Mercedes dá R$ 100 mil a quem aderir PDV em São Bernardo

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a Mercedes-Benz assinaram hoje (24) um acordo para evitar demissões e também diminuir a quantidade de trabalhadores da empresa na fábrica de São Bernardo do Campos, na Grande São Paulo.

Pelo acordo, a empresa vai abrir um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV), com a meta de atingir 1,4 mil trabalhadores. O PDV ficará aberto até o dia 31 de agosto e oferecerá um valor único de R$ 100 mil, independente do tempo de casa ou do setor de atuação.

Para o excedente de trabalhadores que não for atingido pelo PDV, será utilizado o mecanismo de layoff (a suspensão de contratos), garantindo estabilidade até dezembro de 2017.

Segundo o sindicato, o acordo suspende a demissão de mais de dois mil trabalhadores, conforme anunciado pela montadora no início do mês. A proposta foi aprovada na manhã de hoje durante assembléia dos trabalhadores.

“Durante todo o processo, a empresa argumentou a necessidade de acabar com o excedente de 2.670 metalúrgicos. A negociação não avançava, pois eles não aceitavam rever as demissões. Depois das mobilizações, conseguimos conversar. Insistimos que a proposta só seria viável se a empresa investisse num PDV realista, que levasse em conta o perfil dos companheiros que estão na fábrica. Hoje, 60% dos metalúrgicos têm até 12 anos de casa e os PDVs anteriores só eram interessantes para quem tinha mais tempo de trabalho”, disse Aroaldo Oliveira da Silva, vice-presidente do sindicato e trabalhador na Mercedes.

O sindicato informou que a fábrica da Mercedes em São Bernardo do Campo tem atualmente nove mil trabalhadores. Os metalúrgicos dessa fábrica estão de licença remunerada desde o dia 5 de agosto.

De acordo com a Mercedes, esse acordo, que prevê mais uma oportunidade de PDV, “é mais atrativo” que os outros, tendo “como principal vantagem o valor fixo de R$ 100 mil, independentemente do tempo de casa e da idade do colaborador”.

Fonte: Agência Brasil

Farc e governo fecham acordo histórico de paz para Colômbia

Os rebeldes das Farc e o governo da Colômbia alcançaram um histórico acordo final de paz para acabar com uma luta de meio século que deixou milhares de vítimas – anunciaram os negociadores, nesta quarta-feira (24), ao fim de quase quatro anos de diálogos em Cuba.

Para o presidente Juan Manuel Santos, começa o fim “da tragédia da guerra” na Colômbia.

“Hoje, começa o fim do sofrimento, da dor e da tragédia da guerra”, celebrou Santos, em pronunciamento transmitido em rede nacional, diretamente da Casa de Nariño.

As difíceis discussões que Havana sediou chegaram a um final feliz com a assinatura de um acordo de seis pontos substanciais que, para se tornar eficaz, deverá ser aprovado em um plebiscito marcado para 2 de outubro.

“Concordamos em assinar o presente acordo final para o término do conflito e para a construção de uma paz estável e duradoura, cuja execução porá fim de forma definitiva a um conflito armado de mais de 50 anos”, diz o comunicado conjunto, lido em Havana pelos avalistas de Cuba e Noruega.

O pacto prevê essencialmente que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) deponham os fuzis e se tornem um partido político.

De acordo com Santos, os antigos membros das Farc – já sem armas – terão representantes sem direito a voto no Congresso “para discutir exclusivamente a implementação dos acordos até 2018”, ano das próximas eleições.

“A partir deste momento participarão de eleições com uma representação mínima assegurada por dois períodos”, acrescentou o presidente.

O acordo com a maior guerrilha da Colômbia, em armas desde 1964, permitirá superar em grande parte um enfrentamento que deixou 260.000 mortos, quase sete milhões de deslocados e 45.000 desaparecidos.

O pacto de Havana prevê compromissos para solucionar o problema agrário, o qual deu origem ao levante das Farc, assim como para enfrentar a questão do narcotráfico, combustível da violência.

Também acordaram um cessar-fogo bilateral e definitivo, fórmulas de Justiça e reparação das vítimas e a participação na política dos futuros ex-combatentes. Segundo o presidente, as Farc terão uma participação mínima assegurada no Congresso.

Espera-se que as Farc iniciem seu desarmamento em um prazo de seis meses contados a partir de sua concentração em 23 zonas e oito acampamentos na Colômbia.

Fonte: AFP

MPF pede condenação a casal de marqueteiros por corrupção e lavagem de dinheiro

O Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação do casal João Santana e Mônica Moura, marqueteiros da campanha da presidente afastada Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os procuradores da Operação Lava Jato pediram ainda à Justiça Federal que seja aplicada uma multa de R$ 1,5 bilhão aos réus pelos prejuízos causados à Petrobras, por desvios em contratos de construção de plataformas de petróleo, e o bloqueio de R$ 795 milhões dos seus bens.

Também são réus nesse processo o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, os ex-executivos da Sete Brasil Eduardo Musa e João Ferraz, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o lobista Zwi Skornicki. Santana e Mônica Moura são réus acusados pelo MPF de receber US$ 4,5 milhões do lobista da empresa Keppel Fels.

A alegação do casal de marqueteiros do PT dada ao juiz federal Sérgio Moro ao serem interrogados no início do mês, de que mantinha uma conta secreta na Suíça por onde receberam dinheiro de caixa dois de uma dívida da campanha petista presidencial de 2010 não convenceu os procuradores.

“João Santana e Mônica Moura sentiram-se absolutamente confortáveis, perante o Juízo, ao sustentar o álibi de que recebiam recursos não contabilizados por serviços prestados em campanhas eleitorais, tratando o agir ilícito como sendo ‘a regra do jogo'”, sustenta a Procuradoria, em alegações finais apresentadas à Justiça nesta quarta-feira (24) em ação penal em que são réus. A fase é uma das últimas etapas antes do juiz Sérgio Moro sentenciar os acusados.

Fonte: Estadão

Mega-Sena, concurso 1.850: aposta do RJ fatura prêmio de R$ 58 milhões

Uma aposta do Rio de Janeiro acertou as seis dezenas do concurso 1.850 da Mega-Sena, realizado na noite desta quarta-feira (24), e faturou R$ 58.632.725,66. O sorteio ocorreu em Ipu (CE).

Veja as dezenas sorteadas: 23 – 24 – 32 – 38 – 40 – 41.

A quina teve 81 apostas ganhadoras e cada uma vai levar R$ 48.339,16. Outras 5.935 apostas acertaram a quadra e vão levar R$ 942,46 cada uma.

A estimativa do próximo sorteio, que será realizado no sábado (27), é de R$ 2,5 milhões.

Para apostar na Mega-Sena
As apostas podem ser feitas até as 19h (de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país. A aposta mínima custa R$ 3,50.

Fonte: G1

Senado aprova renovação da DRU até 2023 e texto vai a promulgação

O Senado aprovou nesta quarta-feira a proposta de emenda à Constituição que renova de 2016 até 2023 a Desvinculação de Receitas da União (DRU), mecanismo que permite ao governo remanejar livremente 30% do que arrecada.

O instrumento fiscal, que perdeu a vigência no fim de 2015, é considerado prioritário pelo governo do presidente interino Michel Temer, que buscava recriar o mecanismo para ajudar o governo a cumprir sua meta fiscal.  Com isso, 30% das receitas obtidas com taxas, contribuições sociais e de intervenção sobre o domínio econômico (Cide), atualmente carimbadas para órgãos, fundos e despesas específicas, podem ser realocadas.

Essa autorização será dada retroativamente até 1º de janeiro deste ano, e a porcentagem será maior que o permitido na vigência anterior da norma, que era de 20%. A medida autoriza ainda Estados, Distrito Federal e municípios a implantarem um mecanismo fiscal semelhante.

Fonte: VEJA