Vazamento mostra que problemas no Enem não são pontuais, diz procurador

enem_O vazamento de parte do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) prova que os problemas do exame não são pontuais, diz o procurador Oscar Costa Filho, do MPF/CE (Ministério Público Federal) no Ceará. Ele é o responsável pela ação civil que pede a anulação do exame. “[A comprovação do vazamento] será mais um elemento de convicção ao lado de outros que estão sendo apontados”, observa.

Costa defende que todos os candidatos prejudicados no exame possam fazê-lo novamente, pois, segundo o procurador, o ministério não tem como identificar todos esses estudantes. “O que eles estão fazendo [reaplicação do Enem para prejudicados] não atende aos problemas dos alunos”, diz. Uma ação em favor desses candidatos está sendo preparada pelo MPF e deve ingressar na Justiça Federal “o quanto mais cedo”, conta.

Segundo o procurador, o MPF está preparando um recurso para garantir o direito de refazer a prova a todos os estudantes. “Continuamos lutando por isso. O procedimento que está aí é absolutamente ilegal, porque eles não dão o menor direito de defesa para o candidato; cerceiam seu direito; e violam a isonomia [do concurso], porque escolhem poucos para serem candidatos”, explica.

O MPF do Rio de Janeiro também deve ajuizar ação civil pública para pedir a indenização de um salário mínimo por candidato que tenha se sentido prejudicado no exame. Segundo o defensor André Ordacgy, do Rio, o objetivo da ação é fazer o MEC “repensar” o exame.

A Polícia Federal encerrou na terça (23) as investigações sobre um suposto vazamento do tema da redação em Juazeiro (BA). De acordo com a PF, uma aplicadora da cidade de Remanso (BA) teve acesso ao título do texto motivador da redação cerca de duas horas antes do início das provas. Ela, então, avisou ao marido, que pesquisou sobre o tema na internet e avisou para o filho, em Petrolina (PE). O aluno procurou professores da região para pedir dicas sobre como escrever o tema “trabalho e escravidão”.

Fonte: UOL

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