De acordo com informações do estudo realizado pelo The Lancet Regional Health – Americas, o número de suicídio entre jovens cresceu 6% ao ano, de 2011 a 2022, no Brasil. O aumento nesta população foi ainda maior que a da população em geral que foi, em média, de 3,7%. Diversas razões podem ocasionar isso, como fatores ambientais, socioculturais e existenciais, assim, desencadear transtornos mentais, como a depressão, sendo este importante causador de risco para o suicídio. Por isso, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da saúde mental e a buscar ajuda profissional e, portanto, evitar casos desses tipos, foi criado no Brasil o Setembro Amarelo, mês dedicado a esta temática.
Apesar do mês de setembro abordar o tema e alertar toda a população, é importante que familiares e amigos prestem atenção para todos os sinais das pessoas que estão ao seu redor, isso porque, em muitas situações, os transtornos mentais acontecem de forma silenciosa. A psicóloga e professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Cynthia Andressa, destaca que nem sempre os sintomas de depressão são só tristeza e desânimo. “Eles podem incluir perda de peso, sentimento de culpa, irritabilidade e falta de esperança. Os sintomas mais prevalentes são: irritabilidade, ansiedade e angústia. Existem situações, sobretudo no início, ou até mesmo de acordo com a intensidade dos sintomas, que podem ser mais difíceis no processo de identificação, daí a importância de se ter o máximo de atenção sempre que suspeitar que possa estar vivenciando esse processo do adoecimento”.
Aos primeiros sinais, é importante procurar a ajuda de um psicólogo, psiquiatra ou alguém que tenha a formação para cuidar de pessoas nessa condição, as Instituições de acolhimento especializadas, como o Centro de Valorização da Vida (CVV), Organizações Não Governamentais (ONGs), Clínicas escolas ou, até mesmo, uma emergência. Por essa razão, para servir de fortalecimento, apoio e a busca por ajuda, que a UNIFG tem ofertado atendimentos psicológicos gratuitos, por meio do Centro Integrado de Saúde (CIS), que promove uma escuta humanizada e acolhimento para pessoas que enfrentam casos de depressão em Recife.