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Agência do Sassepe orienta sobre saúde mental das crianças devido ao uso de telas

Psicólogo da Agência do Sassepe de Carpina, na Zona da Mata, José Leocádio, faz um alerta aos pais sobre os prejuízos das telas para o desenvolvimento das crianças. Recebendo pacientes pequenos, diariamente, no consultório da Agência, o profissional percebeu o aumento no número de crianças com dificuldades devido ao uso excessivo de tablet ou celular. “Cada vez mais cedo é percebido o uso de telas e a maior dificuldade dos pais é conseguirem reduzir ou evitar esse uso”, explica.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, para crianças menores de dois anos, a recomendação é evitar por completo a exposição às telas. Já crianças com idades entre dois e cinco, a indicação é limitar o tempo ao máximo de uma hora por dia. Segundo o psicólogo, é importante fazer a redução do tempo de forma gradativa. “Dependendo do número de horas que se passa na frente do aparelho, tirar de forma brusca pode ser mais difícil”.

Para auxiliar nesse equilíbrio, a prática de outras atividades é primordial. “Criar momentos divertidos, piqueniques, jogos coloridos, de desafio, que chamem a atenção, pinturas, brincadeiras compartilhadas com os pais vão ajudar a diminuir o interesse pelo celular, tablet e TV”, ressalta José Leocádio.

Os prejuízos do mundo virtual em excesso vão desde a ordem física, como: obesidade, problemas auditivos, visuais, como miopia e vista cansada, até os de ordem cognitiva, como dificuldade de concentração, baixo rendimento escolar e até depressão.

Maria das Graças da Silva Rodrigues, 62, é avó de Davi Miguel da Silva, de seis anos,  que realiza sessões de terapia com o psicólogo, na agência de Carpina. Ela e a mãe de Davi estão buscando alternativas para diminuir o tempo de exposição da criança ao celular.  “Através das orientações do psicólogo, conversamos com Davi, explicamos que não é saudável, e substituímos o telefone por brinquedos, como jogos, bola e bicicleta. Se deixasse, ele queria ficar o dia todo, mas não pode”, reforça a avó.

No consultório, os pacientes são estimulados a brincarem com jogos de tabuleiro, memória, xadrez, cubo mágico, quebra- cabeça. “O objetivo desses recursos terapêuticos é desenvolver o raciocínio lógico e o nível de atenção e concentração dos pequenos”, informa o psicólogo. Já em casa, o recado para os pais é o seguinte: “passeios de bicicleta, patinete, jogos de futebol, prática de esportes, isso vai despertar o interesse por outras atividades, e assim eles deixarão as telas de lado”, alerta Leocádio.

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