A terça-feira (7) teve atos públicos em cidades de 17 estados e do Distrito Federal. Foram promovidos pela CUT, pelo MST e pela UNE, entre outros grupos com o apoio do PT.
Na maioria dos lugares, houve protestos contra o projeto de lei que regulamenta e flexibiliza a terceirização do emprego. Também houve manifestações em defesa da Petrobras, da democracia e de uma reforma política. No total, os atos reuniram 6,010 mil pessoas, segundo as polícias militares dos estados. Ou 13,960 mil, segundo os organizadores.
As manifestações começaram de madrugada, nos aeroportos de onde parlamentares embarcariam para Brasília. No de Salvador, um grupo exibia faixas contra o projeto de Lei 4330, que regulamenta e flexibiliza contratos de terceirização do trabalho no país. Nem a PM nem os organizadores estimaram o número de manifestantes
Mais tarde, 60 pessoas se reuniram em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia. Estimativa da Central Única dos Trabalhadores e da Polícia Militar.
No aeroporto de Fortaleza, 80 pessoas, segundo os organizadores, abordaram parlamentares para que votassem contra o projeto. A PM não divulgou estimativa.
Sindicatos também realizaram um ato no centro da capital cearense contra as medidas provisórias que alteram as regras do recebimento de auxílio doença e pensão por morte. E contra o projeto da terceirização.
Os organizadores contaram 100 manifestantes, e a guarda municipal, 35. Motoristas e cobradores cruzaram os braços por duas horas. Segundo o Sindicato das Empresas dos Ônibus, 200 mil usuários foram prejudicados por causa da manifestação.
À tarde, CUT, MST e Movimento dos Trabalhadores Urbanos do Ceará promoveram uma caminhada pelas ruas do centro, contra o projeto de Lei 4330. A CUT diz que havia 1,5 mil pessoas. Para a PM, eram de 700 a 800.
No centro de Rio Branco, no Acre, dez manifestantes, ligados à CUT, usaram um carro de som e distribuíram panfletos, em um protesto contra o projeto de Lei 4330.
Em Porto Alegre, segundo a CUT, 200 pessoas foram ao aeroporto Salgado Filho. Elas conversaram com deputados federais do Rio Grande do Sul antes do embarque para Brasília.
A Polícia Militar e a Infraero não estimaram o número de manifestantes. Depois, cerca de 100 pessoas, segundo a CUT e a Polícia Militar, estiveram na Assembleia Legislativa para pedir apoio da bancada gaúcha contra o projeto de Lei 4330.
Em Maceió, houve uma panfletagem em frente à sede da casa da indústria. Segundo a PM e os organizadores, eram 50 pessoas. Teve outro protesto, que segundo os organizadores reuniu 150 pessoas, mas para a PM, foram 50. Faixas pediam uma assembleia constituinte e criticavam o projeto da terceirização.
Em João Pessoa representantes da CUT, dos trabalhadores sem-terra e de outros movimentos sociais promoveram um café-da-manhã. Eles reivindicaram manutenção dos direitos trabalhistas, reforma política, investimento em saúde e educação e recuperação da Petrobras. Não foram divulgadas estimativas do número de participantes.
Em São Luís, representantes do sindicato dos bancários fizeram uma panfletagem no centro da cidade, contra o projeto da lei da terceirização.
No Rio de Janeiro, trabalhadores da Petrobras, operários de empresas terceirizadas e representantes de sindicatos fizeram atos em defesa da democracia, da Petrobras e dos direitos dos trabalhadores.
Em Natal, o protesto foi na praça Gentil Ferreira, no centro cidade. Havia faixas em defesa da Petrobras, de empregos e salários. As organizações disseram que 300 pessoas participaram da manifestação. Para a Polícia Militar, foram 60.
A manifestação na cidade de São Paulo começou na frente da Secretaria de Saúde do estado. Foi organizada pela CUT e teve a participação de movimentos ligados à saúde. A pauta de reivindicações incluiu a contratação de mais médicos e a defesa do SUS. O protesto parou o trânsito.
Fonte: Jornal Nacional