Personagem

Personagem – Terezinha do Acordeon

No quadro “Personagem” hoje fazemos uma homenagem a Terezinha do Acordeon, salgueirense radicada em Recife, que se destacou no universo da música como cantora, compositora e sanfoneira.

Terezinha nasceu em Salgueiro no ano de 1950 e começou a tocar sanfona com apenas 14 anos. Em 1970 foi morar em Recife, casou e abandonou a carreira artística. Treze anos depois, retomou a carreira e lançou em 1984 seu primeiro LP, intitulado “Terezinha do Acordeon – Alegria do Sertão”.

Hoje soma uma dezena de CDs gravados e dois vinis, que lhe renderam um lugar de destaque entre os artistas de forró do Nordeste. Sua relevância como artista quebrou paradigmas, mostrando que mulher também toca sanfona, dando-lhe muitas conquistas e reconhecimentos, como o Título de Cidadã do Recife em 2017.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Personagem – Professor Baldoíno Gomes de Sá

Resgatamos nosso quadro Personagem neste domingo, 26, para fazer uma breve homenagem ao professor Baldoíno Gomes de Sá, salgueirense de destaque, falecido em 1979, que dá nome a uma escola do município.

Baldoíno nasceu em Salgueiro no ano de 1894 e alfabetizou muita gente entre as décadas de 1910 a 1940 em áreas rurais de Salgueiro-PE, Verdejante-PE, São José do Belmonte-PE, Penaforte-CE e Jati-CE.

Era autodidata e lecionava de forma improvisada, sem material escolar formal, uniforme ou merenda. Chegava aos locais de jegue ou a pé. Não tinha salário, sendo remunerado com alimentos, como carne seca e legumes. A maior recompensa era alfabetizar pessoas simples, esquecidas pelo poder público.

Com essa iniciativa, tirou muitos sertanejos do analfabetismo, o que fez toda diferença em muitas vidas. Seu legado ficou eternizado na educação de Salgueiro, imortalizado na denominação da escola municipal localizado no bairro Primavera.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Personagem – Érika Nascimento

Hoje publicamos o quadro “Personagem” em homenagem à comunicadora salgueirense Erika Nascimento. A seguir leia a trajetória dela na comunicação do município de Salgueiro em relato escrito por ela mesma:

“Era uma vez uma garota que gostava de ouvir rádio, tentava imitar as locutoras que ouvia e cresceu com uma paixão pela comunicação.

Aos 6 anos de idade já fazia leituras nas novenas que participava. E sua brincadeira favorita era brincar de ser locutora em cima de um pé de goiaba na casa dos seus avós com seus irmãos e primos.

Até que um dia por ironia do destino ou vontade dele, surgiu uma oportunidade… Aquela menina sempre comunicativa e desenrolada, pegou uma carona com uma pessoa que ficou encantado e de cara disse logo: “você vai ser uma locutora, conversa muito”… Kkkkkk

E Gonzaga Patriota, ou padrinho como assim ela chama, foi quem intermediou o primeiro teste. Na época a rádio Vida FM tinha um projeto em que recrutava amantes da comunicação.
E foi aí que começou a história dessa garota que sou eu!

O ano era 2006, nunca havia entrado em um estúdio, um momento mágico e emocionante. A partir daí, muito estudo, dedicação e foco.

A Érika Nascimento do Baú da Saudade… O nome do meu primeiro programa… A Érika Nascimento do link móvel… E por aí seguiu. Durante o caminho algumas pausas, o sonho foi interrompido. Encontrei pessoas que me ajudaram e outras que me atiraram no fundo do poço. Mas mesmo lá no fim, nunca perdia a esperança nem a fé.

E o sonho nunca morreu. Sempre esteve dentro de mim… Mas por algumas vezes foi pausado duramente.

Porém, ousadia ainda maior estava por vir… Já com passagens pela Vida FM e Asa Branca AM, veio mais uma chance. A rádio Talismã FM me deu uma missão desafiadora e ainda hoje cheia de preconceitos. E no dia quando me foi perguntado: você topa? Eu disse que SIM! Era um estágio na área esportiva. Eu não tinha conhecimento afundo, não tinha dinheiro para os ingressos e na verdade até o curso que eu estava fazendo era uma bolsa. Eu sofria de uma profunda depressão, pesando 48 kg e um saldo de dois filhos na conta.

Eu precisava vencer tudo aquilo. Eu precisava achar uma saída… Passei a estudar futebol, comia o juízo de meu irmão pra me ajudar, minha família ajudava como podia e não foi fácil pra gente, não foi fácil de verdade. Mas ninguém disse que seria né?

Duras e duras críticas que me desmotivaram várias vezes. Mas como boa sertaneja, segurei a peteca. Caí várias vezes, a vida não me deu moleza e eu me lembro de ter brigado várias vezes com Deus sobre o porquê de tudo aquilo que eu vivia por causa de um sonho de menina. Só que enquanto eu brigava Deus me honrava…

O trabalho duro começou a ser reconhecido e surgiu uma nova mulher. Surgiu a Dona da Bola. Surgiu o atrevimento e empoderamento feminino, a irreverência e o toque refinado nos comentários esportivos. Se tornou referência no assunto.

E ela alcançou vários voos mais altos.

Hoje, integrante da bancada na (Salgueiro FM)Rede Brasil de Comunicações, ancorando a resenha esportiva diária ao lado de uma das maiores revelações do Rádio Salgueirense, Vinícius Oliveira.”

Personagem – Pedro Leão 100 anos

Pedro Leão Leal iniciou a carreira política como vereador de São José do Belmonte no quadriênio 1956/60, sendo reeleito como vereador mais votado para o período 1960/64, tendo sido presidente da Câmara de Vereadores. Foi prefeito de São José do Belmonte por duas vezes, de 1968/72 e 1976/82. Como chefe do poder executivo em sua primeira gestão destacaram-se as seguintes obras e serviços: abastecimento de água na sede do município; recuperação e ampliação dos serviços de eletrificação urbana; ampliação de calçamento na sede e nos distritos correspondendo a mais de vinte e cinco mil metros quadrados de ruas; construção da maior escola da rede municipal o Colégio Dr. Arcôncio Pereira; recuperação e instalação do prédio da casa de saúde; recuperação e reativação de postos de saúde; construção de mais três escolas municipais na zona rural; construção de cemitérios nos distritos; abertura e instalação de poços tubulares; aquisição de trator de esteira e ambulância.

Os resultados de densos trabalhos na área social e administrativa refletiram nas eleições de 1976, quando Pedro Leão Leal foi reeleito prefeito de São José do Belmonte. Em seu segundo mandato destacam-se a pavimentação da PE-430, ligando São José do Belmonte ao Distrito do Bom Nome, obra que há muito tempo a comunidade aspirava e realizada pelo Governo do Estado; implantação do serviço telefônico urbano; implantação de rede de esgotos sanitários; implantação do serviço de água tratada no Distrito do Bom Nome; ampliação de calçamento na sede e nos distritos; calçamento e iluminação da Av. Primo Lopes. Por valorizar acima de tudo a Educação construiu mais dezesseis novos prédios escolares e ampliou o Colégio Dr. Arcôncio Pereira, daí ser chamado “O Prefeito da Educação”; criação e instalação da Biblioteca Pública Municipal; construção de quatro Postos de Saúde nas localidades do Serrote, Jatobá, Inveja e Mariola; aquisição de mais uma ambulância; implantação de sistema de eletrificação nos Povoados do Serrote e Jatobá; aquisição de máquina perfuratriz, caminhão caçamba, camioneta D-10 para Educação e uma Caravan para o gabinete; conseguiu junto às autoridades competentes a instalação da agência do Banco do Estado de Pernambuco – BANDEP S.A. estabelecimento que injetou recursos na economia local, contribuindo para o desenvolvimento da cidade; construção de um módulo esportivo na sede; construção de vinte e seis barragens, através do projeto Asa Branca e da SUDENE.

O homem público Pedro Leão Leal procurou corresponder à oportunidade que lhe foi dada nos dois mandatos, lutando diuturnamente para dotar o município com obras e serviços significativos, promovendo o desenvolvimento do lugar e o bem estar de sua gente, melhorando a qualidade de vida de todos, procurando com os seus atos contribuir para o crescimento e grandeza do município de São José do Belmonte. Legando-o próspero aos seus descendentes, conseguindo melhoramentos em todos os setores: saneamento básico, educação, saúde, eletrificação, água tratada, comunicações, estradas. Enfim, fazendo de São José do Belmonte uma terra grandiosa.

VIDA PESSOAL

Nasceu em Floresta/PE em 25 de dezembro de 1920, filho de João de Souza Leão e Leopoldina Leal Leão. Casou-se com Terezinha de Araújo Leão com a qual tiveram seis filhos Fernando Marcondes de Araújo Leão, engenheiro civil, é atualmente o Diretor Geral do DNOCS; Wellington Napoleão de Araújo Leão, advogado, é Defensor Público do Estado de Pernambuco; Marcos Alberto de Araújo Leão (In Memoriam), economista; Lucelene Leão de Araújo, psicóloga; Rogério Araújo Leão, engenheiro civil, administrador de empresas, foi prefeito de São José do Belmonte também por 2 (dois) mandatos de 2005/2008 e 2009/2012, e é desde 2014 Deputado Estadual exercendo atualmente seu segundo mandato consecutivo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), tendo sido o primeiro deputado eleito na história política da sua cidade e Luciene Leão de Araújo, advogada. Foi alfabetizado na Escola Rural de Mirandiba/PE. Começou a trabalhar aos dezesseis anos e aos vinte e um anos conseguiu estabelecer-se como comerciante no ramo de estivas, aos vinte e sete anos adquiriu uma padaria. Após algum tempo tornou-se agropecuarista e ingressou na carreira política.

Personagem – Padre Domingos de França Dourado

Destacamos no quadro “Personagem” deste domingo, 19, a figura de padre Domingos de França Dourado, sacerdote baiano que foi Vigário de Salgueiro entre os anos 50 e 70, deixando grandes contribuições para a sociedade salgueirense.

Domingos França foi responsável pelo maior acontecimento sociorreligioso da época no interior da Diocese: o Congresso Eucarístico Paroquial em Salgueiro. Contribuiu para instalação do Colégio Dom Malan, fundou a Banda Filarmônica Paroquial e reformou a Casa Paroquial e a Igreja Matriz.

Em 1974 enviou carta ao bispo (clique aqui e leia), comunicando sua decisão irreversível de deixar a Paróquia de Salgueiro e retornar à Bahia. Despediu-se também das capelas de Verdejante, Serrita, Grossos, Malhada de Areia, Vasques e Lagoa.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Personagem – Poeta Nascimento

Vicente Francisco do Nascimento, mais conhecido como o Poeta Matuto Beradeiro ou Poeta Nascimento, é o nosso personagem homenageado deste domingo, 13. Nascido em Salgueiro, no Sítio Cacimbinha, reside na Paraíba há mais de 40 anos.

Por sua desenvoltura na escrita de versos e rimas, o salgueirense passou a ser membro da Academia de Cordel do Vale da Paraíba (ACVP). Agora, em 17 de outubro de 2019, recebe um título de cidadão conferido pela Câmara de Vereadores de João Pessoa.

Outros detalhes da vida do poeta, escritos por ele mesmo:

Limpei mato, cortei pedra
Também já fui retratista
Depois fiz concurso público
Fiscalizei motorista
E já prendi carro errado
Que trafegava na pista.

Um poeta beradeiro
Nascido lá no sertão
Filho de Chico Vicente
Neto de José Paixão
Recebe em João Pessoa
O título de Cidadão.

Eu fui nascido e criado
Na cidade de Salgueiro
No sítio, a cacimbinha
Sou o filho derradeiro
Dos dezesseis filhos de Chico
“Um matuto beradeiro”

Há mais de quarenta anos
Que virei Paraibano
Aprendi bastante aqui
De vocês me tornei mano
A Paraíba ganhou
Um filho Pernambucano.

Eu por exemplo cheguei
Aqui como forasteiro
Na época que eu trabalhava
Na função de Patrulheiro
Hoje não saio daqui
Nem por bastante dinheiro.

Fui trabalhador da roça
Já plantei milho e feijão
Já “puxei cobra pros péis”
E já catei algodão
Tenho orgulho em dizer:
Sou um filho do sertão.
João Pessoa és pra mim
A minha segunda terra
Nasci no alto sertão
Em um pé de uma serra
Sou um defensor do bem
E tenho medo de guerra.

São três instituições
Que fiz uma parceria:
A nossa PRF.
Também a Academia
Com certeza absoluta
A minha melhor conduta
Devo a Maçonaria.

Personagem – Sônia Ribeiro (militante do movimento mulheres e homens negros)

Retomamos o quadro ‘Personagem’ neste domingo para prestar uma homenagem à socióloga Sônia Ribeiro, militante do movimento mulheres e homens negros, além de atual secretária executiva de Mulheres e Políticas de Ações Afirmativas em Santa Maria da Boa Vista.

Nascida em 17 de abril de 1968 no Rio Grande do Sul, Sônia presta um relevante serviço social em Pernambuco. Tem forte atuação no combate ao racismo e todas as formas de preconceito e intolerâncias em relação ao povo preto e suas manifestações sócio históricas. Age também contra o machismo que viola as vidas de muitas mulheres, sobretudo as negras em todos os aspectos sociais.

Nesse sentido, participa do Movimento de Mulheres Negras e do Movimento Armorial e grupo cultural Movimento Armorial Catraia do Cari, que organiza a Semana da Consciência Negra e o feriado da Consciência Negra em Santa Maria da Boa Vista. O município foi o primeiro de Pernambuco a estabelecer o feriado.

Por essas e outras ações desenvolvidas na luta por minorias, Sônia recebe hoje essa singela homenagem elaborada pelo Blog Alvinho Patriota.

Personagem – Maria do Carmo Menezes

Maria do Carmo Menezes, chamada carinhosamente de Madrinha, nasceu no município de Salgueiro em 2 de junho de 1929, filha de Edmundo Soares de Menezes (in memoriam) e Ana Maria do Espírito Santo (in memoriam).

Teve como mães do coração as tias paternas Albertina e Maria Soares de Menezes (in memoriam) de quem recebeu muito amor e carinho. São seus irmãos: Antonio, Maria, José Eudes (in memoriam), Maria do Socorro, Margarida, Rita, Élio, Elder e Edna.

Estudou no Colégio Normal, hoje Escola Carlos Pena Filho, onde concluiu o magistério, formando-se em professora. Mais tarde, já adulta, foi nomeada para compor a equipe de funcionários da Coletoria Estadual, Secretaria da Fazenda de Pernambuco – Agência Salgueiro, onde trabalhou até sua aposentadoria.

Madrinha é uma pessoa de personalidade forte e grande coração. Sempre foi muito religiosa e possui uma grande devoção por São Sebastião a quem presta homenagem todos os anos com a realização da novena do santo, uma verdadeira festa. Sempre gostou de andar bem vestida e cheia de joias, adorava viajar para conhecer outros estados e fazer compras.

Muito independente, foi morar sozinha e administrar sua vida, mas sempre ao lado dos entes queridos da família. Gostava de mimar a todos com presentes e deliciosos bolos e pudins que fazia.

Defensora e protetora dos animais abandonados, fez de sua casa um verdadeiro abrigo no qual não faltava amor, alimento, cuidados e assistência médico veterinária para os bichinhos.

Mas, embora com tantas ocupações, sua vida não estava completa, faltava preenchê-la com a maternidade, em decorrência disso uma linda menina chegou para embelezar seus dias.

Sua filha Vanessa Menezes, além de amor e dedicação, lhe presenteou com um neto, Daniel e duas netas, Ana Maria e Ionara, tornando-a avó.

Personagem – Seu Garrincha

O personagem que o Blog Alvinho Patriota homenageia neste domingo, 17, é Antônio Feitosa, mais conhecido como “Seu Garrincha”, de 87 anos, morador do Sítio Uri, em Salgueiro. Nascido no dia 25 de setembro de 1930 em Monteiro-PB, Garrincha saiu ainda adolescente de casa para ir morar com o irmão Sebastião na Bahia. Passou três anos em solo baiano, onde aprendeu o ofício de quebrar pedras, atividade que desempenha até hoje, com quase 90 anos.

Depois de passar três anos na Bahia, o jovem Antônio foi trabalhar por nove meses em Tacaratu-PE e migrou para Salgueiro-PE, sendo acolhido pelo casal João Paixão e Dona Jacinta no Uri. Antônio Feitosa resolveu fincar raízes em Salgueiro. Casou-se em 1961 com Ana Francisca de Freitas e constituiu uma grande família com 13 filhos, 20 netos e 13 bisnetos, um deles nascido este mês.

Seu Garrincha foi um dos precursores no ramo de pedreira em Salgueiro e ensinou a arte de quebras rochas com precisão a todos os filhos homens. Um dos descendentes cuida atualmente de uma pedreira fundada pelo paraibano-salgueirense, que também trabalha na roça e cuida de animais. Saúde para desempenhar todas essas atividades Seu Garrincha diz que tem de sobra. Quando perguntado qual o segredo da vitalidade, o nosso personagem afirma sem titubear que uma raizada com quixabeira faz bem de vez em quando.

Por Chico Gomes

Personagem (XVIII) – Maria Pereira Neves

O Blog Alvinho Patriota homenageia neste domingo a centenária Maria Pereira Neves, que completou 107 anos de vida no dia 14 de maio. Só pela idade, Maria Pereira é uma grande vitoriosa, por conseguir viver tanto tempo em um mundo repleto de males e perigos, tanto naturais, quanto humanos.

Nascida em 1911 no Ceará e residindo há muitos anos em Salgueiro, Dona Maria é mãe de 10 filhos, todos nascidos pelas mãos de parteiras. Ela afirma que, na juventude, teve contato com Lampião e seu bando na Fazenda Baixio Verde, em Jati-CE.

Os cangaceiros passaram o dia no local, dançando xaxado, cantando Mulher Rendeira e outras melodias. Nessa época, Maria e sua irmã Generosa Pereira aprenderam a arte do xaxado. Generosa já faleceu, mas Maria ainda arrisca alguns passos da dança.

Personagem (XVII) – Capitão Antonio Darlan Ferreira

O Capitão da Polícia Militar de Pernambuco, Antonio Darlan Ferreira, foi promovido ao posto de Major. Natural da Cidade de Parnamirim, foi estudar em Recife ainda adolescente, onde concluiu o ensino médio, ingressou na Polícia Militar de Pernambuco no ano de 1995 na qualidade de soldado, no ano de 1997, iniciou no Curso de formação de Oficiais, na Academia de Polícia Militar do Paudalho, onde após três anos, foi declarado Aspirante, iniciando o trabalho Operacional e Administrativo na PMPE.  

Na capital pernambucana atuou no Batalhão de Polícia de Choque e no interior, sempre com destaque, no serviço operacional, passando por unidades como o 14° BPM na cidade de Serra Talhada, onde foi chefe do serviço de inteligência durante três anos e atuou em outras funções , além de ter servido no 8° BPM, Salgueiro e no 7° BPM na cidade de Ouricuri. 

Durante sua trajetória, dentre várias cidade que comandou o policiamento, estão as cidades de São José do Belmonte, Exu, Parnamirim, Araripina e Serrita, sempre com destaque na participação em ocorrências de prisão de assaltantes de banco, cumprimento de mandados de prisão e etc… Além do trabalho preventivo junto à Comunidade.  

Foi contemplado pelo governador do Estado com a Medalha Pernambucana do Mérito Policial e realizou alguns cursos na corporação e fora dela, sendo eles: curso de abordagem, caatinga, primeiros socorros, curso de aperfeiçoamento de Oficiais, cumprimento de mandados de busca e apreensão dentre outros. Atualmente está servindo no Colégio da Polícia Militar na cidade de Petrolina.

Personagem (XVI) – Poetisa Izabela Ferreira

A personagem deste domingo, dia 8 de outubro, é a poetisa do Sertão do Pajeú Izabela Ferreira, de 21 anos, acadêmica de Direito.

Izabela nasceu no dia 5 de setembro de 1996, em Itapetim-PE, filha de José Adalberto Ferreira e Maria José Ferreira de Souza. Iniciou um contato com a poesia ainda criança, através das canções e textos do seu pai, o poeta Zé Adalberto. Foi campeã em 2008 de um concurso de poesia na escola em que estudava e passou a ter um envolvimento maior com o mundo poético aos 16 anos.

Em suas poesias, Izabela tem preferência por abordar temas mais românticos, que tocam fundo no coração de quem ler, mas não deixa de lado outras linhas poéticas. Com essas poesias, participou em 2013 do programa “Cantos e Cantos”, na TV Correio (Record PB). Dois anos depois foi ao ar no programa “Causos e Cantos”, transmitido pela Globo Nordeste. Também fez parte de chás literários promovidos pelo Sesc.

Nossa personagem de hoje subiu ao palco em junho de 2016 para ao lado do pai, pela primeira vez, apresentar um congresso de poetas e repentistas em Itapetim, o Ventre Imortal da Poesia. Atualmente Izabela se apresenta em eventos culturais e em recitais.   

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Personagem (XV) – José da Cunha Barros

O personagem que destacamos neste domingo (01) é José da Cunha Barros, 95 anos, pintor aposentado de postos de combustíveis em Salgueiro, que muito se dedicou ao seu ofício profissional. José nasceu no dia 9 de setembro de 1922 em Buíque-PE, filho de Miguel Arcanjo de Barros e Maria de Freitas Cunha.

Casou-se em 1959 com a professora aposentada Maria Eremita Cruz Barros, com quem teve quatro filhos: Kátia Dorotéia Cruz Barros, Kléber José Cruz Barros, Karla Dorothy Cruz Barros Parente e Kelly Cruz Barros.

José da Cunha trabalhou com estamparia durante alguns anos em Americana, no Estado de São Paulo. Em 1973 foi convidado pelo então prefeito de Salgueiro, Dr. Romão Sampaio, para ocupar a Secretaria Municipal de Obras. Mesmo sem formação acadêmica na área, construiu vários prédios no município, sendo a Biblioteca Pública uma referência, por ser uma réplica da Biblioteca de Araras-SP.

Após a aposentadoria, fez decorações em festas carnavalescas, juninas, entre outras de Salgueiro, sempre com um olhar crítico em obras de arte contemporânea. José é filho primogênito de uma família de 16 filhos, dos quais 13 sobreviveram.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Personagem (XIV)

padre-pradaNascido em Portugal no ano de 1928, José Maria de Prada era missionário redentorista da Província de São Paulo, foi ordenado padre em 1953, iniciando sua jornada de fé e fidelidade aos princípios da Igreja Católica. Padre José Maria atuou em Angola, na África, até 1975, ano que veio trabalhar no Brasil. Em terras brasileiras, morou em Garça-SP, em Exu-PE e foi ordenado pároco do município de Salgueiro. Foi nessa cidade que a fidelidade às normas da igreja custou sua vida.

Certa vez um homem rico e influente em Salgueiro procurou Pe. Prada para se casar. Nada demais se ele já não fosse casado. O indivíduo mentiu para Pe. Prada dizendo que havia residido com uma mulher em outra cidade, mas não tinha se casado. Não acreditando na versão do homem, Pe. José Maria entrou em contato com a paróquia da outra cidade e conseguiu uma certidão de casamento dele. O homem influente ofereceu dinheiro ao sacerdote para que ele realizasse o matrimônio, porém Pe. José Maria não aceitou a oferta. Mediante a recusa, o indivíduo disse que o mataria se ele não efetuasse o casamento, mas o padre não quebrou as regras da igreja.

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No dia 29 de abril de 1991, homem contrariado tirou a vida do servo de Deus às 11h na porta da Igreja de Santo Antônio. A missa de corpo presente de Pe. Prada teve participação de todo clero da Diocese Petrolina e de uma multidão de fiéis do município de Salgueiro. No enterro o caixão foi coberto com a camisa ensanguentada do padre. O assassino de Pe. José Maria permanece livre após 26 anos do homicídio.

Fonte: Pastoral da Juventude de Salgueiro

Personagem (XXIII)

ze-dePor Machado Freire

ZÉ DE PIFÂNIA, um desbravador ecológico rural!

Dia 7 de maio próximo, o cidadão José Manoel da Silva, tratado por seus familiares e amigos que moram no Sítio Feijão – Km 16, em Salgueiro, por Zé de Pifânia (sua mãe chamava-se Epifânia e tinha o apelido de Pifânia), vai comemorar seus bem vividos 80 anos de idade.

“Não vou fazer festa e nem uma reza porque nesses últimos dias tenho enfrentado muitos problemas de saúde”, conta o agricultor alegre e ao mesmo tempo impaciente, porque não pôde aproveitar o inverno (que até surpreende) e ir à sua roça “para dar um trato” no milho e feijão que já estão “canivetando’.

Por trás desse homem simples, pai de 14 filhos, nascido e criado na roça, existe uma página muito importante para a comunidade que mora nos sítios da região num raio de mais de 10 quilômetros, como Solta, Formiga, Milagres, Boa Esperança e arredores.

Faz mais de vinte anos que Zé de Pífânia realiza um trabalho voluntário na coleta de vidro, ferro velho, garrafas pet, restos de móveis, etc, em uma carroça puxada pelo burro branco apelidado de Asa Branca.

A palavra “reciclagem” ainda não era conhecida, por exemplo, na comunidade do Coqueiro quando Zé de Pifânia já recolhia esse material até então imprestável, chamado de lixo e que algumas pessoas ainda não assimilaram a importância da retirada desse “incômodo”, de sua casa e que muitas vezes é jogado de forma equivocada no terreiro, contribuindo para poluir o meio ambiente.

É verdade que o trabalho duro e muitas vezes incompreendido “rende um trocado” para o agricultor que merece o reconhecimento do poder público do município que sempre fez pouco caso da causa da ecologia e da defesa do meio ambiente.

Entendemos que é muito lucrativo para todos, do ponto de vista da saúde e na questão ambiental e ecológica esse trabalho difícil e arriscado para um homem de 80 anos que sai de casa cedo e volta somente depois do meio dia, deixando sua esposa, Maria, preocupada com sua saúde.

Mas o desbravador ecológico rural José de Pifânia está doido para ficar bom e retornar à sua lida em defesa do meio ambiente, de forma praticamente voluntária, pois o lucro fica para quem se livra do lixo reciclável no interior e no terreiro de sua casa, naquela ribeira.

A natureza agradece. Viva Zé de Pifânia!