Procurador da Lava Jato cobra R$ 35 mil para fazer palestra, diz Mônica Bergamo

De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, o procurador Deltan Dallagnol, da Operação Lava Jato, cobra para fazer uma palestra R$ 35 mil, além de passagem aérea, estadia, alimentação e extras —para ele e um acompanhante.

O preço foi revelado por uma organização que quer contratá-lo e recebeu um folder de sua representante estabelecendo o seu cachê.

Em 2016, Dallagnol recebeu média de R$ 18 mil por evento, ou seja, R$ 219 mil por 12 palestras. A assessoria do MPF (Ministério Público Federal) diz que ele não comenta cachê e que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) já considerou o procedimento regular.  Afirma ainda que, neste ano, ele já deu 48 palestras sem cobrar nada.

Fonte: Revista Fórum

‘Eu resolvo quando for presidente’, diz Bolsonaro sobre morte de militar sob intervenção no Rio

O deputado federal e capitão reformado, Jair Bolsonaro (PSL), foi ao velório do cabo do Exército Fabiano de Oliveira Santos, 36, o primeiro militar morto em confronto sob a intervenção federal no Rio de Janeiro.

Questionado sobre o que a intervenção poderia fazer para evitar esse tipo de morte, o candidato se limitou a dizer, com os olhos marejados: “Eu resolvo quando eu for presidente”.

Fabiano foi baleado no ombro na manhã de segunda (20) durante uma operação das forças de segurança nos complexos de favelas do Alemão, da Penha e da Maré, na zona norte do Rio, em uma área conhecida como Serra da Misericórdia.

Após acompanhar o sepultamento do cabo, em Japeri (Baixada Fluminense), que contou com a presença de muitos militares e foi fechado à imprensa, Bolsonaro afirmou que não daria mais declarações sobre a morte e a intervenção federal em respeito à família e seguiu direto ao Itaú em Botafogo, na zona sul, onde abriria a conta de seu partido.

Ele não ficou para o enterro do segundo militar morto na mesma operação da zona norte, João Viktor da Silva, 21. O integrante do 25º Batalhão de Infantaria Paraquedista foi atingido na cabeça e chegou a ser levado ao Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu.

Jair Bolsonaro lidera as intenções de voto à Presidência em um cenário sem o ex-presidente Lula, segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada nesta segunda. Ele aparece com 20% da preferência do eleitorado, seguido por Marina Silva (Rede), com 12%, e Ciro Gomes (PDT), com 9%.

Fonte: Folhapress

‘Pacaraima foi destruída’, diz prefeito na fronteira com Venezuela

O ataque contra dezenas de migrantes venezuelanos no último sábado (18) em Pacaraima (RR), na fronteira do Brasil com a Venezuela, era algo esperado pelas autoridades do município, afirma o prefeito Juliano Torquato dos Santos (PRB) em entrevista ao R7.

Ele diz que a cidade “pacata e limpa” foi “destruída” após a chegada de milhares de venezuelanos, que fogem da crise econômica e de abastecimento no país vizinho, mas não encontram condições dignas para se estabelecerem na pequena cidade de 10 mil habitantes.

— Houve estopim no sábado decorrente do assalto na sexta-feira contra uma pessoa querida na cidade. A população se revoltou. Essa situação nós já tínhamos preocupação de acontecer, até porque os assaltos estão muito corriqueiros.

Cerca de 500 migrantes cruzam todos os dias a fronteira entre Santa Elena de Uairén, na Venezuela, e Pacaraima, no Brasil. A maioria segue viagem para Boa Vista e outros destinos dentro do país, ou então retornam à Venezuela. Uma pequena parte, no entanto, acaba ficando no município. São pessoas mais humildes, diz o prefeito, que passam a morar nas ruas de Pacaraima.

— Elas ficam na rua, sem alimentação, sem higiene, fazendo necessidades na rua, cozinhando no meio do tempo. Algumas ficaram mais de 6 meses assim. No último censo que fizemos deu 800 pessoas nessa situação.

O município conta apenas com um abrigo, destinado para indígenas da etnia warao, que foram os primeiros a fugir da Venezuela para o Brasil. Segundo o prefeito, a falta de perspectivas na cidade acaba levando uma pequena parte dos migrantes a cometer furtos, o que amplia a sensação de insegurança.

— Desde o início da operação [Acolhida, do Exército, em fevereiro], estamos esperando um abrigo para os não indígenas, o que não foi feito. Aquelas pessoas que chegam na esperança de serem acolhidas, o que não aconteceu, ficam ali à procura. E alguns, não por opção, mas sim por necessidade, acabam fazendo furtos e coisas ilícitas, e veio a ocorrer o que ocorreu nesse fim de semana.

No último sábado, um grupo de brasileiros atacou barracas de imigrantes venezuelanos em Pacaraima e ateou fogo em seus pertences, um dia após um comerciante ser assaltado no município, supostamente por um grupo de venezuelanos. No domingo, mais de 1.200 refugiados deixaram o Brasil. O fluxo, no entanto, foi retomado nessa segunda-feira (20). O governo federal enviou ontem 60 soldados da Força Nacional de Segurança Pública para a fronteira. Outros 60 irão ao longo da semana, juntamente com 36 voluntários da área da saúde.

Fonte: R7

Marcio Lacerda retira sua candidatura ao governo de Minas e anuncia desfiliação do PSB

O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda informou nessa terça-feira (21) que retirou sua candidatura ao governo de Minas Gerais e anunciou sua desfiliação do PSB. Ele foi registrado como candidato no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) de Minas Gerais, em 15 de agosto, mesmo após a Executiva Nacional do partido ter dito que não teria candidato ao governo estadual.

Em carta divulgada à imprensa, Lacerda afirma que a “velha política” retirou a candidatura dele. O candidato ainda disse que “a impossibilidade do julgamento definitivo do assunto, desenhada nos últimos dias no âmbito da Justiça Eleitoral, conduz esta insegurança jurídica até a véspera do 1º turno, o que me leva a retirar minha candidatura”. A retirada da candidatura aconteceu horas antes de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) resolver se a candidatura era válida.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que Lacerda é “um político inseguro, indeciso e vacilante”. “O partido e os mineiros se vêm livres de um político que tem essas características, que não são boas pra quem quer assumir o governo”, completou. Ele também divulgou uma carta, dizendo que “a desistência se dá como consequência natural da derrota certa que [Lacerda] encontraria na Justiça Eleitoral”. 

Fonte: G1 MG

Haddad está virtualmente no 2º turno, diz pesquisador

Aos poucos, o nebuloso quadro eleitoral começa a dar pistas sobre como será outubro. Para o cientista político Jairo Pimentel, pesquisador do CEPESP (Centro de Política e Economia do Setor Público) da FGV, são grandes as chances de uma repetição de disputa entre um candidato vermelho (à esquerda) e outro azul (à direita). O especialista conversou com o InfoMoney sobre a última leva de pesquisas eleitorais divulgadas pelos institutos MDA e Ibope.

No campo da esquerda, ele vê o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), atual vice na chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como franco favorito para ir ao segundo turno. Preso há mais de quatro meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro após condenação em segunda instância, Lula está inelegível e tem poucas chances de poder participar da disputa. Seu substituto mais provável é Haddad.

Já do outro lado, uma batalha entre o deputado Jair Bolsonaro (PSL) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ainda tem desfecho absolutamente imprevisível. O primeiro conta com expressiva vantagem nas pesquisas e o apoio convicto de uma fatia relevante do eleitorado. Já o segundo estruturou a maior aliança e contará com ampla vantagem no horário eleitoral e em inserções diárias na programação de rádio e televisão.

“Com o endosso de Lula, não há dúvida de que Haddad é o grande candidato [da esquerda] para ir ao segundo turno. Com a campanha, a transferência [de Lula para Haddad] vai se cristalizar e ele é o favorito para ir ao segundo turno. A dúvida é: vai chegar em primeiro ou segundo lugar no primeiro turno? Temos uma definição mais clara neste campo. Ele está virtualmente no segundo turno”, observou Pimentel em entrevista por telefone ao InfoMoney.

Para ele, a estratégia do PT de manter Lula candidato mesmo com o elevado risco de ser impedido de disputar, em função da Lei da Ficha Limpa, provou-se eleitoralmente eficaz. “Do ponto de vista ético, moral e político, podemos considerar essas críticas de confundir o eleitorado. Do ponto de vista eleitoral, foi a melhor estratégia possível”, disse. Mesmo assim, ele admite o risco de uma fragmentação de votos entre candidaturas de esquerda ameaçarem a ida de o nome petista ao segundo turno, embora também chame atenção para o peso do chamado “voto útil” na reta final.

A ideia agora passaria a ser de misturar as imagens de Lula e Haddad, que já faz campanha no Nordeste em nome da candidatura petista nesta semana. Embora publicamente o PT mantenha a narrativa de que Lula é o candidato do partido, o momento da substituição da candidatura se aproxima, na medida em que avança o processo em que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) analisa seu pedido de registro de candidatura.

No campo azul, Pimentel observa um ambiente de mais incerteza. “Bolsonaro atingiu um teto, não passa dos 20%. Por outro lado, seu voto espontâneo é elevado e está cristalizado. Está difícil ele cair, e, se isso acontecer, não será uma queda astronômica”, analisou. Embora conte com poucos recursos e tempo na televisão, o parlamentar concentra sua estratégia nas redes sociais, ambiente cujos resultados ainda são uma incógnita para analistas políticos.

“A tarefa de Alckmin é mais difícil. Enquanto Bolsonaro tem que ‘empatar o jogo’, ele precisa virar. Com muito tempo de televisão e considerando o elevado número de indecisos, o tucano vai crescer. A dúvida é se será suficiente”, pontuou.

“Alckmin enfrenta um adversário resiliente em um cenário de crítica em relação ao establishment. Além da vinculação com a imagem de [Michel] Temer, ele está há muito tempo no Estado. Pairam dúvidas se vai poder trazer a renovação necessária ou se ele é uma continuidade à política como está”, ponderou o cientista político.

Pimentel acredita que Alckmin poderá começar a crescer a partir de um segundo momento da campanha, quando forem direcionados ataques a adversários. “Como Alckmin tem muito tempo de TV, ele pode pautar a agenda. Ele pode colocar como tema a experiência de gestão. Neste momento, fazendo uma campanha negativa e comparativa, pode despontar entre os indecisos”, observou.

Fonte: InfoMoney