‘Estamos destruindo o mundo por uma minoria’

Professor de Economia da PUC-SP diz que, ao contrário do que analistas consultados pela mídia tradicional sugerem, mundo produz riqueza suficiente para suprir necessidades básicas de todo o planeta

O professor de Economia da PUC-SP Ladislau Dowbor, em entrevista à Revista Diálogos do Sul, debateu os fundamentos da atual crise financeira internacional e as consequências do chamado capital especulativo na vida das pessoas. Em síntese, ressaltou que estamos destruindo o planeta por uma minoria e deixando o grosso da população de fora do sistema. “Nós não temos problema econômico, temos um problema de organização social e política”, afirmou.

O professor ressaltou que, ao contrário do que os analistas de sempre consultados pela grande imprensa sugerem, o mundo produz riqueza suficiente para suprir as necessidades básicas de todo o planeta e exemplifica: se toda a produção do mundo fosse dividida pelos habitantes da Terra, cada família receberia R$ 9 mil por mês, em média.

Mas, ao contrário disso, ressalta, “temos 62 bilionários que têm mais riqueza acumulada do que as 3,6 bilhões de pessoas mais pobres”.

Ele explica que esse processo é possível graças ao sistema especulativo, em que o capital fica parado, gerando lucro apenas via especulação, sem produção e sem pagamento de impostos.

Porém, ele aposta que não há, por parte das populações mais pobres, conformismo com essa situação: “qualquer pobre hoje sabe que poderia ter um hospital, uma escola de qualidade. O pessoal está começando a se mexer e não adianta construir muros”, diz em referência à migração de centro-americanos e mexicanos para os Estados Unidos e à crise de refugiados na Europa.

“Temos US$ 30 trilhões em paraísos fiscais – enquanto o PIB mundial é de US$ 72 trilhões – então essa gente não só não investe, como não paga impostos. Temos um capitalismo de dinheiro parado, um capitalismo improdutivo planetário”, afirma o professor. Ele ressalta que esse montante poderia estar sendo investido para resolver nossos problemas enquanto humanidade, mas está enriquecendo uma minoria.

Nesse contexto, ele observa que a crise brasileira é apenas um aparte em todo o processo da economia global, mas ressalta que a solução para a crise vivenciada no país com a Proposta de Emenda à Constituição 241 (PEC 241, que impõe o teto dos gastos públicos para os próximos 20 anos) não é, ao contrário do que alguns economistas defendem, “um remédio amargo, porém necessário”.

Isso porque “os bancos geraram o rombo (das contas públicas). O que querem fazer (com a PEC 241) é que o andar de baixo tenha que pagar o rombo, mas quando se reduz investimento, você chupa o dinheiro do andar de baixo e vai travar ainda mais a economia”.

Fonte: RBA

Hillary aumenta vantagem sobre Trump para 12 pontos

A candidata democrata Hillary Clinton supera seu oponente republicano Donald Trump por uma confortável margem de 12 pontos, sua maior vantagem a duas semanas da eleição presidencial americana – de acordo com pesquisa publicada neste domingo (23).

A ex-secretária de Estado, de 68 anos, tem 50% das intenções de voto contra 38% para o magnata, de 70, indica a pesquisa ABC News/The Washington Post.

Esse foi o maior nível de apoio que Hillary registrado em todas as pesquisas realizadas pela ABC News desde o começo da campanha e o menor índice para Trump.

A sondagem da ABC News dava apenas quatro pontos de vantagem para Hillary depois do segundo debate entre os candidatos em 9 de outubro.

De acordo o site RealClearPolitics, a média das pesquisas em nível nacional mostra uma vantagem para Hillary de 47,7% contra 41,9%. Ela também está na frente na Pensilvânia e na Flórida, outros dois campos de batalha. Já Trump se mantém forte em bastiões como o Texas, com uma vantagem de três pontos.

A última pesquisa da ABC News/The Washington Post revela também que 69% dos consultados desaprovam a resposta de Trump às mulheres que o acusam de abuso sexual.

No sábado (22), o magnata afirmou que as mulheres estão mentindo e prometeu processá-las depois da eleição de 8 de novembro. Até agora, 11 mulheres acusaram Trump publicamente.

Fonte: AFP

PEC do Teto volta a ser colocada à prova nesta semana na Câmara

A poucos dias do segundo turno das eleições municipais, marcado para 30 de outubro, a Câmara dos Deputados tem pautada para esta semana a retomada do trâmite da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que estabelece um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos e tem suscitado reações inflamadas por parte de quem é contra e a favor.

A expectativa do governo, autor da proposta, é que o texto seja aprovado rapidamente como está, de modo que possa a vigorar a partir do Orçamento do ano que vem e que sirva como um sinal positivo para a retomada de confiança dos agentes econômicos, mas a oposição e movimentos sociais, que temem a restrição de gastos em áreas como saúde e educação, estão mobilizados contra a medida.

Aprovada pelos deputados em primeiro turno no dia 10, por 366 votos a 111 e com duas abstenções, a expectativa era de que a PEC 241 voltasse à pauta nesta segunda-feira (24). A possibilidade, contudo, de que não houvesse quórum o bastante para viabilizar sua votação, pois alguns deputados estão empenhados na reta final das campanhas de segundo turno das eleições municipais, fez com que a análise da proposta fosse marcada para terça (25).

Protestos e defesa do governo

Em diversos estados, estudantes secundaristas e universitários ocuparam escolas e universidades em protesto contra a PEC 241, bem como para se opor às mudanças na educação decorrentes de uma medida provisória editada no mês passado pelo governo.

Os ministros do governo, por outro lado, têm feito declarações em defesa do teto de gastos, tido como essencial para a recuperação da economia a partir do ano que vem. Nesta semana, por exemplo, o ministro do planejamento, Dyogo Oliveira, disse ser necessário “fazer ajustes para não frustar expectativas” e que o Orçamento do ano que vem já foi calculado tendo em vista a aprovação da PEC.

Na quarta-feira (19), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a defender a PEC como sendo essencial para a recuperação da economia e da geração de empregos. Ele disse ainda que “não há margem” para exceções na proposta.

Fonte: Agência Brasil

Parlamento venezuelano aprova texto que diz que Maduro promoveu golpe

O parlamento da Venezuela, controlado pela oposição, aprovou neste domingo (23) em uma sessão extraordinária um acordo no qual declara a “ruptura da ordem constitucional e a existência de um golpe de Estado” no país “cometido pelo regime de Nicolás Maduro e pelos poderes Judicial e Eleitoral”.

Os parlamentares acertaram solicitar à comunidade internacional a “ativação de todos os mecanismos necessários para garantir os direitos do povo da Venezuela”.

Eles também anunciaram que formalizarão uma denúncia no Tribunal Penal Internacional (TPI) contra os juízes regionais e os reitores do Conselho Nacional Eleitoral, classificados como “responsáveis” da suspensão do processo de referendo para tirar Maduro do poder.

O parlamento pediu o início de um processo para determinar a situação constitucional da presidência da Venezuela, já que alegam haver uma investigação sobre a “provável dupla nacionalidade de Maduro” e que existem “fundamentadas razões” para determinar o abandono das funções constitucionais da presidência.

Além disso, o texto aprovado exige que as Forças Armadas da Venezuela “não obedeçam ou executem nenhum ato ou decisão que sejam contrários aos princípios constitucionais” e convocou os cidadãos do país a fazer uma “defesa ativa” da Carga Magna.

Nesta semana, sete tribunais regionais determinaram a suspensão do processo de coleta de 1% das assinaturas do colégio eleitoral venezuelano após suspeitas de fraude.

O Conselho Nacional Eleitoral adiou o processo até nova ordem, um ato que a oposição classifica de “golpe de Estado”.

Fonte: G1

Flamengo só empata com Corinthians no Maracanã e se afasta da ponta

No reencontro com a torcida, na tarde deste domingo, no Maracanã, Flamengo e Corinthians empataram por 2 a 2. O resultado fez a equipe rubro-negra se afastar do líder Palmeiras. O rubro-negro carioca chegou a 61 pontos ganhos, seis a menos do que a equipe paulista. Os gols foram marcados por Guerrero, dois, para o Flamengo e Guilherme e Rodriguinho para o Corinthians. Satisfeita com o desempenho da equipe, a torcida que lotou o Maraca, aplaudiu a equipe da Gávea no final da partida.

Na presença de Tite, técnico da Seleção Brasileira, Flamengo e Corinthians disputaram uma partida repleta de lances emocionantes. O Corinthians saiu na frente, mas o Flamengo reagiu no segundo tempo , chegou ao empate e criou várias chances para alcançar a vitória, mas esbarrou na atuação segura do goleiro Walter. O time paulista jogou parte da segunda etapa com apenas dez jogadores por causa da expulsão do atacante Guilherme, mas soube resistir à pressão do adversário.

Na próxima rodada, o Flamengo enfrentará o Atlético-MG, no Independência; O Corinthians vai encarar a Chapecoense, no Itaquerão.

Fonte: Gazeta Press