendo dez para a apresentação da defesa do presidente e, após isso, mais cinco para o relator apresentar seu parecer. Após ser votada no colegiado, a denúncia tem de ser apreciada no plenário.

Fonte: Bonde News