ANULAÇÃO

Candidatos aprovados fazem protesto contra anulação do consurso da PMPE

Por Elaine de Paula, candidata aprovada

concurso1A provável anulação do concurso da PMPE causou revolta nos candidatos que foram aprovados e que já estão nas etapas finais exigidas pela Comissão de Concurso da Universidade de Pernambuco (Conupe), responsável pelo concurso.

Até agora nenhuma explicação foi divulgada no site da organizadora.

Os candidatos que foram aprovados nos testes físicos começaram a entregar os exames de saúde na ultima sexta-feira (5) e seguem até terça-feira (9), de acordo com o edital a próxima fase será a avaliação psicológica e logo depois os candidatos aprovados seguem para o Curso de Formação Profissional.

Os candidatos que estão seguindo o cronograma do edital se reuniram nesta segunda-feira (8) e realizaram um protesto contra a anulação do concurso.

O objetivo principal é continuar a luta, que já começou desde o primeiro dia de estudo, para que as autoridades competentes considerem além dos prejuízos materiais, que gira em torno de R$ 500,00 por candidato só com exames médicos, como também os prejuízos morais de quem não tem relação alguma com fraude ou outro tipo de injustiça.

O próximo protesto contra a anulação das três etapas que foram concluídas do concurso da PMPE será nesta quarta-feira (10), às 8h.

MPPE pede anulação do concurso da PM

fraudeMais uma reviravolta no concurso da Polícia Militar. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) encaminhou, ontem, à Justiça pedido de anulação da prova de conhecimentos, realizada em 22 de novembro do ano passado, e das etapas seguintes do processo. O promotor Eduardo Cajueiro, que assumiu o caso em dezembro, comprovou a existência de um esquema de fraude e pediu, ainda, o aprofundamento das investigações da Polícia Civil para tentar identificar o mentor intelectual do esquema. Cajueiro ajuizou uma ação civil pública para suspender o concurso até o fim dessas investigações. O estado terá três dias para se pronunciar sobre a ação do MPPE assim que receber a notificação da Justiça.

Em dois meses, o promotor ouviu 28 candidatos e outras 16 pessoas que trabalharam na realização do concurso, entre fiscais e chefes de prédio. A investigação do MPPE começou após denúncias de irregularidades feitas pelos candidatos no dia da prova e depois de matérias veiculadas na imprensa. “Após ouvir candidatos e pessoal que trabalhou no concurso, constatei que foram registrados casos de pessoas com celular durante os testes no Recife, na Região Metropolitana e no Interior. Essa situação deveria ter sido fiscalizada e proibida”, disse o promotor.

De acordo com Cajueiro, somente a identificação do mentor intelectual da fraude pode garantir a localização de todos os envolvidos no esquema. “Uma fiscal ouvida, por exemplo, disse que mandou os candidatos desligarem os celulares, retirarem as baterias e colocarem o equipamento embaixo das bancas. Nessa situação, o candidato deveria ser retirado do concurso”, comentou.

Na opinião de Cajueiro, o esquema de fraude foi bem elaborado. “Foram registrados casos de celulares com mensagens contendo as respostas dos quesitos e ainda foi apreendido um equipamento de transmissão e recepção de sinais”, destacou. Segundo o promotor, houve uma quebra do princípio de vinculação ao edital. “Tudo leva a crer que não se trata de acerto de bar. É necessário identificar o mentor intelectual da fraude. Com essaomissão, seria impossível afirmar com exatidão que todos aqueles que seriam beneficiados pela fraude foram devidamente identificados e expurgados do certame”, destacou.

Pelo menos quatro aparelhos celulares receberam mensagens de texto com as respostas das provas, enviadas pelo mesmo número, na mesma data e em horários aproximados, apontaram as investigações da Polícia Civil. “O concurso público é a porta de entrada mais democrática e justa que existe para o serviço público. Tal fato, por si só, é mais do que suficiente para ensejar a anulação da prova objetiva, por macular a moralidade do processo seletivo como um todo”, explicou o promotor. Caso a determinação do MPPE seja aceita pela Justiça, todos os candidatos – exceto os que foram eliminados – poderão fazer provas novamente.

Fonte: Diário de Pernambuco

MPF recebe mais 20 representações de candidatos

concurso2Mais 20 candidatos que fizeram o concurso do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TER/PE) entraram com representação no Ministério Público Federal (MPF) nesta segunda-feira. Com o acréscimo, o total de representações chegou a 124. Os concurseiros que fizeram a prova para o cargo de analista de sistemas, no último dia 17, continuam sem uma definição quanto à nova data do exame.

Por enquanto, a prioridade da comissão de organização do concurso do TRE é analisar as denúncias de desorganização que continuam chegando ao órgão. As reclamações dos candidatos incluem, entre outros itens, falhas na fiscalização, uso de celular e má formulação das provas.

O Conselho Regional de Administração (CRA/PE) autuou a Fundação Conesul, empresa organizadora do concurso. Segundo a instituição, a Conesul não tem registro no conselho estadual, portanto não poderia organizar exames no estado. O presidente do CRA/PE, Joel Costa, analisa a possibilidade de denunciar o tribunal ao Conselho Nacional de Justiça por ter contratado uma empresa irregular.

Fonte: Pernambuco.com

Secretarias dizem que até o momento não há motivo para anulação do concurso da PM

concurso1Em ofício encaminhado ao Ministério Publico de Pernambuco (MPPE), nesta segunda-feira, as secretarias de Administração (SAD) e de Defesa Social (SDS) do Governo do estado reforçaram que até o presente momento não há motivo para anulação do polêmico concurso da Polícia Militar, realizado em novembro. O comunicado enviado à imprensa ressalta “a inexistência até o presente momento, de fato, que justifique a anulação ou suspensão do concurso como vazamento de gabarito, violação dos cadernos de prova, nem qualquer ato que desabone ou macule sua execução”.

As secretarias garantem que todos os imprevistos estão sendo “rigorosamente investigados” pela Polícia Civil do Estado, e que todos os esforços estão mantidos para que os inquéritos sejam concluídos no menor tempo possível. Segundo o documento, “os candidatos flagrados cometendo atos contrários às normas do concurso foram imediatamente eliminados”, desta forma, não comprometeriam a lisura do certame.

Fonte: Diário de Pernambuco