Taxa de desocupação registra queda significativa no trimestre encerrado em maio, enquanto formalização do trabalho atinge patamar inédito.

O mercado de trabalho brasileiro apresentou sinais robustos de recuperação no trimestre encerrado em maio, com a taxa de desemprego recuando para 6,2%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma queda em relação aos 6,8% registrados no trimestre anterior e uma redução ainda mais expressiva de 1 ponto percentual comparado aos 7,1% do mesmo período de 2024.
A melhora no cenário do emprego se reflete diretamente na redução do contingente de desocupados, que passou de 7,5 milhões para 6,8 milhões de pessoas entre os trimestres, uma queda de 8,6%. Na comparação anual, a diminuição foi ainda mais acentuada, com recuo de 12,3% em relação aos 7,8 milhões de desempregados registrados no mesmo trimestre do ano passado.
O destaque dos dados ficou por conta do recorde histórico de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que atingiu 39,8 milhões de pessoas. Este marco representa não apenas um crescimento de 0,5% em relação ao trimestre anterior, mas também um avanço significativo de 3,7% na comparação com o mesmo período de 2024, evidenciando o fortalecimento da formalização no mercado de trabalho brasileiro.
Paralelamente, o número de pessoas ocupadas alcançou 103,9 milhões, registrando alta de 1,2% no trimestre e 2,5% no ano. O nível de ocupação subiu para 58,5%, com incremento de 0,6 ponto percentual ante o período anterior. Outro indicador positivo foi a redução no contingente de desalentados, que caiu para 2,89 milhões de pessoas, o menor patamar desde 2016, com quedas de 10,6% no trimestre e 13,1% no ano.
Segundo o analista do IBGE William Kratochwill, o mercado de trabalho se mostra aquecido, com redução da mão de obra qualificada disponível e aumento das vagas formais. A taxa de subutilização da força de trabalho também apresentou melhora, recuando para 14,9%, com quedas de 0,8 ponto percentual no trimestre e 1,9 ponto percentual no ano, sinalizando um aproveitamento mais eficiente do potencial produtivo da população brasileira.