Manchetes dos jornais de 30/05/2016

O Globo
Em gravação, ministro da Transparência orienta Renan sobre a Lava-Jato

O Dia
Advogada é dispensada por família de vítima de estupro coletivo

Extra
Polícia Civil do Rio perdeu 700 armas em 11 anos, segundo dados de CPI

Folha de São Paulo
Cunha manda e governo Temer terá que se ajoelhar, afirma Dilma. Cunha diz que petista mostra ‘despreparo’

O Estado de São Paulo
Congresso só apoia pacote econômico de Temer com alterações

Correio Braziliense
Vítima de estupro coletivo diz que foi desrespeitada em delegacia

Valor Econômica
Relatório que pede a cassação de Cunha será divulgado nesta segunda-feira

Estado de Minas
Avião de pequeno porte cai em Goiás, deixando pelo menos quatro mortos

Jornal do Commercio
Professores entre os presos por tentativa de fraude em concurso da Polícia Militar

Diário do Nordeste
Agente da Força Nacional é assaltado e agredido na Praia do Futuro

Zero Hora
Violência leva uma mulher ao SUS a cada 4 minutos no país

Brasil Econômico
Mulher é presa após mandar funcionário de supermercado “voltar para a senzala”

A Tarde
Três homens são mortos pela PM em tiroteio na Federação

Correio da Bahia
Homem é morto a tiros um mês após deixar cadeia em Salvador

Tribuna da Bahia
Romena é presa no aeroporto da capital com cocaína diluída em garrafas de vinho

Mulher é presa suspeita de injúria racial em supermercado do Rio

Uma mulher de 58 anos foi presa sábado (28) suspeita de injúria racial no Leblon, Zona Sul do Rio. Segundo testemunhas, Maria Francisca Alves de Souza, de 58 anos, teria insultado, com palavras de cunho racista, um funcionário negro da rede de supermercados Zona Sul. O caso ocorreu por volta das 20h, em um dos endereços mais nobres do Leblon, Zona Sul do Rio: a Rua Dias Ferreira, conhecida pela grande movimentação de bares e restaurantes, sobretudo à noite.

Testemunhas contaram ao G1 que a suspeita insultou o funcionário com frases como “Volta para sua senzala’ e ‘quilombo’. De acordo com um dos funcionários, a mulher fez as ofensas depois que o colega que teria sido vítima de racismo se negou a lhe prestar um favor — buscar um produto enquanto ela aguardava na fila do caixa — o que motivou a discussão.  Ela também teria achado que foi tratada com deboche por uma caixa.

O funcionário que denuncia ter sido ofendido é um gerente, identificado como Paulo Roberto Gonçalves Navaro, 45 anos. Ele se disse indignado com as ofensas e chamou a polícia. “Infelizmente é muito triste que hoje em dia aconteça isso”, afirmou Paulo. 

No local, a mulher se defendeu dizendo que “senzala” e “quilombo” são, na visão dela, exaltações à raça negra. “Olhem as senzalas das telas de Debret”, em referência ao pintor francês Jean-Baptiste Debret, conhecido por suas pinturas sobre o período escravocrata brasileiro no século 19. Sobre o “quilombo”, a mulher diz se referir a Zumbi dos Palmares, líder negro e, segundo ela, “ícone da resistência negra”.

Houve um princípio de confusão e gritos de “racista” até policiais do Batalhão do Leblon chegarem ao local. A mulher, o funcionário e outras testemunhas prestaram depoimento na delegacia do bairro.

A Polícia Civil classificou o crime como injúria racial e prendeu a agressora. Maria Francisca foi indiciada pelo crime de injúria racial, que é afiancável. Mas, como ela não pagou, foi levada para o Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio, na manhã deste domingo (29).

Nesta segunda-feira, será a audiência custódio no Tribunal de Justiça. De acordo com informações da delegada-titula da 14ª DP (Leblon), nenhum advogado se apresentou na delegacia para defender Maria Francisca. Em depoimento, ela afirmou ter falado as injúrias contra o funcionário do mercado, sem a intenção de ofendê-lo. Ela já tem um antecedente criminal por injúria.

“Infelizmente esse tipo de crime é comum, mas muita gente não vem à delegacia para relatar. É importante o relato de testemunhas para que as medidas sejam tomadas. Estamos voltando ao discurso do ódio. E racismo é crime”, disse a delegada Monique Vidal.

A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) divulgou nota na tarde deste domingo, repudiando a ocorrido. “A SEASDH se alia aos brasileiros que condenaram essa atitude de discriminação racial, esperando que os fatos sejam rigorosamente apurados e as providências legais cabíveis sejam tomadas”, diz a nota.

Fonte: G1 Rio de Janeiro

ABC bate o Salgueiro e vence a primeira na Série C

O ABC recebeu o Salgueiro no Frasqueirão na noite de sábado (28), fez 2 a 0 e conquistou a sua primeira vitória na Série C do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, a equipe potiguar ganhou oito posições e assumiu a liderança do grupo A, com três pontos conquistados. Os gols foram marcados por Márcio Passos e Jones Carioca.

Embora tenha deixado Natal (RN) com um resultado negativo, o Salgueiro teve as primeiras chances do jogo. Aos oito minutos, Tony recebeu em boa condição, mas bateu para fora. Quatro minutos depois, mais uma, quando Piauí obrigou Vaná a fazer grande defesa. Aos 35, foi a vez de Rodolfo invadir a área e parar no goleiro do ABC. Na etapa final, o jogo mudou completamente e o time da casa passou a mandar na partida. Aos 16, Léo Fortunado quase fez, batendo rente à trave direita. Dez minutos depois, Lúcio Flávio acertou a trave em cobrança de falta. No lance seguinte, Márcio Passos aproveitou cruzamento para a área e cabeceou para o fundo da rede. Dois minutos depois, Jones Carioca recebeu de Nando, passou por dois marcadores e ampliou a vantagem, garantindo a vitória por 2 a 0.

O próximo compromisso do Alvinegro na Série C está marcado para o domingo (05/06), contra o Botafogo/PB, às 11h, no estádio Almeidão, em João Pessoa (PB). Antes, o ABC entra em campo pela 2ª fase da Copa do Brasil e enfrentará o Gama/DF, quarta-feira (01/06), às 19h30, no estádio Bezerrão, em Gama (DF). Já o Salgueiro enfrenta o ASA, em Arapiraca, no dia 05/06, pela Série C.

Fonte: Portal N10

Dilma: ‘Cunha não só manda: ele é o governo Temer’

A presidenta Dilma Rousseff disse que o processo de impeachment aberto contra ela teve como objetivo paralisar as investigações da Operação Lava Jato e para ser posta em andamento uma “política ultraliberal em economia e conservadora em todo o resto”. “Com cortes drásticos de programas sociais. Um programa que não tem legitimidade pois não teve o respaldo das urnas”, afirmou Dilma à Folha de S.Paulo.

Dilma disse que o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é a pessoa central do governo interino de Michel Temer. “Isso ficou claríssimo agora, com a indicação do André Moura (deputado ligado a Cunha e líder do governo Temer na Câmara). Cunha não só manda: ele é o governo Temer. E não há governo possível nos termos do Eduardo Cunha.” Para que o governo Temer seja viável, Dilma afirma: “Vão ter de se ajoelhar”.

A respeito dos fatores que levaram ao seu afastamento, Dilma disse que o economista e prêmio Nobel Joseph Stiglitz fez um diagnóstico perfeito sobre o Brasil: “A crise econômica é inevitável. O que não é inevitável é a combinação danosa de crise econômica com crise política. O que aconteceu comigo? Houve a combinação da crise econômica com uma ação política deletéria. Todas as tentativas que fizemos de enviar reformas para o Congresso foram obstaculizadas, tanto pela oposição quanto por uma parte do centro politico, este liderado pelo senhor Eduardo Cunha”.

A presidenta lembra das “pautas-bomba”, com gastos de R$ 160 bilhões e diz que estava por trás disso a criação de um ambiente de impasse, propício ao impeachment. “Cada vez que a Lava Jato chegava perto do senhor Eduardo Cunha, ele tomava uma atitude contra o governo. A tese dele era a de que tínhamos que obstruir a Justiça.”

Mas Dilma acredita na reversão desse processo. “Vários senadores, quando votaram pela admissibilidade disseram que não estavam declarando (posição) pelo mérito. Então eu acredito. Sobretudo porque as razões do impeachment estão ficando cada vez mais claras. E elas não têm nada a ver com seis decretos ou com Plano Safra (medidas consideradas crimes de responsabilidade)”, disse.

Traição

Dilma fala sobre a traição do vice Michel Temer como a pior de todas, e que ela não ocorreu no dia da votação do processo de impeachment, mas em março, “quando as coisas ficaram claríssimas”. “Você sempre acha que as pessoas têm caráter. Eu diria que ele não foi firme. Tem coisas que você não faz.”

Famosa por sua bravura, a presidenta disse que não chorou no dia em que foi afastada: “Eu não choro, não. Nas dores intensas, eu não choro. Cada um é cada um, né?”.

Pato

Para Dilma, Temer deveria defender a volta da CPMF e lembra que seu governo defendeu a volta da contribuição “sem pudor”. “Nós passamos um ano terrível em 2015 e fizemos todo o esforço para não ter corte em programa social. Nós nunca entramos nessa do pato “(símbolo criado pela Fiesp para protestar contra aumento de impostos). Aliás, o pato tá calado, sumido. O pato tá impactado. Nós vamos pagar o pato do pato, é?

Fonte: Rede Brasil Atual

Temer e Gilmar trucidaram o conceito de decência ao se encontrarem furtivamente no Jaburu

O pior pecado depois do pecado é a publicação do pecado. Você sabe quanto gosto desta grande frase de Machado. O Machado certo, o de Assis, e não o Machado errado, o delator.

É exatamente isso que aconteceu quando Gilmar Mendes se esgueirou até Temer no Jaburu, na noite de sábado, para tratar sabemos bem o quê.

Citei Machado, o certo, e acrescento George Orwell, o gigantesco jornalista inglês de meados do século passado.

Orwell escreveu que os jornais são propriedade de homens ricos interessados em tratar de forma desonesta assuntos delicados.

Alguma relação com Marinhos, Frias, Civitas? Nenhuma, naturalmente.

Orwell defendia um conceito que ele definia como “common decency”. Numa tradução livre, decência básica.

A reunião furtiva de Temer e Gilmar infringe, melhor, trucida a “common decency” orwelliana.

Num momento em que pairam sob os eminentes magistrados do STF suspeitas pesadas de participação no golpe, é um acinte, uma bofetada, uma cusparada na sociedade que tal encontro tenha ocorrido.

É a demonstração de que Marcelo Rubens Paiva estava inteiramente certo quando disse em resposta a uma bravata de Toffoli, o pupilo de Gilmar, que nossas instituições são “uma merda”.

Sei que minha mãe reprovaria que eu use uma palavra tão vulgar, ela que era um exemplo de elegância ao falar, mas infelizmente não existe outra que defina tão bem as instituições brasileiras, algo comprovado pela ida de Gilmar ao Jaburu.

Espero sentado por um único editorial dos grandes meios que reprove a conduta de Gilmar e Temer. E serei obrigado a me deitar à espera de que os comentaristas da Globo, Folha etc notem o crime de lesa democracia representado pelo encontro.

Nem que Gilmar tivesse ido ao Jaburu para jogar tranca ou tomar chá isso teria sido decente.

Isto se chama golpe.

Sem surpresa, li num site da Globo a notícia. Estava escondida no pé de uma nota. O título destacava outra coisa.

Este é o estado de entorpecimento moral de outra peça das instituições putrefatas brasileiras, a imprensa plutocrata.

Gilmar — indicado por FHC, aquele que acoelhado fugiu de uma palestra em Nova York porque seria desmascarado pela plateia como golpista — simboliza o STF pavoroso do qual somos todos vítimas.

Faz muito tempo que ele, certo da proteção da mídia e da omissão de seus pares, age como um militante político raivoso e ensandecido e não como um juiz.

Ele escarnece todos os dias e todas as horas da sociedade, com suas palavras desonestas e seu horroroso sorriso debochado.

Gilmar já foi pilhado publicamente conversando com Bonner numa reunião de pauta do Jornal Nacional. Num mundo menos imperfeito, ele teria sofrido impeachment por aquela barbaridade.

Não é apenas a política que exige uma reforma radical, que se inicie pelo fim do financiamento privado das campanhas, a forma pela qual a plutocracia toma de assalto a democracia.

Tão importante quanto limpar a política do poder do dinheiro sujo e corrupto é fazer uma faxina na Justiça, especificamente no STF de Gilmar.

As futuras gerações nos chamarão de frouxos, covardes, pusilânimes se assistirmos de bunda no sofá — desculpe, mãe — às manobras imundas do STF que está aí.

Fonte: Diário do Centro Mundo

Jovem estuprada se sentiu desrespeitada durante depoimento na delegacia

Em entrevista exibida no Fantástico na noite deste domingo, 29, a jovem de 16 que sofreu um estupro coletivo na zona oeste do Rio de Janeiro, falou que se sentiu desrespeitada na delegacia durante o depoimento.

“Eram três homens dentro de uma sala de vidro, todo mundo que passava via. Ele botou na mesa as fotos, o vídeo exposto e falou ‘me conta aí’”, relembrou. “Ele perguntou se eu tinha o costume de fazer isso, se eu gostava de fazer isso. Eu parei imediatamente e falei: ‘não vou mais responder’”, continuou.

Ela afirmou ainda que está recebendo ameaças pelas redes sociais e que está “um pouco revoltada” com a repercussão do caso. “Tem pessoas falando que eu estou mentindo, sendo que eu estava desacordada no momento”, disse.

“Não interessa se eu tava com a roupa curta, onde eu estava, que horas eram”, continuou. “Não é nem questão de duvidar, elas falam que é mentira. São mulheres falando que eu procurei, que eu queria, sendo que poderia acontecer com elas”.

Sobre as fotos , áudios e vídeos que circulam na internet, ela afirma que tudo não passa de uma montagem feita por pessoas que querem incriminá-la para ficarem impunes.

Questionada pela repórter, a garota relembrou os fatos da noite do crime. “Quando eu acordei tinha um menino embaixo de mim, um menino em cima e dois me segurando. Eu comecei a chorar, tinham muitos homens, fuzil, pistola”, contou.

Ela disse também que não usou drogas no dia e que não contou depois pra família por vergonha.

Sobre o futuro, ela conta que só deseja esquecer o que houve e que também espera por justiça. “Quero esquecer aqueles momentos e tentar seguir em frente”.

Ao fim da entrevista, a repórter Renata Ceribelli perguntou o que ela deseja para os estupradores que a atacaram e a resposta foi enfática: “Desejo sinceramente uma filha mulher”.

Fonte: Catraca Livre