19 de maio de 2025

Educação

MEC proíbe EAD em Direito e outras quatro graduações

Nova Política de Educação à Distância estabelece regras mais rígidas e cria formato semipresencial.

Imagem: Ilustrativa

O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta segunda-feira (19) a Nova Política de Educação à Distância, após quase um ano de adiamentos. O decreto estabelece que nenhum curso poderá ser 100% à distância, exigindo que ao menos 20% da carga horária seja cumprida presencialmente ou por meio de atividades síncronas mediadas, como aulas online ao vivo. As avaliações deverão ser realizadas presencialmente, sendo que cada disciplina à distância precisará ter pelo menos uma prova presencial com maior peso na composição da nota final.

Entre as principais mudanças está a proibição do formato EAD para cinco cursos de graduação: Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia, que deverão ser ofertados exclusivamente na modalidade presencial. As demais opções das áreas de saúde e licenciaturas (formação de professores) poderão ser presenciais ou semipresenciais, nova modalidade criada pelo decreto que combina atividades online com práticas presenciais obrigatórias, como estágios, extensão ou práticas laboratoriais.

O decreto também estabelece critérios técnicos para os polos de EAD, que deverão oferecer suporte acadêmico adequado, com salas de coordenação, espaços de estudo, laboratórios quando necessário e acesso à internet. Não será permitido o compartilhamento de infraestrutura entre diferentes instituições, garantindo assim um padrão mínimo de qualidade para os estudantes.

As atividades síncronas mediadas, que são contabilizadas como EAD e não como presenciais, deverão ser realizadas online, em tempo real, com interação entre alunos e docentes, seguindo um limite de 70 alunos por mediador e mediante controle de frequência. O decreto também diferencia mediadores pedagógicos de tutores: os primeiros apoiarão a aprendizagem dos estudantes e deverão ter formação compatível com o curso, enquanto os tutores terão apenas funções administrativas, sem atuação pedagógica.

A implementação das novas regras será gradual, com prazo de até dois anos para adaptação das instituições de ensino após a publicação do decreto. Estudantes já matriculados em cursos que deixarão de ser oferecidos à distância poderão concluí-los no mesmo formato acordado no início, com a instituição mantendo a oferta da modalidade até a formatura da turma. A medida busca regular o crescimento desenfreado de cursos online e garantir a qualidade da formação superior no país.

Geral

INSS vai exigir biometria para novos empréstimos consignados

Medida visa combater fraudes e garantir segurança aos beneficiários.

Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passará a exigir biometria para desbloquear novos empréstimos consignados a partir desta sexta-feira (23). A medida, publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (19), complementa decisão anterior que determinou o bloqueio de novos descontos de empréstimos para aposentados e pensionistas, anunciada em 8 de maio.

Segundo o presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, o objetivo é “mapear vulnerabilidades operacionais” e “implementar medidas corretivas e aprimoramentos, garantindo maior segurança e conformidade aos processos envolvidos”. A decisão atende a uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) e a uma liminar no âmbito de ação civil pública.

A iniciativa surge após investigações sobre fraudes no sistema previdenciário. Somente em 2023, auditoria do TCU identificou 35 mil reclamações de empréstimos liberados indevidamente, sem solicitação dos beneficiários. Recentemente, operação da Polícia Federal revelou esquema que incluía filiação forçada de aposentados a associações e descontos automáticos não autorizados, com prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões, afetando potencialmente 4,1 milhões de aposentados.

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