Rádio de pilha, fogões a gás e baterias portáteis se tornaram itens procurados pela população que não quer ser pega de surpresa, novamente. A jornalista pernambucana, Wanessa Andrade, que conversou com o blog, se manteve informada, durante o apagão, por meio de um rádio de pilhas que comprou em loja chinesa.

Espanha e Portugal passaram por um colapso na energia elétrica, nesse último dia 28 de abril e as autoridades ainda investigam as causas. O transporte público foi bastante afetado, as pessoas tiveram que descer de trens e metrôs e seguirem seus percursos a pé, pelos trilhos e cerca de 500 voos foram cancelados.
A jornalista recifense, Wanessa Andrade, mora em Aveiro, no centro de Portugal, e estava tomando banho quando a luz apagou: “Achei que tinha queimado, mas quando saí do banho vi que o apartamento todo estava sem luz”. Ela conta que, sem sinal de internet e telefone, a população não sabia o que estava acontecendo.
Foi então, que começou uma busca por rádios de pilhas nos supermercados e lojas chinesas. Andrade disse que há alguns meses, a União Europeia recomendou a montagem de um kit com galão de água, comida enlatada, lanterna e rádio para situações de emergência como guerras, por exemplo. Provavelmente, por isso, foi possível encontrar à venda, esse item já em desuso. “Foi muito estranho porque, na pandemia, estávamos isolados fisicamente, mas em nenhum momento faltou luz ou internet, então conseguíamos falar com as pessoas”, explicou.
A energia já foi, totalmente, reestabelecida, mas as autoridades ainda investigam as causas e não descartam a possibilidade de um ciberataque, sabotagem ou interferência de um incêndio que aconteceu no mesmo horário do apagão, no sul da França. “O que todo mundo quer saber é o motivo e se há novos riscos de outro apagão assim”, afirmou Wanessa.
O apagão durou de oito a dez horas, dependendo do local e mostrou que a população da Europa, em especial da Península Ibérica, não estava preparada para situação de emergências. Fogões a gás e baterias portáteis são outros produtos que, agora, estão sendo procurados pelos portugueses que não querem ser pegos de surpresa, novamente.