Lucro da Caixa cresce 103% em 2019 e atinge R$ 21,1 bilhões, impulsionado por venda de ativos

A Caixa Econômica Federal divulgou nesta quarta-feira (19) que registrou um lucro líquido contábil de R$ 21,1 bilhões em 2019, o que representa uma alta de 103% frente ao ano anterior (R$ 10,3 bilhões). Segundo o banco estatal, o lucro registrado no ano passado foi recorde.

Segundo o banco, a “evolução na margem financeira (13,5%) e redução nas despesas de provisão para créditos liquidação duvidosa (27,9%) foram os principais influenciadores” para o crescimento do lucro no ano passado.

O resultado, entretanto, também foi fortemente impulsionado por mais de R$ 15,5 bilhões em vendas de ativos em 2019. Só com a venda da participação que detinha na Petrobras, a Caixa levantou R$ 7,3 bilhões.

Já o lucro líquido recorrente foi de R$ 14,7 bilhões em 2019, com crescimento de 20,6% sobre 2018.

Fonte: G1

Moro pede Lei de Segurança Nacional para Lula e PF ouve ex-presidente

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu à Polícia Federal (PF) a abertura de um inquérito para investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com base num enquadramento na Lei de Segurança Nacional. A lei e os instrumentos legais que antecederam a lei foram usados pela ditadura militar para enquadrar e perseguir opositores, entre 1964 e 1985.

A PF ouviu Lula na manhã desta quarta-feira, três meses depois do pedido feito por Moro. O depoimento foi colhido por um delegado da PF. A base da acusação é uma afirmação do ex-presidente que sugere que o presidente Jair Bolsonaro seja um “miliciano”.

A assessoria de Moro confirmou ao GLOBO que o ministro solicitou a abertura de investigação. O ministro encaminhou uma representação à PF pedindo a abertura do inquérito. No pedido, ele sugeriu o enquadramento em dois crimes: crime contra a honra, previsto no Código Penal, e crime de calúnia ou difamação do presidente da República, “imputando-lhe fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação”. Este último crime está previsto no artigo 26 da Lei de Segurança Nacional, e prevê pena de prisão de um a quatro anos.

A fala que originou o pedido de Moro e a abertura de inquérito ocorreu num encontro entre Lula e o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), em novembro do ano passado. O movimento divulgou um vídeo da fala do ex-presidente.

– A direita está tentando destruir tudo que fizemos. Aqui no Brasil nós vamos ter de levantar a cabeça e lutar. Não é possível que um país do tamanho do Brasil tenha o desprazer de ter no governo um miliciano responsável direto pela violência contra o povo pobre, responsáveis pela morte da Marielle, responsável pelo impeachment da Dilma, responsáveis por mentirem a meu respeito – disse Lula no vídeo.

Os parlamentares petistas criticaram a iniciativa de Moro. O depoimento à PF durou cinco minutos, segundo eles.

– Lula fazia uma avaliação política. Foi absurda a audiência de hoje, é absurdo Moro usar a Lei de Segurança Nacional. No depoimento, Lula questionou por que Moro nada fez quando o filho do presidente disse que poderia fechar o STF com um cabo e um soldado (fala dita pelo deputado Eduardo Bolsonaro). E Moro vai utilizar essa mesma lei contra general Heleno (ministro do Gabinete de Segurança Institucional, GSI), que hoje fez ofensas ao Congresso Nacional, dizendo que colocaria o povo contra o Congresso? – questionou a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Em nota divulgada na noite desta quarta-feira, a PF informou que já encaminhou relatório da investigação à Justiça e que não houve por parte de Lula uma conduta “que configure crime previsto na Lei de Segurança Nacional”.

Na nota, a PF afirma que Moro não “solicitou, orientou ou determinou” um enquadramento do ex-presidente na lei em questão. A própria assessoria de imprensa do ministro informou que a representação encaminhada à PF citava dois enquadramentos legais: um previsto no Código Penal e outro na Lei de Segurança Nacional. A assessoria informou inclusive o artigo mencionado pelo ministro, o 26.

Fonte: O Globo

General Heleno diz que parlamentares “chantageiam” Governo e abre novo embate com o Congresso

A queda de braço entre o Executivo e o Congresso ganhou músculos nesta quarta-feira em Brasília, quando veio a público uma gravação vazada do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, em que expunha sua insatisfação com os parlamentares. Heleno se queixava da pressão do Parlamento por derrubar os vetos do presidente Jair Bolsonaro ao orçamento impositivo. Sem os vetos, deputados e senadores teriam mais controle sobre os recursos do orçamento. Sem saber que estava sendo gravado, o general falou em “chantagem” do Legislativo para aumentar o controle sobre o dinheiro do orçamento da União, segundo o jornal O Globo. “Não podemos aceitar esses caras chantageando a gente o tempo todo. Foda-se”, disse Heleno, na presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo. A fala do general foi captada em transmissão ao vivo da presidência da República em cerimônia de hasteamento da bandeira no Palácio do Planalto.

Sua fala caiu como uma bomba nas já tensas relações entre os dois poderes. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, rebateu a fala do general um tom acima do habitual. Maia qualificou o ministro do GSI como “radical ideológico”. “Geralmente na vida, quando a gente vai ficando mais velho vai ganhando equilíbrio, experiência e paciência. O ministro pelo jeito está ficando mais velho e está falando como um jovem”, declarou na manhã desta quarta. “Uma pena que um ministro com tantos títulos tenha se transformado num radical ideológico”.

O imbróglio obrigou Heleno a se explicar no Twitter nesta quarta. “Externei minha visão sobre as insaciáveis reivindicações de alguns parlamentares por fatias do orçamento impositivo, o que reduz, substancialmente, o orçamento do Poder Executivo e de seus respectivos ministérios. Isso, a meu ver, prejudica a atuação do Executivo e contraria os preceitos de um regime presidencialista”, escreveu Heleno, que avaliou o vazamento do áudio como “mais um lamentável episódio de invasão de privacidade, hábito louvado no Brasil”.

Fonte: EL País

Senador Cid Gomes tenta entrar em batalhão da polícia com retroescavadeira e é baleado

O senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado na tarde desta quarta-feira (19) em um “motim” no qual um grupo de policiais reivindicava aumento salarial em Sobral (CE). Cid pilotava uma retroescavadeira e tentava furar um bloqueio feito por policiais no Batalhão da Polícia Militar do município.

O Hospital do Coração informou que o estado de saúde de Cid é estável e que não há risco de morte. O senador licenciado está em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de alta. Um boletim médico divulgado ontem, às 19h40, afirma que ele está “lúcido e respirando sem auxílio de aparelhos” e tem “boa evolução clínica”.

Segundo a assessoria da instituição, as duas balas atingiram a clavícula: uma bala saiu e a outra bateu na clavícula e ficou alojada no pulmão (e foi removida do órgão pela equipe da Santa Casa de Sobral). Cid já foi submetido a uma tomografia na Santa Casa de Sobral, que não constatou danos graves em nenhum órgão vital.

O ex-governador Ciro Gomes, irmão de Cid, disse em uma rede social que o senador licenciado “não corre risco de morte”, foi atingido por “dois tiros de arma de fogo” e que os disparos “não atingiram órgãos vitais apesar de terem mirado seu peito esquerdo”.

Fonte G1