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Entenda como o descontrole fiscal pode afetar a economia

Apesar da garantia do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) que o financiamento do Auxílio Brasil não vai furar o teto de gastos, há uma grande discussão do compromisso fiscal do governo com o novo programa social.

Primeiro, vale ressaltar que um programa social, como o auxílio emergencial e o Auxílio Brasil, são muito importantes neste momento no país, com tantos desempregados. Mas a crítica do mundo econômico é sobre a maneira que isso vem sendo feito.

De acordo com o ministro da Cidadania, João Roma, o Palácio do Planalto trabalha para que a aprovação da PEC dos Precatórios seja o caminho para financiar o substituto do Bolsa Família, ainda que não tenha detalhado a fonte de recursos. Apesar disso, a comissão especial da Câmara dos Deputados adiou a votação da proposta nesta quarta-feira (20).

Tudo começa com o teto de gastos. Em meio a incertezas, um possível desrespeito ao teto de gastos para viabilizar o Auxílio Brasil poderia gerar uma piora na percepção de risco do mercado financeiro. Essa percepção é importante, porque se aumenta a sensação de risco, aumenta a sensação de que o governo não vai pagar suas dívidas. E isso pode fazer com que investidores, principalmente os estrangeiros, deixem de destinar recursos ao país.

Sem dinheiro internacional, há diversas consequências que podem afetar negativamente a economia. Uma delas é a alta do dólar, que, por sua vez, pode acelerar a inflação e aumentar a dívida pública.

Quem reage em um cenário desses é o Banco Central (BC), com a elevação da taxa de juros. Por fim, isso gera um esfriamento na economia e uma piora no quadro social.

Fonte: CNN