Pré-candidato à presidência da Colômbia, Miguel Uribe, sobrevive à cirurgia após atentado

Senador de 39 anos permanece em estado crítico após ser atingido por dois tiros na cabeça e um no joelho durante evento em Bogotá.

Imagem: Reprodução

O senador e pré-candidato à presidência da Colômbia, Miguel Uribe, de 39 anos, sobreviveu à primeira intervenção cirúrgica após ser vítima de um atentado a tiros no último sábado (7) em Bogotá. Segundo informações divulgadas pelo prefeito da capital colombiana, Carlos Fernando Galán, o político “superou a primeira intervenção”, mas seu estado de saúde permanece crítico, com as próximas horas sendo consideradas decisivas para sua recuperação.

O ataque ocorreu enquanto Uribe discursava para apoiadores no bairro de Fontibón, região próxima ao aeroporto internacional de Bogotá. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que o senador, membro do partido Centro Democrático, é atingido por disparos e cai ao chão coberto de sangue, sendo imediatamente socorrido por apoiadores presentes no evento.

De acordo com relatos médicos, o pré-candidato foi atingido por dois tiros na cabeça e um no joelho, sendo rapidamente transportado para um hospital da capital colombiana. A cirurgia, que durou mais de três horas, foi realizada durante a madrugada. María Claudia Tarazona, esposa de Miguel Uribe, informou que o político “saiu da cirurgia e está lutando pela vida”, em declaração reproduzida por veículos de imprensa locais.

As autoridades colombianas detiveram um adolescente de 15 anos, suspeito de ser o autor dos disparos. O menor também foi baleado por seguranças após o ataque e encontra-se sob escolta policial em uma clínica de Bogotá. A Procuradoria-Geral da Colômbia, responsável pela investigação do atentado, ainda não determinou as motivações do crime, que está sendo tratado como um ataque político.

O atentado contra Miguel Uribe chocou a nação colombiana e resgatou a lembrança dos assassinatos políticos que marcaram o país nas décadas de 1980 e 1990, reacendendo temores sobre um possível retorno da violência política. O ex-presidente Álvaro Uribe, líder do partido Centro Democrático, descreveu o ataque como um atentado contra “uma esperança para o país”, manifestando solidariedade ao correligionário.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, condenou veementemente o ataque e ordenou uma investigação rigorosa sobre o caso. Em pronunciamento oficial, Petro afirmou que “a violência política não pode voltar à Colômbia” e garantiu que todas as medidas estão sendo tomadas para esclarecer o crime e punir os responsáveis.

Miguel Uribe havia anunciado sua pré-candidatura à presidência da Colômbia em outubro do ano passado e vinha ganhando destaque como uma das principais vozes de oposição ao atual governo. O político, que não possui parentesco com o ex-presidente Álvaro Uribe apesar do sobrenome comum, tem construído sua carreira política como uma figura de centro-direita, defendendo propostas de segurança pública e desenvolvimento econômico.

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