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Lula chama de barbaridade ataques de bolsonaristas ao STF

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenou os ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados ao STF (Supremo Tribunal Federal).

“Ele [Bolsonaro] só conhece ódio, ódio e ódio. É ódio contra a mulher, é ódio contra o negro, ódio contra o PT, ódio contra o sindicalista, ódio contra LGBT, ódio contra quilombola e agora é ódio com a Suprema Corte. Ele agora resolveu brigar com a Suprema Corte”, afirmou o presidente, citando a seguir jovens que podem estar presos injustamente neste país.

“E esse presidente, ao invés de ir visitar uma cadeia, e dar indulto para quem merece indulto, ele resolveu dar o indulto para um amigo seu que tinha cometido a barbaridade de ofender a Suprema Corte. Ou seja, porque na verdade, esse homem não tem sentimento”, completou, referindo-se ao indulto concedido por Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira, condenado pelo Supremo.

“O Brasil tem que ter um presidente que converse os Estados Unidos, que converse com a China, que converse com o mundo inteiro. Nós temos um zé ninguém que não conversa com ninguém, que só sabe levantar às 5h da manhã pra contar mentiras.”

Em um deslize em seu discurso, Lula afirmou que Bolsonaro “não gosta de gente, ele gosta de policial”. “Hoje temos um presidente que não derramou uma lágrima pelas vítimas da Covid ou com a catástrofe que houve em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Ele não tem sentimento. Ele não gosta de gente, ele gosta de policial. Ele não gosta de livros, ele gosta de armas”, disse.

Em evento com lideranças do PSOL na noite deste sábado, Lula voltou a falar sobre as instituições e afirmou que é preciso recuperá-las.

“Você veja a judicialização da política. Ou seja, parece que tudo é decidido na suprema corte. Não pode ser assim. Os políticos não podem querer que o Poder Judiciário faça o que eles têm que fazer. O Judiciário não pode ficar dando voto pela imprensa, ele se dá nos autos dos processos. É preciso reestabelecer a ordem, a harmonia e o respeito pelo país”, disse Lula.

Fonte: Folha de S.Paulo