Funcionária do Ministério dos Direitos Humanos é morta a facadas por ex-marido no DF

Uma funcionária tercerizada do Ministério dos Direitos Humanos de 30 anos foi assassinada a facadas pelo ex-marido, de 21 anos, em uma casa em Santa Maria, região administrativa do Distrito Federal. O crime ocorreu por volta das 18h de sábado (14).

Janaína Romão Lucio tinha duas filhas pequenas com Stefano J. S. A e teria sido vítima de uma “crise de ciúmes”, segundo testemunhas relataram à Polícia Civil. O enterro será realizado nesta segunda (16) no Cemitério do Gama, às 12h.

A mulher foi golpeada cinco vezes, no peito e nas costas, e chegou a ser transportada pelo Samu ao Hospital Regional de Santa Maria, mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com delegado-chefe da 33ª DP, Alberto Rodrigues, há informações de que Janaína “já havia registrado duas ocorrências de violência doméstica” contra o ex-companheiro. O caso está sendo investigado como feminicídio.

Até a última atualização desta reportagem, conhecidos da vítima afirmavam que ela havia sido morta ao buscar as filhas na casa do pai – versão que está sendo considerada pela polícia. As meninas teriam sido entregues à avó materna.

Em nota de pesar publicada no site da pasta, o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, afirma que “repudia com veemência a violência contra as mulheres” e que está em contato com a Secretaria de Segurança Pública do DF para “acompanhar de perto as investigações do assassinato de Janaína.”

Fonte: G1

Contra Márcio França, PSDB barra até projeto de Alckmin na Assembleia

Os governistas dizem que a mudança de postura dos antigos aliados tem “motivação eleitoral”. Para os opositores de sempre, o diagnóstico é a “abstinência de poder”. Já o grupo que migrou da base para a oposição alega que foi o novo governo que mudou de rumo. Em um ponto, porém, todos os espectros políticos na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) concordam: o PSDB voltou a fazer oposição no Estado após 23 anos, sendo mais duro com o governo Márcio França (PSB) do que foram os adversários nos seis mandatos seguidos em que o partido comandou a máquina paulista.

Para contrariar os interesses de França, que completou 100 dias no cargo nesse domingo (15), a bancada do PSDB tem obstruído até a votação de um projeto encaminhado pelo antecessor e presidente nacional do partido, o ex-governador Geraldo Alckmin – que renunciou ao cargo em abril para concorrer à Presidência.

Trata-se da proposta que extingue o Instituto de Pagamentos Especiais de São Paulo (Ipesp), autarquia que gere a carteira previdenciária dos advogados e das serventias notariais (cartórios). Com a extinção, o fundo passaria a ser gerido diretamente pelo Estado, o que colocaria cerca de R$ 1,2 bilhão de uma vez no Tesouro paulista.

A verba, embora carimbada, ajudaria o governo França a fechar as contas de 2018 no azul, no momento em que a arrecadação com impostos ainda cresce abaixo das expectativas. “Nossa obrigação é votar esse projeto até o fim do ano para o Estado não fechar no vermelho. O Márcio tem pressa porque ele torrou dinheiro do Estado com programas eleitoreiros, como os convênios de recapeamento com as prefeituras. Por isso, estamos tendo cautela”, disse o presidente da Alesp, Cauê Macris (PSDB).

Próximo do ex-prefeito da capital João Doria (PSDB), adversário de França na disputa pelo governo do Estado, Macris é apontado pelos aliados do governador como o principal responsável por “atrapalhar” os planos governistas no Legislativo, invertendo a ordem de prioridade de votação dos projetos.

“O PSDB está boicotando um projeto de autoria do governador Geraldo Alckmin só para prejudicar o governador Márcio. Na verdade, eles só querem tumultuar. Colocam os interesses eleitorais acima dos interesses do Estado. É lamentável”, disse o líder do governo, Carlos Cezar (PSB).

Em visita à Alesp no mês passado, Alckmin reiterou aos deputados do seu partido a importância de aprovar o projeto do Ipesp, enviado por ele em março e que está na ordem do dia para votação desde 24 de abril.

Segundo o deputado Barros Munhoz, que em março deixou o PSDB após 15 anos no partido para se filiar ao PSB, o presidenciável tucano chegou a ligar para algumas lideranças partidárias pedindo apoio ao projeto, considerado “necessário” por ele. “Não há razão nenhuma para eles fazerem essa obstrução. Nem o PT fez oposição desse tipo quando o governo era do PSDB”, disse Munhoz.

Até as bancadas do PT, PSOL e PCdoB, historicamente de oposição, se comprometeram a votar a favor do projeto após alterações. “O PSDB sempre mandou nesta Casa. Acontece que hoje o patrono não é mais Geraldo Alckmin, e sim João Doria. A pauta deles é impor uma derrota política ao Márcio França. Por isso, está esse caos” disse João Paulo Rillo (PSOL).

Fonte: A Tribuna

Brasil fará pelo menos oito amistosos antes de sediar a Copa América 2019

Passada a decepção pela eliminação na Copa do Mundo, a Seleção já começa a pensar no Qatar. O ciclo até o Mundial de 2022 começa no próximo dia 7 de setembro, contra os Estados Unidos, em Nova Jersey. Além desse jogo, o Brasil terá pelo menos mais sete amistosos para disputar antes de sediar a Copa América entre junho e julho de 2019.

Até lá, o calendário prevê quatro datas Fifas, períodos de nove dias destinados à jogos entre seleções (confira abaixo). Os ingressos para Brasil x Estados Unidos já estão à venda, mas as negociações pelos outros adversários seguem em andamento.

– (Os jogos) De outubro também estamos negociando. Estamos encaminhando alguns amistosos até março de 2019 para dar sequência no trabalho, como preparação para a Copa América, principal foco a partir de agora – frisou o coordenador de seleções Edu Gaspar.

Fonte: Globo Esporte

Deschamps iguala Beckenbauer e Zagallo e é campeão como técnico e jogador

Didier Deschamps entrou nesse domingo, com a vitória de 4 a 2 sobre a Croácia, para um seletíssimo rol: o de campeões da Copa do Mundo como jogador e treinador. Agora são três nesse grupo: Zagallo (1958, 62 e 70), Franz Beckenbauer (1974 e 90) e o francês, que foi capitão em 1998 e técnico agora de estrelas como Mbappé, Pogba e Griezmann.

– Sim, os melhores técnicos! Eu não estou pensando em mim, na verdade, mas evidentemente sinto orgulho disso, é preciso ganhar títulos. Me fez tão mal perder o título europeu dois anos atrás, mas serviu para nos dar mais força. Desmistificamos um pouco essa história de jogos da final, o jogo pertence aos jogadores, eles é que ganharam a partida e são campeões do mundo. Somos cerca de 20 pessoas na comissão técnica, é o resultado de muito trabalho – disse o treinador logo após a partida.

O treinador, horas depois da partida, afirmou que seguirá no cargo.

– Vocês não querem mais me ver aqui, é isso? Vou fugir, vocês não me verão por 15 dias, e depois veremos isso. Se tenho vontade de continuar? Fui jogador. Tenho uma tranquilidade absoluta. Continuo assim. Não serei influenciado por nada. Nem todo mundo foi gentil comigo, mas as críticas fazem parte do trabalho. Sobre continuar, está planejado assim.

Deschamps também valorizou o trabalho do elenco e as dificuldades enfrentadas no caminho até o título.

– É tão bonito, tão maravilhoso. Mesmo que já tenha havido outros campeonatos antes, é preciso lembrar que é um feito hoje. Não jogamos um jogo fantástico, mas enfrentamos uma equipe de qualidade. Estou muito feliz por esse grupo, pois temos uma longa jornada, não foi algo simples. Isso é resultado de muito trabalho, passamos por alguns momentos difíceis, mas agora eles estão no teto do mundo por quatro anos.

Fonte: Globo Esporte

Copa termina com decepções, superações e uma favorita campeã

Chegou ao fim neste domingo, em Moscou, a Copa do Mundo FIFA 2018, com a vitória da França por 4 a 2 sobre a Croácia. O evento, que mobilizou bilhões de pessoas em todos os cantos do planeta ao longo das últimas semanas, volta daqui a quatro anos, no Qatar.

Assim como o Mundial do Brasil, há quatro anos, o torneio sediado pela Rússia em 2018 teve de tudo um pouco: campeão sendo eliminado na primeira fase, favoritos caindo antes da hora, craques desfilando jogadas incríveis, anfitriões e estrangeiros dando show na torcida e uma forte seleção conquistando mais um título. 

Campeã mundial em 1998 e finalista em 2006, a França chegou à Rússia como uma das favoritas a erguer a taça, junto com Brasil, Alemanha e Espanha, enquanto corriam por fora Argentina, Portugal e Bélgica. Dessas, apenas França e Bélgica fizeram bonito, com uma chegando ao seu segundo título e a outra terminando na terceira colocação, seu melhor resultado na história. 

Pouco lembrada pela maioria dos comentaristas antes do torneio, a Croácia acabou sendo uma grande surpresa na competição, apesar de ter um time fortíssimo, formado por jogadores que atuam, com destaque, nas principais ligas do mundo. Liderados por Luka Modric, que acabou eleito o melhor jogador da Copa, os croatas fizeram por merecer a vaga na final, só parando diante da evidente supremacia da França, país que, possivelmente, possui hoje o maior número de atletas de alto nível à disposição da seleção. Entre eles, os consagrados Griezmann e Pogba e o menino Mbappé, melhor jogador jovem do Mundial. 

Enquanto os brasileiros lamentaram a eliminação de sua seleção nas quartas de final para a Bélgica, os russos, que pouco apostavam em sua equipe nacional, se emocionaram ao ver os comandados do técnico Stanislav Cherchesov vencendo as adversidades e os adversários até perderem para a Croácia, nos pênaltis, nas quartas, resultado inimaginável antes da Copa, quase tanto quanto as derrotas da Alemanha para México e Coreia do Sul e a pífia participação da Polônia, que terminou no último lugar de um grupo formado por Colômbia, Japão e Senegal, do qual era cabeça de chave.

Melhores jogadores do mundo e responsáveis por guiar Argentina e Portugal pelos melhores caminhos, Messi e Cristiano Ronaldo fizeram o possível para se destacar, levando suas seleções até as oitavas, onde foram eliminadas por França e Uruguai, acabando com as chances dos dois de serem os grandes nomes da Copa. Outro grande destaque do futebol mundial, Neymar fez boas atuações, mas suas inúmeras quedas em campo acabaram chamando mais atenção do que o seu futebol, transformando o brasileiro em alvo de piadas e perseguições. 

Embora a Bélgica tenha tido o ataque mais positivo do torneio com 16 gols, foi da Inglaterra o grande destaque individual no ataque. O centroavante Harry Kane terminou como artilheiro da competição ao balançar as redes seis vezes, contrastando com os muito questionados Giroud, da França, e Gabriel Jesus, do Brasil, que não conseguiram marcar.

Do outro lado, com a função de evitar os gols, foram muitos os nomes que brilharam. Desde aqueles que caíram antes de chegar às últimas fases, como Ochoa, do México, Schmeichel, da Dinamarca, e Akinfeev, da Rússia, aos que disputaram jogos até os últimos dias, como Pickford, da Inglaterra, e Subasic, da Croácia, os goleiros foram um show à parte. Courtois, da Bélgica, ficou com a luva de ouro. 

Após um mês de muito futebol de altíssimo nível em território russo, o evento futebolístico mais badalado do mundo se despede com um novo mandachuva. A França, agora bicampeã, volta a ser a seleção a ser superada após um período de muito sucesso, entre o final dos anos 1990 e o início dos anos 2000, com Zidane, Henry e companhia. Mas será essa geração, de Griezmann, Mbappé e tantos outros grandes jogadores de qualidade, capaz de quebrar o fantasma da eliminação precoce que vem assustando as equipes campeãs nas últimas edições de Copa? Teremos que esperar mais de quatro anos para saber a resposta, já que o Mundial do Qatar está programado para começar apenas no final de novembro de 2022. 

Fonte: Sputnik News