Internacional

Economia, Internacional

Musk critica projeto orçamentário de Trump e o chama de ‘repugnante’

Bilionário usou sua rede social para atacar proposta de gastos, dias após deixar cargo de conselheiro do presidente americano.

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O bilionário Elon Musk criticou duramente, nesta terça-feira (3/6), o projeto de lei orçamentária promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em uma publicação em sua rede social X (antigo Twitter), Musk classificou a proposta como “repugnante, escandalosa e eleitoreira”, acrescentando: “Sinto muito, mas já não aguento mais”.

Musk, que recentemente deixou o posto de conselheiro de Trump e comandou o Departamento de Eficiência Governamental (Doge) com a missão de cortar gastos públicos, argumentou que o projeto aumentará o déficit orçamentário em US$ 2,5 trilhões (R$ 14 trilhões). Segundo ele, isso representa uma “dívida esmagadoramente insustentável” para os americanos e que o Congresso, de maioria republicana, estaria levando o país à falência.

As críticas públicas de Musk ocorrem poucos dias após sua saída do governo. Ele deixou o comando do Doge em 28 de maio, um dia depois de já ter criticado o plano fiscal de Trump em uma entrevista. Embora tenha havido uma despedida formal na Casa Branca, com Trump sugerindo que Musk continuaria como conselheiro informal, a relação entre os dois vinha mostrando sinais de desgaste.

Relatos da imprensa americana indicam que a saída de Musk foi rápida e que aliados de Trump já o consideravam um “fardo político” devido à sua imprevisibilidade. A tensão aumentou após Trump desistir de indicar um aliado de Musk para chefiar a Nasa, decisão que teria desapontado o bilionário.

A manifestação de Musk contra o projeto orçamentário marca um distanciamento público significativo de Trump, de quem foi um dos principais apoiadores na campanha presidencial de 2024 e conselheiro próximo no início do mandato.

Internacional

Jornalista britânico confronta Embaixadora de Israel sobre mortes de crianças em Gaza

Tzipi Hotovely classificou como “irrelevante” pergunta sobre número de menores mortos, gerando reação do apresentador britânico.

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O apresentador britânico Piers Morgan questionou Tzipi Hotovely, embaixadora de Israel no Reino Unido, sobre a atuação israelense no conflito em Gaza, durante entrevista em seu programa “Piers Morgan Uncensored”. A diplomata tentou justificar as ações militares que resultaram em milhares de mortes, alegando que muitas vítimas seriam militantes do Hamas e que o grupo utiliza a população civil e instalações como hospitais como escudo.

Morgan pressionou a embaixadora sobre o número de terroristas e, especificamente, de crianças mortas por Israel. Hotovely afirmou que cerca de 30 mil terroristas teriam sido mortos no início da guerra, mas declarou não ter números atualizados e classificou a questão sobre as crianças como “irrelevante”, argumentando que Israel “nunca mira em civis”.

O apresentador rebateu a afirmação, declarando ser “indiscutível” que Israel está matando crianças diariamente e acusou a embaixadora de ser “mesquinha com as palavras”. Diante da insistência de Morgan sobre os números, Hotovely reiterou que o dado era irrelevante, levando o apresentador a questionar a postura da diplomata ao fazer tal afirmação.

Outro ponto de tensão na entrevista foi o acesso restrito de jornalistas internacionais às zonas de conflito. Hotovely justificou a medida por questões de segurança, mas Morgan classificou a resposta como “balela”, acusando Israel de impedir a cobertura jornalística sobre o que realmente acontece na região.

Internacional

Revés judicial, saída de conselheiro e nova crítica, como um meme viral, atingem governo Trump

Justiça bloqueia tarifaço, Elon Musk deixa cargo e expressão ‘TACO’ viraliza em meio a contestações sobre política comercial.

Foto: REUTERS/Kevin Lamarque

O governo de Donald Trump enfrentou uma série de desafios recentes, marcados por um revés judicial significativo em sua política comercial, a saída de um conselheiro proeminente e o surgimento de uma expressão crítica que rapidamente ganhou tração popular e midiática. Esses eventos adicionam novas camadas de complexidade à gestão do presidente norte-americano, especialmente na esfera econômica e política.

Na quarta-feira (28), um tribunal de comércio dos Estados Unidos impôs um bloqueio às tarifas recíprocas anunciadas por Trump no início de abril, conhecidas como “Dia da Libertação”. A decisão foi proferida por um colegiado de três juízes do Tribunal de Comércio Internacional, sediado em Nova York, que acatou argumentos de diversas ações judiciais contestando a medida.

Os magistrados consideraram que o presidente excedeu sua autoridade ao utilizar a Lei Internacional de Poderes Econômicos de Emergência (IEEPA) de 1977 para impor taxas generalizadas, que variavam de 10% a 50%, sobre produtos importados de mais de 180 países. A Casa Branca informou que já recorreu da decisão, abrindo caminho para uma disputa que pode alcançar a Suprema Corte.

As contestações judiciais, movidas por grupos empresariais e por 12 estados americanos liderados por Oregon, argumentam que Trump submeteu a política comercial aos seus “caprichos”, gerando “caos econômico”. Questiona-se a justificativa de que o déficit comercial configura uma emergência nacional que autorizaria o uso de tarifas sem aprovação do Congresso, conforme alegado pelo presidente.

Saída de Elon Musk

Paralelamente, o cenário político da administração Trump viu a saída do bilionário Elon Musk. Ele deixou o cargo especial de conselheiro e líder do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) na mesma quarta-feira (28), antes do previsto inicialmente. Musk agradeceu a oportunidade em uma postagem na rede social X.

Internacional

Presidência francesa comenta vídeo de suposto empurrão de Brigitte em Macron

Imagens que viralizaram mostram primeira-dama afastando rosto do presidente ao desembarcarem no Vietnã.

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Um vídeo mostrando um aparente gesto brusco entre o presidente francês Emmanuel Macron e a primeira-dama Brigitte Macron durante um desembarque no Vietnã gerou repercussão e levou a um posicionamento oficial do Palácio do Eliseu, sede da presidência da França. O episódio ocorreu no domingo (25), na chegada do casal a Hanói para uma turnê pelo Sudeste Asiático.

As imagens, divulgadas por agências de notícias e compartilhadas amplamente online, capturam o momento em que a porta do avião presidencial se abre. O presidente Macron parece recuar subitamente enquanto uma mão, identificada como a de Brigitte pelo terno vermelho que usava, aparenta empurrar ou afastar seu rosto.

Ao perceber que estava sendo filmado, Macron esboça um sorriso e faz um rápido aceno. O vídeo rapidamente se espalhou pelas redes sociais, gerando especulações e comentários sobre a interação do casal presidencial francês em um momento público.

Inicialmente, segundo a reportagem da RFI (Radio France Internationale), o Palácio do Eliseu teria negado o ocorrido. No entanto, posteriormente, a presidência francesa acabou confirmando a autenticidade do momento capturado no vídeo, embora sem detalhar a natureza exata do gesto ou o contexto completo da interação.

A situação, tratada por alguns veículos como uma “briguinha de casal”, chamou a atenção pela estranheza do gesto em um ambiente formal e protocolar como a chegada de um chefe de Estado em visita oficial a outro país. A confirmação pelo Eliseu encerrou as dúvidas sobre a veracidade das imagens.

Internacional

Ataque israelense a escola com deslocados em Gaza deixa dezenas de mortos

Bombardeio na Cidade de Gaza matou 33 pessoas abrigadas em instalação; número total de vítimas no território ultrapassa 53 mil.

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Ataques aéreos israelenses atingiram a Faixa de Gaza nesta segunda-feira (26), resultando na morte de mais de 50 pessoas, segundo informações da Defesa Civil do território palestino, controlado pelo Hamas. Um dos bombardeios atingiu a escola Fami Aljerjawi, no bairro de Daraj, na Cidade de Gaza, que abrigava pessoas deslocadas pelo conflito. Neste local, 33 vítimas fatais foram registradas, incluindo mulheres e crianças, de acordo com médicos locais.

Outro ataque, ocorrido em Jabalia, no sul de Gaza, atingiu a residência de uma família, onde equipes de resgate recuperaram 19 corpos, conforme relatou o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Bassal. O número total de mortos em Gaza desde o início da guerra, em outubro de 2023, já supera a marca de 53 mil, majoritariamente civis, segundo as autoridades palestinas. A situação humanitária no território continua crítica, agravada por bloqueios e pela intensificação dos combates.

O Exército de Israel confirmou o bombardeio à escola na Cidade de Gaza, alegando que “terroristas importantes” estavam no local e que foram tomadas medidas para mitigar danos a civis. As Forças de Defesa de Israel também informaram ter detectado o lançamento de três projéteis a partir de Gaza no mesmo dia. A ofensiva israelense foi desencadeada após o ataque do Hamas a comunidades israelenses em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de aproximadamente 1.200 pessoas.

Geral, Internacional

Lula determina reação diplomática firme contra ameaça de Trump a Moraes

Presidente orienta Itamaraty a responder por vias oficiais após secretário americano mencionar possibilidade de sanções ao ministro do STF.

Palácio do Itamaraty | Imagem: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou o Itamaraty a reagir “com firmeza” à ameaça do governo de Donald Trump de aplicar sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, segundo fontes do Palácio do Planalto e da diplomacia brasileira. A determinação presidencial foi comunicada diretamente a Moraes por ministros do governo, que procuraram o magistrado na quarta-feira (21/5), após o secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmar durante audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara que há “grande possibilidade” de os Estados Unidos aplicarem sanções ao ministro.

De acordo com ministros próximos a Lula, Moraes está “tranquilo” em relação à ameaça, embora outros integrantes do STF tenham reagido com indignação. “Moraes é vitalício. Trump não”, comentou à coluna um auxiliar presidencial, acrescentando que “esse negócio de EUA nunca foi a praia dele”. No Supremo Tribunal Federal, apesar da indignação, a estratégia adotada também é de não reagir publicamente às declarações do secretário americano.

A única manifestação pública até o momento partiu do ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias. Sem mencionar diretamente a fala de Rubio, o chefe da AGU escreveu nas redes sociais que a boa convivência entre os países “pressupõe reciprocidade” entre eles. “No Brasil, valorizamos e nos orgulhamos do princípio da separação dos Poderes. A magistratura nacional independente é um dos pilares fundamentais do Estado de Direito”, afirmou Messias.

A ameaça do governo Trump surgiu após questionamento de um deputado republicano sobre se a administração norte-americana planeja sancionar Alexandre de Moraes, acusado por lideranças bolsonaristas de promover “censura” no Brasil. “Isso está sob análise neste momento, e há uma grande possibilidade de que isso aconteça”, respondeu Rubio ao deputado Cory Mills. O ministro Messias ainda destacou que a “histórica relação de parceria, amizade e benefícios mútuos entre países amigos e democráticos deve sempre servir como um farol, orientando as decisões tomadas pelas autoridades constituídas”.

A intervenção na Justiça brasileira, como vem noticiando a mídia há algum tempo, tem sido articulada por figuras da extrema direita como o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que inclusive se licenciou do mandato para ir aos EUA manter contato com autoridades americanas alinhadas ideologicamente com seu grupo político, o que, segundo o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, em manifestação recente, pode configurar, em tese, ao menos dois crimes.

Internacional, Regional

Petrolina sedia II Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar

Comitiva ministerial participa de evento internacional que destaca soluções do semiárido para combate à fome.

Imagem: Jose Cruz/agência Brasil

Petrolina, no Sertão do São Francisco, é palco do II Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural, que ocorre de 20 a 22 de maio.

Uma comitiva de alto nível do governo federal, composta pelos ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e André de Paula (Pesca e Aquicultura), participará do evento nesta quarta-feira (21).

A primeira-dama Janja Lula da Silva também acompanhará a comitiva durante a visita à cidade.

O encontro internacional reunirá representantes de países africanos, entidades da agricultura familiar, instituições de pesquisa, setor privado e organismos internacionais. O objetivo é promover cooperação técnica e intercâmbio de experiências, destacando os avanços da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, iniciativa lançada pelo Brasil em 2023 que busca construir soluções inovadoras para o futuro da agropecuária global.

A região do semiárido brasileiro será apresentada como exemplo de superação do clima árido, com destaque para a atuação da Embrapa Semiárido, que celebra 50 anos, a fruticultura irrigada e a criação de rebanhos adaptados.

A escolha de Petrolina visa demonstrar aos países africanos como a ciência, a inovação e o investimento em políticas públicas transformaram uma região historicamente desafiadora em um importante polo produtivo, oferecendo modelos aplicáveis a realidades semelhantes no continente africano.

Atualização

Confira abaixo imagens da comitiva ministerial, acompanhada da primeira-dama, chegando ao evento:

Internacional

Pepe Mujica: A trajetória de um ícone da esquerda, da guerrilha à presidência do Uruguai e à luta pela vida

Ex-presidente uruguaio, conhecido pela vida simples e políticas progressistas, enfrentou a ditadura, inspirou movimentos sociais e combateu um câncer de esôfago, deixando um legado de resistência e coerência.

Imagem: Reprodução

José Alberto Mujica Cordano, conhecido mundialmente como Pepe Mujica, transcendeu a figura de ex-presidente do Uruguai para se tornar um símbolo de resistência, coerência política e um estilo de vida despojado que cativou a esquerda global. Sua trajetória, marcada pelo enfrentamento à ditadura militar uruguaia, pela militância na guerrilha dos Tupamaros e por uma presidência que priorizou avanços sociais, deixou um legado complexo e inspirador. Nos últimos tempos, Mujica travou uma derradeira batalha contra um câncer de esôfago, doença que se agravou e o levou a receber cuidados paliativos.

Mujica morreu ontem (14/5).

Nascido em Montevidéu em 1935, Mujica ingressou na luta armada nos anos 1960 como membro do Movimento de Libertação Nacional – Tupamaros. O grupo ficou conhecido por ações como assaltos a bancos para distribuir os recursos aos mais pobres, antes mesmo da instauração do regime ditatorial em 1973. Durante esse período de clandestinidade, foi ferido quatro vezes e preso diversas vezes, protagonizando fugas até ser recapturado definitivamente em 1972. Ao todo, passou 14 anos encarcerado, enfrentando torturas e longos períodos em solitária, sendo um dos presos considerados “reféns” do regime, sob ameaça de execução sumária caso os Tupamaros retomassem as atividades.

Com a redemocratização, Mujica foi libertado em 1985, beneficiado por uma lei de anistia. Ingressou na política institucional, cofundando o Movimento de Participação Popular (MPP), um dos principais partidos da coalizão de esquerda Frente Ampla. Sua carreira política o levou a ser eleito deputado em 1994, senador em 1999 e ministro da Agricultura em 2005, no governo de Tabaré Vázquez. Em 2010, foi eleito presidente do Uruguai, sucedendo Vázquez e governando até 2015.

Sua presidência foi marcada por um aumento significativo nos gastos sociais, que passaram de 60,9% para 75,5% dos gastos públicos, e por um aumento de 250% no salário-mínimo. Medidas progressistas como a legalização do consumo e da venda da maconha e a aprovação do casamento homoafetivo colocaram o Uruguai na vanguarda de pautas sociais na América Latina. No entanto, foi seu estilo de vida austero que mais chamou a atenção internacional: Mujica recusou-se a morar no palácio presidencial, preferindo sua modesta chácara nos arredores de Montevidéu, e ficou famoso por dirigir seu próprio Fusca 1987. Acredita-se que doava cerca de 90% de seu salário presidencial para projetos de combate à pobreza.

Após deixar a presidência, retornou ao Senado, cargo ao qual renunciou em 2020 por motivos de saúde, em meio à pandemia de Covid-19. Declaradamente ateu durante a maior parte da vida, expressava uma admiração quase panteísta pela natureza. Sua luta contra o câncer de esôfago, anunciado em abril de 2024 e que se agravou nos meses seguintes, foi acompanhada com apreensão, mas sua figura como referência de uma esquerda humanista e de um líder dedicado ao seu povo permanece como um marco na história política contemporânea.

Espiritualidade, Internacional

Papa Leão XIII: Defensor dos trabalhadores e provável inspiração para um novo tempo na Igreja

Legado da encíclica Rerum Novarum e a luta por justiça social marcaram o pontificado de Leão XIII, figura que teria inspirado a escolha do nome do Papa Leão XIV, segundo fontes.

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O Papa Leão XIII, pontífice que liderou a Igreja Católica entre 1878 e 1903, é uma figura central na história da Doutrina Social da Igreja, especialmente reconhecido por sua veemente defesa dos direitos dos trabalhadores em um período marcado pelas profundas transformações e desafios impostos pela Revolução Industrial.

Seu legado, consolidado principalmente através da encíclica “Rerum Novarum” de 1891, continua a inspirar debates sobre justiça social e a dignidade do trabalho, e teria sido a inspiração para a escolha do nome do recentemente eleito Papa Leão XIV, conforme noticiado por algumas fontes.

A “Rerum Novarum”, ou “Das Coisas Novas”, é considerada um marco, uma verdadeira Carta Magna dos Trabalhadores. Neste documento, Leão XIII abordou com coragem e clareza a chamada “questão operária”, denunciando as condições muitas vezes desumanas a que os trabalhadores eram submetidos no novo sistema capitalista industrial. A encíclica defendeu o direito a um salário justo, condições de trabalho dignas, o direito de associação em sindicatos e o papel do Estado na proteção dos mais vulneráveis.

Suas palavras ecoaram por todo o mundo, influenciando legislações trabalhistas e movimentos sociais em diversas nações, incluindo o Brasil, onde se aponta que a Rerum Novarum inspirou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mais do que outras influências frequentemente citadas. Inclusive o Tribunal Superior do Trabalho (TST) possui um espaço que homenageia Leão XIII. Um salão, que sedia solenidades na sede da Corte, destaca legado do papa Leão XIII, com acervo artístico e histórico da Justiça do Trabalho, abrigando o quadro “Retrato de Leão XIII”, de Eliseu Visconti, que data de 1941, mesmo ano de criação do Tribunal.

Imagem: Reprodução/TST

Além de seu papel fundamental na questão social, o pontificado de Leão XIII foi marcado por uma postura de diálogo com o mundo moderno e a ciência. Um exemplo notável foi a reabertura do Observatório Astronômico do Vaticano, um gesto que simbolizava a abertura da Igreja ao conhecimento científico e à busca pela verdade em todas as suas formas.

Ele também teve uma atuação importante em causas humanitárias globais, como a luta pela abolição da escravidão. Em 1888, apenas oito dias antes da promulgação da Lei Áurea no Brasil, Leão XIII publicou a encíclica “In Plurimis”, dirigida especificamente aos bispos brasileiros, na qual defendia veementemente o fim da escravatura no país, um testemunho de seu compromisso com a dignidade humana.

Diante desse histórico, a notícia da escolha do nome Leão XIV pelo novo pontífice, conforme veiculado por algumas fontes sindicais e de notícias, é vista como um sinal de continuidade com esse legado de preocupação social. Espera-se que o novo papado possa resgatar e dar novo impulso à centralidade do trabalho e da justiça social, temas que foram caros a Leão XIII e também retomados com vigor pelo Papa Francisco, especialmente em um contexto global de precarização do trabalho e novas formas de exploração. A escolha do nome papal é sempre carregada de simbolismo, e a referência a Leão XIII sugere uma forte ênfase nas questões sociais e na defesa dos direitos dos trabalhadores no pontificado que se inicia.

Internacional

Ucrânia pede intervenção do Brasil para encontro entre Zelensky e Putin

Kiev solicita que governo brasileiro use sua “voz competente” para garantir presença de líder russo em diálogo direto na Turquia; Itamaraty reitera apoio a negociações.

Foto: Blondet Eliot/Abaca/Zuma Press

A Ucrânia solicitou formalmente ao Brasil que interceda junto à Rússia para assegurar a participação do presidente Vladimir Putin em um encontro com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky, agendado para esta quinta-feira (15) em Istambul, na Turquia. O pedido foi feito pelo ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andrii Sybiha, ao chanceler brasileiro, Mauro Vieira, durante uma conversa telefônica nesta terça-feira (13).

Sybiha pediu que o Brasil utilize sua “voz competente” para dialogar com o governo russo e garantir a presença de Putin na reunião de mais alto nível. A Rússia havia proposto um diálogo direto no fim de semana, e Zelensky concordou com a conversa. No entanto, o Kremlin não confirmou a participação de Putin, levantando incertezas sobre a realização do encontro nos termos desejados por Kiev, que insiste na presença do líder russo.

O Itamaraty confirmou a conversa entre os chanceleres e informou que Mauro Vieira reiterou a defesa do governo brasileiro por uma negociação direta entre Rússia e Ucrânia, manifestando satisfação com a proposta russa de retomar as tratativas. Caso ocorra, será o primeiro encontro presencial entre os dois líderes desde o início do conflito.

Espiritualidade, Internacional

Habemus Papam

Fumaça branca!

Imagem: Vatican Media

Há instantes, por volta das 13h10 (8/5), da chaminé da Capela Sistina saiu a esperada fumaça branca.

Um novo papa foi eleito!

Nas próximas horas, o cardeal protodiácono, Dominique Mamberti, aparecerá na sacada da Basílica de São Pedro e anunciará, com detalhes, o “Habemus Papam!” (‘temos um papa’, em latim).

Espiritualidade, Internacional

Veja os horários da fumaça que anunciará o papa; são até 4 sessões por dia

A fumaça com o resultado da primeira votação do conclave que elegerá o próximo papa ocorrer a qualquer momento, desde as 14h, nesta quarta-feira, 7/5.

Imagem: Ilustrativa

Se nenhum papa é escolhido hoje (7/5), as cédulas são misturadas com cartuchos contendo perclorato de potássio, antraceno (um componente do alcatrão de carvão) e enxofre para produzir a fumaça preta, que sai pela chaminé.

Mas, se houver um vencedor, as cédulas queimadas são misturadas com perclorato de potássio, lactose e resina de clorofórmio para produzir a fumaça branca.

Sinos também são tocados para sinalizar ainda mais que há um novo papa.

A partir de quinta-feira, 8, as fumaças devem ocorrer nos seguintes horários:

  • 5h30 (Horário de Brasília) – somente se for branca, ou seja, se o novo papa tiver sido escolhido
  • 7h (Horário de Brasília)
  • 12h30 (Horário de Brasília) – somente se for branca
  • 14h (Horário de Brasília)

Os horários foram informados pelo diretor da sala de imprensa vaticana, Matteo Bruni.

Dessa forma, são previstas duas fumaças por dia (7h e 14h), mas em caso de resultado positivo, a fumaça será antecipada, e deve sair 5h30, durante a votação da manhã, ou 12h30, na votação da tarde.

Com informações do portal UOL.

Internacional

Chaminé que anunciará novo papa é instalada na Capela Sistina

Fumaça que sai da chaminé avisa o público sobre o andamento da votação secreta para eleger sucessor de Francisco. Conclave está marcado para começar no dia 7 de maio.

Foto: Stoyan Nenov/Reuters

Bombeiros foram vistos instalando a chaminé da Capela Sistina, no Vaticano, que anunciará novo papa, na manhã desta sexta-feira (2).

O procedimento marca o início dos preparativos para a escolha do sucessor do papa Francisco, que morreu na segunda-feira (21).

O conclave, reunião dos cardeais da Igreja Católica para eleger o novo pontífice, está marcado para começar na quarta-feira, 7 de maio. Desde a segunda passada, a Capela Sistina está fechada para visitação para dar início às preparações necessárias.

Como funciona o conclave

A chaminé é um dos principais símbolos do processo: dela sairá a fumaça que informa ao mundo o andamento da votação. Fumaça preta indica que não houve consenso entre os 135 cardeais votantes. Já a fumaça branca confirma que o novo papa foi escolhido.

A fumaça é gerada pela queima das cédulas de votação. Cada cardeal escreve o nome do candidato. Para a eleição ser válida, é necessário o apoio de pelo menos dois terços dos cardeais presentes. A fumaça escura pode aparecer mais de uma vez até que o consenso seja alcançado.

Os dois últimos conclaves, realizados em 2005 e 2013, terminaram no final do segundo dia de votação. Na história da Igreja, porém, já houve eleições que duraram semanas.

Na última semana, os cardeais da Igreja Católica retomaram as reuniões preparatórias para o conclave. No encontro, os clérigos debateram como manter a agenda de reformas da igreja promovida por Francisco.

Publicado originariamente no Portal g1.

Internacional

Autoridades investigam causas do apagão na Península Ibérica

Rádio de pilha, fogões a gás e baterias portáteis se tornaram itens procurados pela população que não quer ser pega de surpresa, novamente. A jornalista pernambucana, Wanessa Andrade, que conversou com o blog, se manteve informada, durante o apagão, por meio de um rádio de pilhas que comprou em loja chinesa.

Wanessa Andrade, Jornalista Pernambucana

Espanha e Portugal passaram por um colapso na energia elétrica, nesse último dia 28 de abril e as autoridades ainda investigam as causas. O transporte público foi bastante afetado, as pessoas tiveram que descer de trens e metrôs e seguirem seus percursos a pé, pelos trilhos e cerca de 500 voos foram cancelados.

A jornalista recifense, Wanessa Andrade, mora em Aveiro, no centro de Portugal, e estava tomando banho quando a luz apagou: “Achei que tinha queimado, mas quando saí do banho vi que o apartamento todo estava sem luz”. Ela conta que, sem sinal de internet e telefone, a população não sabia o que estava acontecendo.

Foi então, que começou uma busca por rádios de pilhas nos supermercados e lojas chinesas. Andrade disse que há alguns meses, a União Europeia recomendou a montagem de um kit com galão de água, comida enlatada, lanterna e rádio para situações de emergência como guerras, por exemplo. Provavelmente, por isso, foi possível encontrar à venda, esse item já em desuso. “Foi muito estranho porque, na pandemia, estávamos isolados fisicamente, mas em nenhum momento faltou luz ou internet, então conseguíamos falar com as pessoas”, explicou.

A energia já foi, totalmente, reestabelecida, mas as autoridades ainda investigam as causas e não descartam a possibilidade de um ciberataque, sabotagem ou interferência de um incêndio que aconteceu no mesmo horário do apagão, no sul da França. “O que todo mundo quer saber é o motivo e se há novos riscos de outro apagão assim”, afirmou Wanessa.

O apagão durou de oito a dez horas, dependendo do local e mostrou que a população da Europa, em especial da Península Ibérica, não estava preparada para situação de emergências. Fogões a gás e baterias portáteis são outros produtos que, agora, estão sendo procurados pelos portugueses que não querem ser pegos de surpresa, novamente.

Raquel Rocha

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