Ciro Gomes afirma que receberia à bala a turma de Sérgio Moro

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Com a Lava Jato em baixa nas ruas, o ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT) afirmou que receberia à bala a turma do juiz Sérgio Moro caso fosse preso como foi o blogueiro Eduardo Guimarães.

“Hoje esse Moro resolveu prender um blogueiro [Eduardo Guimarães, que vazou a operação contra Lula para seu assessor], ele que mande me prender. Eu recebo a turma dele na bala”, declarou o pedetista ao se referir ao ‘abuso de autoridade’ do magistrado da Lava Jato.

Na última terça-feira (21), Moro determinou a condução coercitiva do blogueiro para que o mesmo revelasse suas fontes jornalísticas. O Brasil e o mundo se levantaram em solidariedade a Eduardo Guimarães e na condenação do atentado à liberdade de imprensa.

Fonte: Blog do Esmael

Protestos na Rússia terminam com centenas de detidos, incluindo opositor Navalny

O opositor russo Alexei Navalny e centenas de seus partidários foram detidos neste domingo em toda a Rússia em protestos contra a corrupção, em uma das maiores manifestações contra Vladimir Putin desde seu retorno ao Kremlin em 2012.

Os protestos, convocados por Navalny, reuniram dezenas de milhares de pessoas no país.

Alexei Navalny, que foi detido no começo do protesto em Moscou, será apresentado nesta segunda-feira pela manhã ao juiz, informou seu porta-voz Kira Iarmych no Twitter, por convocar uma manifestação que gerou desordem pública.

Na capital russa, onde milhares de pessoas desafiram a proibição de protestar, pelo menos 933 foram detidas”, relatou na noite deste domingo a organização OVD-Info especializada no acompanhamento de manifestações. A ONG contabilizou dezenas de prisões nas províncias.

A polícia anunciou cerca de 500 detenções em Moscou e mais de 130 em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

Navalny convocou o protesto depois da publicação de um relatório que acusa o primeiro-ministro Dimitri Medvedev de estar à frente de um império imobiliário financiado por oligarcas.

Essa investigação, apresentada com um vídeo, foi vista 11 milhões de vezes no YouTube. As autoridades não reagiram, como fizeram com os outros vídeos publicados pela organização dirigida por Navalny, que se coloca como o principal opositor ao Kremlin, denunciando a corrupção das elites.

Fonte: AFP

Turista argentino morre após se envolver em briga com brasileiros em Ipanema

Um turista argentino de 28 anos, identificado como Matias Sebastian Carena, morreu na madrugada deste domingo após se envolver em uma briga com um grupo de brasileiros em Ipanema, Zona Sul do Rio. De acordo com as primeiras informações, a briga ocorreu após uma festa em um bar na Rua Vinícius de Moraes. Matias e três amigos argentinos se desentenderam com outras pessoas que saíam da festa e começaram a brigar na calçada.

Seguranças conseguiram apartar a confusão, que continuou do outro lado da rua. Matias então se desequilibrou e caiu de cabeça em uma quina na calçada, ficando desacordado. Ele continuou a ser agredido com socos e até uma muleta.

A vítima foi levada para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, onde já teria chegado morta. A Divisão de Homicídios (DH) investiga o caso. Os três argentinos amigos de Matias já foram ouvidos pela DH, que foi até o local do crime. Os policiais também buscaram imagens de câmeras de segurança para tentar identificar os agressores.

Fonte: O Dia

Defesa da Lava Jato e crítica ao voto em lista fechada reúnem manifestantes pelo Brasil

Protestos convocados pelas redes sociais reuniram neste domingo (26) manifestantes em pelo menos 10 cidades do Brasil.

Os movimentos MBL (Movimento Brasil Livre) e Vem Pra Rua, que protagonizaram as manifestações em defesa do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, voltam a liderar os protestos.

Porém, as manifestações deste domingo tiveram menos adesão que protestos anteriores, como o de março de 2016 que pedia a saída de Dilma Rousseff.

Valorização da Operação Lava Jato e do juiz Sergio Moro, críticas ao esquema de votos em lista fechada e pedidos de prisão de políticos corruptos são as pautas que uniram os movimentos sociais difusos que ontem estiveram na rua. Outros temas, como a terceirização e a reforma da presidência, contudo, ainda dividem opiniões.

Em Brasília, cerca de 500 pessoas reuniram-se em frente ao Congresso Nacional, de acordo com informações da Folha. Os manifestantes fizeram um “enterro simbólico” de políticos envolvidos em denúncias, como os ex-presidentes Collor, Lula e Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Em Curitiba, o público foi de cerca de 4 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Liderados por carros de som, os protestantes pediam o fim do foro privilegiado e criticavam as “tentativas” do Congresso de minar a Operação Lava Jato. Eles também pediam “Lula na cadeia” e afirmavam que uma “onda verde e amarela” iria tomar conta do País.

Em São Paulo, os protestos concentraram-se na Avenida Paulista e os manifestantes dividiam-se entre os carros de som dos organizadores. Até a publicação da reportagem, a PM não havia divulgado sua estimativa de participantes. Já o MBL afirmou que pelo menos 15 mil pessoas compareceram aos atos na capital.

Fonte: The Huffington Post

Carne Fraca: Exportação perde US$ 130 mi em uma semana

Apenas uma semana após a deflagração da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, o setor de carnes contabiliza perdas de mais de 130 milhões de dólares. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), ligada aos setores de aves e suínos, estima uma perda com exportações de 40 milhões de dólares até a sexta-feira. Já o setor de carne bovina, representado pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), embora não tenha um número fechado, estima que pelo menos 96 milhões de dólares em produtos prontos para a exportação estejam parados no Porto de Santos (SP), impedidas de seguir para o exterior.

O presidente executivo da ABPA, Francisco Turra, afirma que a primeira semana da Operação Carne Fraca foi de “impacto muito forte” para o setor. “Virou um momento muito dramático, nunca vi igual, e com dificuldades de se reverter”, diz. “A solução não demandará uma semana ou uma simples palavra oficial.

Tudo o que deixar de ser exportado não tem espaço para ser absorvido (internamente). Então, tem de diminuir produção e reduzir empregos, o que já começa a ocorrer”, afirma.

Na semana passada, a JBS, por exemplo, anunciou a suspensão da produção de carne bovina em 33 de suas 36 unidades no Brasil, e informou que, quando retomar as atividades, a partir de amanhã, as fábricas vão operar com um corte de 35% na produção. Segundo a empresa, isso seria feito para ajustar a produção à demanda em queda.

Absurdo

Com o bloqueio de vários países às importações de carnes brasileiras, os embarques praticamente ficaram paralisados. O próprio Ministério da Agricultura estimou que a queda chega a mais de 90%. “É uma coisa absurda”, afirmou o ministro Blairo Maggi.

O ministro acredita que as exportações poderão ser regularizadas num prazo entre uma semana e 15 dias. Ainda assim, o prejuízo já ocorreu. No mínimo, os frigoríficos perderam de uma semana a 15 dias nos volumes de produção que haviam programado para este ano.

Maggi estimou durante a semana que as perdas com exportações de carne poderiam chegar a  1,5 bilhão de dólares, se a crise não for solucionada rapidamente.

Para tentar reverter a situação, o próprio ministro vem trabalhando com a Abiec e a ABPA em busca de estratégias. Uma delas, segundo o presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli, seria uma missão brasileira aos países que suspenderam as compras da carne brasileira. “A primeira visita, que possivelmente contará com Maggi, seria à China (que ontem anunciou que retomará as importações, exceto dos 21 frigoríficos investigados na Carne Fraca), e depois Hong Kong e Argélia, “importante mercado para o Brasil e que vinha ampliando significativamente as compras desde janeiro”, disse Camardelli.

As vendas de carnes têm peso importante dentro da economia brasileira. No ano passado, responderam por 7,5% do total das exportações do país, com um impacto aproximado de 0,8% do PIB. Por isso, são grandes as preocupações de que essa crise se prolongue por mais tempo.

Fonte: VEJA