Investigação aponta que 1ª morte por coronavírus no Brasil ocorreu em janeiro, diz ministério

A primeira morte causada por coronavírus no Brasil ocorreu em 23 de janeiro, mais de um mês antes daquele que foi confirmado como o primeiro caso. De acordo com o Ministério da Saúde, a descoberta é resultado de uma “investigação retrospectiva” dos pacientes internados com quadros de síndrome respiratória aguda grave.

A paciente que agora é considerada a primeira a ter Covid-19 no país tratava-se de uma mulher de 75 anos, que era moradora de Minas Gerais.

Até então, o primeiro caso caso positivo de coronavírus tinha sido anunciado em 26 de fevereiro: um homem que mora em São Paulo, tem 61 anos, e que esteve na Itália. Quando o caso foi confirmado à época, já havia outros 20 casos em investigação e 59 suspeitas descartadas.

Ao contrário da mulher de Minas Gerais, o empresário de São Paulo não chegou a ser internado e conseguiu se curar da doença.

“Lembrem-se que estamos fazendo a investigação de casos internados. Muitos desses casos estão com material colhido, e nós tivemos, a partir de investigação retrospectiva, a identificação do primeiro caso confirmado. Ele é da semana epidemiológica 4, de 23 de janeiro”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, nesta quinta-feira (2).

Fonte: Bem Estar

Bolsonaro diz faltar humildade a Mandetta, mas não o demitirá ‘na guerra’

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou ontem que não pretende demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em meio à pandemia do coronavírus. Mas admitiu que os dois vêm se “bicando”.

“Não pretendo demiti-lo no meio da guerra, mas em algum momento ele extrapolou. Sempre respeitei todos os ministros. A gente espera que ele dê conta do recado. Não é uma ameaça para o Mandetta. Nenhum ministro meu é ‘indemissível’, como os cinco que já foram embora”, afirmou Bolsonaro em entrevista à rádio Jovem Pan.

“Em alguns momentos, acho que o Mandetta teria que ouvir mais o presidente. Ele disse que tem responsabilidade, mas ele cuida da saúde, o (Paulo) Guedes da economia e eu entro no meio. O Mandetta quer fazer valer muito a vontade dele. Pode ser que ele esteja certo, mas está faltando humildade para ele conduzir o Brasil neste momento.”

Ainda segundo Bolsonaro, “aquela histeria, aquele clima de pânico, contagiou alguns lá (dentro do Ministério da Saúde)”. “Já está no momento de todo mundo botar o pé no chão”, cobrou.

Frente às decisões adotadas no combate ao coronavírus, Bolsonaro viu crescer a pressão da oposição pelo impeachment. Mas afirmou com veemência que não pensa na possibilidade de deixar o cargo.

“Da minha parte, a palavra ‘renúncia’ não existe”, disse. “A questão do impedimento, há uma série de regras. Se você ferir, você entrar na Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso é uma preocupação muito grande da nossa parte.”

Fonte: UOL