Garotinho deixa PR e diz que partido virou ‘sucursal do governo Temer’

O ex-governador do Rio Anthony Garotinho anunciou, na terça-feira, sua desfiliação do PR. Em texto publicado em seu blog pessoal, Garotinho diz que está “aliviado” com a decisão, porque o partido “hoje é uma sucursal do governo Michel Temer”. O ex-governador ainda não anunciou em qual legenda irá se filiar.

“Deixo o PR aliviado já que o partido hoje é uma sucursal do governo Michel Temer, que está entregando o Brasil, perseguindo aposentados, comprando deputados para aprovar reformas políticas, gastando bilhões para não ser investigado sobre as malas de Geddel Vieira Lima, as mutretas de Cunha, as maracutaias de Rodrigo Rocha Loures”, escreveu Garotinho.

A decisão de deixar o partido foi tomada, segundo o ex-governador, após ele receber a notícia de que a Comissão Executiva Regional Provisória do PR no Rio foi dissolvida pela Executiva Nacional. “Aproveitaram um momento circunstancial, onde estou enfrentando a maior quadrilha da história do Rio de Janeiro, para me jogar ao vento”, criticou, fazendo referência ao grupo de Cabral, seu ex-aliado e atual desafeto.

Garotinho diz que se filiou ao PR, em 2009, por falta de opção, porque, na época, a maioria das legendas do Rio apoiava o ex-governador Sérgio Cabral ou o ex-prefeito Eduardo Paes, ambos do PMDB, seu antigo partido. O político destacou ainda que o apoio ao PR às reformas trabalhista e da Previdência causou “intenso desgaste”.

“Talvez seja a hora de eu me reencontrar com meus princípios históricos, os quais nunca abandonei: o nacionalismo, o trabalhismo e a defesa do povo”, afirma a carta.

O ex-governador convocou uma reunião para esta quinta-feira, na Tijuca, no Rio de Janeiro, para “discutir para onde o nosso grupo político vai caminhar nas próximas eleições”.

Fonte: O Globo

Caixa já tem substitutos temporários dos dirigentes afastados

O Diário Oficial da União publicou nesta quarta-feira (17) o afastamento de quatro vice-presidentes da Caixa Econômica Federal. E ainda nesta semana o banco pode mudar as regras para a nomeação dos dirigentes.

O presidente da Caixa já escolheu os substitutos temporários dos dirigentes afastados. Apesar de o comunicado falar em substituições temporárias, os vice-presidentes não devem mais retornar aos cargos.

Nesta sexta-feira (19), a Caixa deve aprovar um novo estatuto, seguindo a nova lei de governança das estatais, que limita indicações políticas para o comando das estatais. Com isso, a escolha passa a ser do Conselho de Administração do banco e não mais do presidente da República.

Nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que todos os dirigentes do banco vão passar por uma avaliação técnica.

“Em relação aos quatro vice-presidentes que estão sujeitos a esse julgamento. E, em segundo lugar, a avaliação dos demais vice-presidentes. Certamente, num determinado momento, sim, a estrutura é sempre objeto de discussão para tornar a empresa cada dia mais eficiente, o que é importante”, disse Meirelles.

O afastamento dos quatro vice-presidentes foi publicado nesta quarta no Diário Oficial da União. 

Antônio Carlos Ferreira, ligado ao PRB, foi citado na delação de executivos da J&F como o intermediário de propina para o ex-ministro da Indústria e Comércio Exterior, Pastor Marcos Pereira, do PRB. A auditoria afirma que a relação dele com o PRB “chama a atenção” e pode ensejar questionamentos na Justiça. E que, apesar de não haver prova conclusiva, as explicações não são suficientes para encerrar a investigação.

Deusdina dos Reis Pereira, indicada pelo PR, é suspeita de negociar a liberação de um crédito da Caixa em troca de um cargo para ela própria na Companhia Energética de Minas Gerais – a Cemig.

Auditores chamam atenção para o fato de Deusdina mostrar “preocupação com o teor de seus e-mails e o desejo de apagá-los”.

Deusdina diz que, na época do pagamento das contas inativas do FGTS, a Caixa elaborou uma lista de pessoas politicamente importantes para avisá-las sobre o pagamento.

Na vice-presidência de Governo, Roberto Derziê de Sant’Anna foi indicado pelo PMDB. Ele já trabalhou diretamente com Temer. A auditoria traz documentos com pedidos de Moreira Franco a Derziê sobre operações internas em trâmite no banco. Derziê nega ter repassado informações.

O documento menciona, ainda, José Henrique Marques da Cruz. Ele é citado em mensagens sobre operações de empresas do grupo J&F, mas a auditoria informa que são mencionados vários Henriques e conclui que não foi possível identificar um risco ao banco a partir da conduta dele. 

Indicado pelo Partido Progressista (PP), o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, também foi mencionado pela auditoria – que lembra que ele foi citado na delação do operador Lúcio Funaro. Não há pedido de afastamento dele, mas sim que as investigações continuem.

A auditoria conclui que a prática de divisão política dos cargos “expõe a Caixa a riscos consideráveis”.

Fonte: Jornal Nacional

‘Não coloco Lula e Bolsonaro no mesmo patamar’, diz cientista político da Fundação FHC

O cientista político Sérgio Fausto, superintendente-executivo da Fundação Fernando Henrique Cardoso, disse à BBC Brasil que não coloca o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o deputado federal Jair Bolsonaro no mesmo patamar.

Algumas lideranças do PSDB têm situado Lula e Bolsonaro no mesmo nível de radicalismo. Empurrar os adversários para os polos poderia ser uma estratégia eleitoral eficiente para colocar o candidato tucano como opção de centro na disputa presidencial de 2018 – o provável candidato do partido é o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

“Posso te dizer por mim: eu não coloco Lula e Bolsonaro no mesmo patamar. O Bolsonaro é um sujeito que ultrapassa todos os limites da convivência democrática equilibrada”, afirmou.

À BBC Brasil, Fausto disse ainda que as acusações contra Lula “são muito robustas”, e que não há motivo para se “insurgir contra a decisão do Judiciário” se ele for condenado em segunda instância e ficar impedido de concorrer pela Lei da Ficha Limpa. O julgamento de Lula no caso tríplex do Guarujá está marcado para dia 24. “São as regras do jogo às quais todos os brasileiros estão submetidos”, argumentou.

Já no caso do senador Aécio Neves, gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, Fausto defendeu seu direito de se candidatar pelo PSDB, já que não há condenação contra ele. Por ter foro privilegiado, o caso de Neves está no Supremo. “Cabe ao eleitor de Minas fazer o seu julgamento eleitoral”, disse.

O superintendente da Fundação FHC também afirmou ver “todas as qualidades” para que Alckmin se fortaleça e seja um candidato de centro competitivo.

Fonte: BBC Brasil

Metroviários de São Paulo decidem fazer greve de 24h nesta quinta

Os metroviários de São Paulo decidiram, em assembleia, entrar em greve nesta quinta-feira (18). A paralisação, que começa à meia-noite de ontem (17), deve durar 24 horas. Segundo o Sindicato dos Metroviários, a greve é um protesto contra a privatização das linhas 5-Lilás do metrô e 17-Ouro do monotrilho.

“É uma greve para denunciar um processo deturpado, viciado, que favorece determinados grupos econômicos. Nós queremos denunciar e dizer: os metroviários estão parando contra a privatização, em defesa dos direitos da categoria, contra demissões, e principalmente em defesa de um transporte público estatal de qualidade, e que atenda aos interesses da população”, disse o coordenador-geral do sindicato, Wagner Fajardo.

Em nota, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) lamenta a decisão dos metroviários e diz que a paralisação vai prejudicar milhares de paulistanos. “O edital de licitação passou por ampla revisão do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, de 26/9 a 19/12/2017. Nesses 85 dias, o órgão solicitou apenas alteração em um item do edital, liberando-o, em seguida, para publicação. É importante ressaltar que todos os questionamentos foram julgados improcedentes”, ressalta a nota do Metrô.

O Metrô destaca ainda que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) deferiu liminar determinando a manutenção do efetivo de 80% do serviço nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e de 60% nos demais períodos, sob pena de aplicação de multa ao Sindicato dos Metroviários.

Fonte: Agência Brasil