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Covid-19: Saúde indica que maioria é contra exigência de receita para vacina infantil

Na primeira parte da audiência pública que discute a vacinação infantil contra Covid-19, o ministério da Saúde mostrou os dados da consulta pública que durou 10 dias. Foram quase 100 mil contribuições e a maioria disse ser contra a prescrição médica para vacinação em crianças.

A secretária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite, que comanda o encontro, disse na audiência que “amanhã (5) materializaremos um documento com as diretrizes a serem adotadas em todo nosso país referente ao tema.”

Segundo ela, “no Brasil a faixa etária de 5 a 11 anos teve uma incidência de 30,7 para cada 100 mil habitantes com letalidade de 4,9%. Ao passo que, nos adolescentes de 12 a 17 anos, a incidência foi 36 a cada 100 mil habitantes, com letalidade de 10,3%. Na faixa etária de 5 a 11 anos, houve redução de cerca de 60% dos casos no período de maio a setembro de 2021, registrando-se 3.040 casos e 163 óbitos em 2020 e 3.260 casos e 52 óbitos até 23 de dezembro de 2021”.

A discussão sobre a liberação da vacina contra a Covid-19 para crianças já havia sido feita pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) durante o processo de aprovação do imunizante infantil da Pfizer para uso emergencial no mês passado, quando a agência consultou 1.600 pessoas.

Diante da aprovação da Anvisa, o Ministério da Saúde disse, porém, que liberaria a vacinação para as crianças apenas diante da apresentação de pedido médico.

Em entrevista na manhã desta terça-feira (4), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga contestou a qualificação dos especialistas ouvidos pela Anvisa na aprovação do imunizante infantil.

Entre os convidados na lista de entidades convidadas para a audiência, estão membros da Organização Pan-Americana de Saúde, Conselho Federal de Medicina, Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Sociedade Brasileira de Infectologia, Sociedade Brasileira de Pediatria, Conselho Nacional do Ministério Público, Associação Médica Brasileira, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e a Pfizer.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi convidada, mas recusou participação com a alegação de que não teria nada para agregar, pois já aprovou a vacinação para crianças.

O Ministério já havia aberto uma consulta pública entre os dias 21 de dezembro e 2 de janeiro para colher informações junto ao público amplo sobre a inclusão de crianças no Plano Nacional de Imunização (PNI).

Encerrada a consulta pública, o governo não havia liberado dados sobre números de participantes — algo que ocorreu durante a audiência.

Fonte: CNN