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Estudo pernambucano de tratamento contra COVID-19 é submetido a registro em plataforma europeia

Amparo significa proteção, abrigo, apoio, mas desde 2019 adquiriu um significado mais amplo, forte e íntimo ao redor do mundo. Aceitando o desafio para desenvolver uma solução contra a COVID-19, pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas da UPE em parceria com a Of Joseph do Brasil chegaram a um sistema nanoestruturado denominado Amparo para o desenvolvimento de uma terapia antiviral e atividade anti-inflamatória que inclui a COVID-19. As professoras Patrícia Moura e Juliana Rebouças, ambas do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UPE, estão à frente do projeto apoiado pela empresa via IAUPE.

A escolha pelo estudo e pesquisa de um tratamento alternativo é um grande desafio. “Optamos por estudar uma linha de terapia que atingisse pontos chave que envolvem a doença. Nossa solução em desenvolvimento se baseia nas proteínas naturais do corpo melhoradas. Trata-se de uma solução baseada nas defesas naturais do ser humano, sendo muito promissora com resultados encorajadores” afirma Patrícia.

A proteína estudada é a Lectina Ligadora de Manose (MBL), encontrada no soro humano, secretada pelo fígado e dependente de cálcio. A MBL é um importante elemento do sistema imune inato e está associada a doenças infecciosas e auto-imunes, com interferência tanto na susceptibilidade quanto na severidade das patologias.

A equipe formada por mais de 30 pesquisadores de diversas instituições está empenhada no desenvolvimento do experimento. A expectativa é que até o final do ano o Amparo seja testado em animais e os resultados sobre a segurança do uso desse medicamento estejam disponíveis. O experimento também foi submetido para registro na plataforma europeia de animals trials para que seja replicado na Holanda por meio de um acordo de cooperação internacional da Of Joseph Brasil e seus parceiros em Maastricht.