A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda nesta segunda-feira (15), mais uma vez puxada pelo tombo das ações da Petrobras, que fecharam cotadas abaixo de R$ 10, em meio a novo adiamento da divulgação do balanço trimestral não auditado da estatal e queda dos preços do petróleo no exterior.
O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caiu 2,05%, aos 47.018 pontos. Este é o menor patamar de fechamento desde 19 de março, quando a bolsa fechou aos 46.567 pontos. Veja cotação.
O volume da sessão alcançava cerca de R$ 10 bilhões, inflado pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações encerrado às 13h, que somou R$ 3,6 bilhões.
As ações preferenciais da Petrobras perderam 9,2%, a 9,18%, menor cotação de fechamento desde maio de 2005. Os papéis ordinários cederam 9,94%, a R$ 8,52, mínima desde julho de 2004. Trata-se da maior queda desde o final de outubro.
Sinal vermelho
Nesta segunda-feira, as ações da companhia chegaram a entrar em leilão, deixando de ser negociados a preços livres. Isso aconteceu porque as ações chegaram à variação negativa de 10% em relação ao preço inicial. As ações ordinárias foram à leilão às 14h47, quando foram negociadas a R$ 8,54, enquanto as preferenciais entraram em leilão às 14h57, quando houve negócio a R$ 9,18. Ambas as ações tiveram o término do leilão prorrogado algumas vezes, sendo que no caso das ordinárias o novo preço-base passou a ser R$ 8,57.
O economista Jason Vieira, diretor-geral do portal de informações financeiras MoneYou, explica que o mecanismo é uma medida “extraordinária”, utilizada para evitar oscilações ainda maiores na cotação de uma ação. “Quando há uma oscilação muito grande, principalmente para baixo, costuma-se travar o preço dessas operações e entrar um leilão para evitar que este preço entre numa derrocada ainda maior”, dise o analista ao G1. “É um sinal vermelho, é quase como que um stop loss”, acrescenta, se referindo ao tipo de ordem de negociação que determina a venda de uma ação com a intenção de se evitar perdas ainda maiores.
Segundo a BM&F Bovespa, a variação de 10% no preço das ações leva a leilão com prazo de 1 a 15 minutos, sem a suspensão de negociação das ações.
Fonte: G1