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Haddad diz que pretende ‘criar condições’ para Assembleia Constituinte

Em agenda de campanha em Goiânia (GO) nesta sexta-feira, o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, afirmou que, caso eleito, pretende “criar as condições” para a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, sem entrar em detalhes de como isso ocorreria.

— Já foi mediado, quando o PCdoB passou a integrar a chapa, houve uma alteração no texto (do programa) para criar as condições para a convocação de uma assembleia exclusiva. Mas é criar as condições para uma assembleia exclusiva.

O programa de governo da coligação, registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), diz que o objetivo é construir “as condições de sustentação social para a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, livre, democrática, soberana e unicameral, eleita para este fim nos moldes da reforma política que preconizamos”.

Haddad atacou o líder nas pesquisa de intenção de voto, Jair Bolsonaro (PSL). Ele citou a fala crítica do general Hamilton Mourão ao 13º salário, benefício que seria “uma jabuticaba” brasileira. Bolsonaro desautorizou o companheiro de chapa e disse que qualquer discussão sobre isso seria uma “ofensa” ao trabalhador.

— Vejam o que eles estão fazendo. O Alckmin e o Meirelles começaram a reforma trabalhista para tirar direito de vocês. E agora esse Bolsonaro quer tirar o 13º. Olha que ideia de jerico. O 13º está na Constituição Federal. Aí ele falou: “O meu vice não entende de Constituição”. Bom, então troca o vice, filho. Escolheu mal, troca o vice — discursou Haddad.

O petista chegou 11h a Goiânia e participou de uma caminhada no centro da cidade. Depois, discursou em um palanque com aliados petistas da região. Para o público, Haddad reforçou o discurso de que é o candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba. Na última semana, o partido continua a apostar na transferência de votos do ex-presidente.

Haddad não descartou formar uma aliança no segundo turno com o MDB, partido do presidente Michel Temer, acusado por petistas de ser um “golpista”. Nesta sexta-feira, quando perguntado se daria um ministério ao partido, também não rejeitou a hipótese. O presidenciável apenas indicou que será preciso apoiar as propostas do PT para formar uma aliança.

Fonte: O Globo