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49ª edição da Missa do Vaqueiro de Serrita começa nesta sexta-feira no Parque João Câncio

Depois da prévia nessa quinta-feira, 25, no povoado da Ipueira, onde se apresentaram Bond do Nordeste, Gonzaga Neto e Zé Francisco, a 49ª edição da Missa do Vaqueiro de Serrita começa oficialmente nesta sexta-feira, 26, no Parque Estadual João Câncio, no Sítio Lajes.

O público que for ao parque na noite de hoje vai se divertir ao som de Henrique Brandão, Joquinha Gonzaga, Flávio Leandro, Vitor Fernandes e Paixão Di Vaqueiro. Amanhã sobem ao palco Paulo Sampaio, Donizete, Adriano Estigado, Kinho Callou, Nanara Belo, Chambinho do Acordeon e Alcymar Monteiro.

A 49ª Missa do Vaqueiro vai ser celebrada no domingo, 28, em homenagem ao ofício e ao vaqueiro Raimundo Jacó, que inspirou Luiz Gonzaga a iniciar o evento em parceria com Padre João Câncio e o poeta Pedro Bandeira.

Durante os três dias, quem passar pelo Parque do Vaqueiro também poderá conferir uma versão menor da exposição “Tengo Lengo Tengo”, em cartaz desde o mês passado no Museu Cais do Sertão, em Recife.

Ainda haverá uma feira de artesanato com produtos de couro e serão ministradas palestras sobre o universo sertanejo. A entrada é gratuita.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Um comentário sobre “49ª edição da Missa do Vaqueiro de Serrita começa nesta sexta-feira no Parque João Câncio

  1. Machado Freire

    Quando meus amigos padre João Câncio,Luiz Gonzaga e Pedro Bandeira criaram a Missa do Vaqueiro, no Sitio Lajes, o fundamento foi a defesa do homem do campo, na pessoa do vaqueiro Raimundo Jacó e, por extensão, toda a vaqueirama e trabalhadores deste Sertão “judiado”, como dizia o sacerdote filho do barbeiro Mestre Chico, lá de Petrolina.

    João Câncio, era uma criatura estremamente humana, politicamente e socialmente centrado na obra de Deus atraves da Igreja Católica.

    Foi assim que ele transformou-se no padre-vaqueiro, que fazia a celebração paramentado com as vestimentas do vaqueiro.

    Foi com isso que o filho de Mestre Chico surpreendeu a própria Igreja quando sugeriu aos vaqueiros( durante a missa assistida por milhares de pessoas, com a participação de turistas nacionais e internacionais), assistirem a celebração montados nos cavalos e apresentassem seus isntrumentos de trabalho – da cela até a última peça de sua vestimenta, durante o ofertório e a hostia seria trocada pelo queijo, rapadura e farinha, alimentos básicos do homem da lida do campo.

    João Câncio- que enfrentava os políticos atrasados da região, resumia o verdadeiro sentido da Missa do Vaqueiro como “Um Grito de Justiça no Sertão”.

    Hoje, porém, tudo isso foi esquecido…

    Transformaram a missa em uma coisa que trata de despesas, de dinheiro, contratação de artistas, aluguel caro de barracas e cobrança de estacionamento até dos familiares dos vaqueiros que tanto foram defendidos por João Câncio.

    Mas eu continuo com o compromisso de não deixar que enterrem em ” cova rasa” a memória e o sentimento cristao daqueles que fundaram a Missa do Vaqueiro.

    Viva João Câncio e Luiz Gonzaga e um forte abraço ao meu amigo Pedro Bandeira, hoje com a saúde abalada, mas que deve mais uma vez comparecer ao altar de pedra do Sitio Lajes no próximo domingo pela 49a. vez,lembrando nosso primeiro encontro alí nas terras onde os vaqueiros Raimundo Jacó e Miguel Lopes (acusado de matar seu colega ) trabalhavam para os fazendeiros Sao do Alferes e dona Tereza.