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Escritório do crime cobrava até R$ 1,5 milhão por morte, diz delegado

Investigações conduzidas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e pelo Ministério Público estadual a respeito do chamado “escritório do crime” identificou que os responsáveis pelo grupo cobravam cifras milionárias para cada assassinato encomendado.

“Foram prisões relevantes, não só para esclarecer os casos em andamento na DH, como para proteger a população do Rio, uma vez que eles matavam por dinheiro. Eles cobravam de R$ 1 milhão a R$ 1,5 milhão”, disse o chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), o delegado Antônio Ricardo Nunes, à imprensa.

O grupo é formado por policiais e ex-policiais e age há mais de 10 anos no Rio de Janeiro. Entre os principais alvos estariam desafetos de outras organizações criminosas.

A quadrilha foi identificada pela Operação Tânatos, deflagrada nesta terça-feira (30/06), em ação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público estadual (MPRJ).

O Escritório do Crime é investigado pelas mortes da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes. De acordo com as autoridades, Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz, que teriam executado os dois, tinham ligação com os criminosos.

“O Ronnie Lessa, apesar de ter uma certa aproximação com esses criminosos do escritório do crime, nunca de fato teria integrado esse grupo”, destacou o delegado Daniel Rosa, que participou da operação mais cedo.

Entre os retidos na manhã de ontem, estão os irmãos Leonardo Gouvêa da Silva, conhecido como Mad, e Leandro Gouvêa da Silva, o Tonhão, ouvidos no inquérito que investiga a morta da ex-vereadora. Porém, a participação da dupla foi descartada pela Polícia Civil.

“Isso foi uma linha de investigação, mas se provou que eles não cometeram esse crime”, diz Rosa. “O Escritório do Crime foi investigado, mas ele não foi o responsável pela morte da vereadora”, encerrou, Rosa.

Fonte: Metrópoles