Coronavírus: Número de mortos da Itália salta 25% em um dia e chega a 1.809

A Itália registrou 368 novas mortes relacionadas com o novo coronavírus em 24 horas, o que eleva o número de vítimas fatais a 1.809 no país, o mais afetado da Europa, segundo um balanço divulgado neste domingo (15) pela Proteção Civil.

Como no sábado (14), o número de infectados também aumentou, com 3.590 novos casos em 24 horas, quase 100 a mais que o aumento do dia anterior, elevando o total a quase 25.000. A região de Milão, na Lombardia (norte), continua sendo a mais afetada, com 1.218 mortos e 13.272 casos.

O chefe do instituto nacional de saúde da Itália, Silvio Brusaferro, disse que não se sabe se a Itália está atingindo seu pico e pode começar a ver o número de novos casos diminuir.

A Europa tenta estabelecer medidas de proteção ante o avanço da pandemia do novo coronavírus, que já causou 2 mil mortes no continente. O vírus começa a derrubar o princípio de uma União Europeia quase sem fronteiras: as autoridades da Alemanha decidiram fechar a partir desta segunda-feira (16) as fronteiras do país com a França, Suíça e Áustria. Paris também anunciou um reforço nos controles da fronteira com a Alemanha, mas sem o fechamento parcial como decidiu o governo do país vizinho.

A pandemia superou a barreira de 6 mil mortes e 160 mil infectados em todo o mundo, segundo contagem de agências internacionais.

Fonte: AFP

‘Não se mostra apoio ao governo colocando em risco a população’, diz Caiado a manifestantes

Um dos governadores mais próximos ao presidente Jair Bolsonaro, Ronaldo Caiado (DEM), de Goiás, fez um apelo à população de Goiânia durante as manifestações deste domingo para não se aglomerarem na Praça Cívica para evitar a proliferação do novo coronavírus. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o governador ordenando a retirada de carro de som do local. O pedido foi mal recebido pelos manifestantes, e Caiado saiu do evento sob vaias.

— Vocês vão estar chorando na porta do palácio, este que é um absurdo. O que vocês precisam de ter é seriedade. Não se mostra apoio ao governo colocando em rico a sua população — afirmou o governador.

Em vídeo  publicado em redes sociais, Caiado aparece com um microfone nas mãos, pedindo atenção dos ativistas para dizer que enfrentou a “esquerda no Brasil”, e afirmando ser um dos poucos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Em seguida, ele pede que as pessoas sejam responsáveis e não se aglomerem.

— Vocês têm de entender uma coisa só. Antes de ser governador de estado, eu sou médico. E vocês precisam entender, a menos que vocês não estejam olhando para o mundo, o que está ocorrendo. Vocês precisam ter responsabilidade e não fazer com que aglomerações provoquem a disseminaçaõ do vírus do coronavírus — afirmou.

Fonte: O Globo

Bolsonaro rompe isolamento e vai a atos contra Congresso em meio à crise do coronavírus

Orientado a ficar isolado, mesmo que seu teste para o coronavírus tenha dado negativo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ignorou o pedido da equipe médica e entrou em contato com parte da multidão que participou de um ato contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal neste domingo, em Brasília. Fazendo uma transmissão ao vivo na sua página do Facebook, o presidente desceu a rampa do Palácio do Planalto, tocou nas mãos de dezenas de militantes, pegou os celulares deles para tirar selfies, balançou bandeiras e faixas dadas pelos seus apoiadores. Tudo isso sem nenhuma proteção individual, como máscara ou luvas. A aparição dele foi de surpresa. Não avisou os organizadores do protesto.

Na semana passada, o presidente foi submetido a um exame para saber se ele havia sido infectado com o vírus porque ao menos três pessoas que estavam na comitiva presidencial que viajou aos Estados Unidos testaram positivo para o Covid-19 (alguns veículos, como a Folha de S.Paulo falam em ao menos seis pessoas). Seguindo os conselhos de parte de seu staff, na quinta-feira ele fez um pronunciamento oficial em rede de rádio e TV, além de uma transmissão na sua página do Facebook, pedindo a suspensão dos atos. “Os movimentos espontâneos e legítimos marcados para 15 de março atendem aos interesses da nação, balizados pela lei e pela ordem. (…) Precisam, no entanto, diante dos fatos recentes, ser repensados. Nossa saúde e a de nossos familiares devem ser preservadas. O momento é de união, seriedade e bom senso”, afirmou, ao lado do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ambos usando máscaras de proteção contra o vírus.

Neste domingo, porém, Bolsonaro acabou endossando o discurso radical dos que foram à rua pedir o fechamento do Congresso. Horas antes de cumprimentar seus apoiadores, o mandatário já havia compartilhado vídeos e fotos das manifestações realizadas em algumas cidades brasileiras, contrariando a determinação das principais autoridades mundiais de saúde de que se evite aglomerações. Entre o público que caminhou ou dirigiu pelas Esplanada dos Ministérios de Brasília (também houve uma carreata), havia dezenas de faixas pedindo intervenção militar. Mas em sua transmissão deste domingo, o presidente negou o que estava vendo pelas ruas. Falou que seus apoiadores não pediram o fechamento do Legislativo ou Judiciário. “Eles não estão lutando contra poder nenhum. Estão lutando pelo Brasil”, afirmou. Em outro momento, completou: “Com tudo contra, imprensa, vírus, manifestações, o povo foi pra rua”.

Fonte: EL País

Brasil tem 200 casos de coronavírus; há suspeitos em todos os estados

O Brasil tem 200 casos oficiais de covid-19, segundo balanço divulgado ontem às 19h15 pelo Ministério da Saúde. Mais cedo, às 16h40, o Ministério havia divulgado que eram 176 os casos oficiais. Pouco depois, às 18h10, o número já havia aumentado para 191.

Cerca de 1.913 casos estão sendo investigados, de acordo com esta nova atualização, 4 a menos do que o publicado mais cedo.

São Paulo é o estado com mais casos, com 136. São 9 casos a mais desde o boletim de 18h10. O Rio de Janeiro é o segundo estado com mais casos oficiais, com 24.

Amapá e Roraima entraram na contagem ontem, com 1 e 2 casos suspeitos respectivamente. Até sábado, esses eram os únicos estados sem nenhum caso.

No boletim divulgado sábado, o ministério havia confirmado 121 casos no país. Hoje houve o aumento de 79 casos.

Fonte: UOL