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150 mil nas ruas em defesa dos royalties

76256foto1Apesar da forte chuva que caiu no Rio de Janeiro e sob o histórico slogan, agora em versão funk, “Arrá, urru, o petróleo é nosso!”, cerca de 150 mil pessoas foram ao Centro do Rio nesta quarta-feira em defesa do royalties do petróleo para o estado.

Servidores públicos e operários das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), transportados em ônibus alugados por prefeituras e pelo Governo do Estado, foram o público principal da manifestação, que parou o Centro da cidade.

Apesar da grande manifestação, por sugestão do governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, acolhida pelo governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), não houve qualquer discurso durante o protesto.

A medida irritou as dezenas de prefeitos do interior e Região Metropolitana, que trouxeram numerosas caravanas para a passeata. Os manifestantes que percorreram o percurso entre a Candelária e a Avenida Rio Branco ficaram restritos a música, principalmente funk.

A prefeita de Campos, Rosinha Garotinho (PMDB), ficou inconformada com a despolitização da manifestação.

Ex-governadora e mulher do ex-governador Anthony Garotinho, adversário de Cabral e pré-candidato do PR ao Governo do Estado, ela concordou que os prefeitos não discursassem, mas disse que Cabral e o governador do ES deveriam se pronunciar.

Fonte: Monitor Mercantil

Rio prepara grande mobilização contra emenda Ibsen nesta 4ª

rioO Rio de Janeiro prepara uma grande mobilização nesta quarta-feira contra a Emenda Ibsen Pinheiro. Estudantes, servidores, comerciantes, empresários, políticos e artistas são esperados na Avenida Rio Branco na passeata em protesto contra a redistribuição dos royalties do pré-sal, aprovada há uma semana na Câmara dos Deputados. Caravanas de todo o estado, sobretudo dos municípios produtores, devem lotar mil ônibus. O vice-governador Luiz Fernando Pezão estima que 150 mil pessoas participem da caminhada em defesa dos royalties, a partir das 16h: “São de 10 a 15 ônibus por prefeitura, fora os da Baixada”.

No fim da marcha, na Cinelândia, o público assistirá a shows de samba, funk e pagode. Neguinho da Beija-Flor, que gravou funk contra a perda de R$ 7,32 bilhões, é uma das atrações. “É importante as pessoas participarem. A voz do povo é a voz de Deus!”, pediu.

Faixas, camisetas e trios elétricos vão animar as caravanas que apoiam a campanha ”Contra a Covardia, em Defesa do Rio”. “A região que produz mais de 80% do petróleo nacional tem que ser tratada com respeito. Os royalties viraram escolas, por exemplo, e muitos projetos estão ameaçados se nos roubarem os royalties”, disse o prefeito de Rio das Ostras, Carlos Augusto Balthazar. Onze municípios da Baixada confirmaram presença. À exceção de Belford Roxo, as demais cidades decretaram ponto facultativo a partir das 12h. Serviços essenciais serão mantidos.

Entenda a emenda polêmica

A emenda ao projeto de lei que trata do regime de partilha e da distribuição dos royalties do petróleo extraído da camada pré-sal foi aprovada na Câmara por 369 votos a 72 e duas abstenções. De autoria dos deputados Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Humberto Souto (PPS-MG), a emenda redistribui os royalties pagos pela extração do petróleo em todo o País, incluindo o da camada pré-sal. A proposta prevê que estes recursos sejam divididos entre Estados e municípios – metade para cada -, seguindo o modelo de distribuição dos Fundos de Participações dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM).

A proposta provocou polêmica particularmente entre os Estados, pois retira recursos dos principais produtores de petróleo – Rio de Janeiro e Espírito Santo – em favor dos demais estados e municípios. De acordo com levantamento feito pelo PSDB, com a aprovação da emenda, a receita do Espírito Santo passaria de pouco mais de R$ 313 milhões (receita de 2009) para R$ 157 milhões. Já a do Rio de Janeiro cairia de R$ 4,9 bilhões para R$ 159 milhões.

Fonte: O Dia OnLine