12 de maio de 2025

Economia

Petrobras registra lucro de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 48,6%

Aumento na produção e nas vendas de petróleo impulsionam resultado positivo da estatal, que celebra desempenho robusto e capacidade de investimento.

Imagem: Reprodução

A Petrobras anunciou um lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025, representando uma expressiva alta de 48,6% em comparação com os R$ 23,7 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior. O resultado financeiro, divulgado nesta segunda-feira, ficou em linha com as expectativas de analistas do mercado.

De acordo com a estatal, o desempenho positivo foi impulsionado principalmente pelo aumento nos volumes de produção e nas vendas de petróleo. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, ressaltou que a produção da companhia cresceu 5,4% em relação aos últimos três meses de 2024. “Alcançamos um caixa de US$ 8,5 bilhões com as nossas operações, que nos permite investir para continuar gerando valor e remunerar os nossos acionistas”, afirmou Chambriard em comunicado.

A executiva acrescentou que a Petrobras iniciou 2025 com “resultados operacionais e financeiros robustos”, que refletem a capacidade técnica da empresa em superar desafios e gerar valor para a sociedade brasileira. A companhia segue focada em seus investimentos para manter a trajetória de crescimento e rentabilidade.

Geral

Deputado do PL propõe extinguir crimes de Golpe de Estado e Abolição do Estado Democrático

Iniciativa de Sargento Gonçalves (PL-RN) ocorre enquanto Bolsonaro e aliados são investigados no STF por trama golpista; parlamentar alega que medida evitaria “perseguições políticas”.

Foto: Cristiano Mariz

Em um movimento que levanta debates sobre a legislação penal e a estabilidade democrática, o deputado federal Sargento Gonçalves (PL-RN) protocolou um projeto de lei visando extinguir do Código Penal os crimes de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A iniciativa surge em um momento delicado, com figuras proeminentes da extrema-direita, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, e militares respondendo a investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta trama golpista em 2022.

Na justificativa da proposta, o parlamentar argumenta que a revogação desses tipos penais não fragilizaria a proteção da ordem democrática, uma vez que outras leis já cobririam atos atentatórios, como associação criminosa e violência política. Segundo Gonçalves, a medida teria como objetivo evitar a instrumentalização do Direito Penal para “perseguições políticas”, buscando um maior alinhamento do ordenamento jurídico com os princípios constitucionais. O projeto foi apresentado à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, mas ainda aguarda tramitação.

Atualmente, Bolsonaro e diversos aliados, tanto civis quanto militares, são réus no STF por crimes como organização criminosa, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático do Direito, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado, no âmbito da investigação sobre a conspiração de 2022. O deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), devido ao foro privilegiado, responde especificamente pelos três primeiros crimes listados.

Esportes

Carlo Ancelotti é o novo técnico da Seleção Brasileira

Treinador italiano deixará o Real Madrid e assumirá a Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026.

Imagem: Denis Doyle (Getty Images)

Acabou a novela em relação a quem assumirá a Seleção Brasileira, como treinador.

O italiano Carlo Ancelotti irá treinar a Seleção Brasileira.

A informação foi confirmada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) na manhã desta segunda-feira (12/5).

Confira a íntegra da nota, publicada no perfil da entidade no Instagram:

“A maior Seleção da história do futebol agora será liderada pelo técnico mais vitorioso do mundo. Carlo Ancelotti, sinônimo de conquistas históricas, foi anunciado nesta segunda-feira (12) pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, como o novo técnico da Seleção Brasileira. Ele vai comandar o Brasil até a Copa do Mundo de 2026 e já treinará a Amarelinha nos dois próximos jogos pelas Eliminatórias diante do Equador e Paraguai, no próximo mês.

‘Trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio. Ele é o maior técnico da história e, agora, está à frente da maior seleção do planeta. Juntos, escreveremos novos capítulos gloriosos do futebol brasileiro,’ afirmou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.

A Confederação Brasileira de Futebol agradece profundamente ao Real Madrid, pela cordialidade e espírito esportivo ao facilitar a liberação do treinador durante o curso de seu contrato, e ao permitir esta divulgação oficial, para que esse novo ciclo se inicie com respeito e colaboração entre as instituições. A CBF estende os agradecimentos a Diego Fernandes por conduzir a negociação com Ancelotti e com Real Madrid.”

Ancelotti será apenas o quarto treinador estrangeiro a passar pela Seleção Brasileira. Os demais foram o uruguaio Ramon Platero (1925), o português Joreca (1944) e Filpo Nunez (1965). Ou seja, fazem 60 anos que a seleção canarinha somente vinha sendo treinada por brasileiros.

Saúde

Mounjaro: Novo remédio para diabetes chega ao Brasil com alerta de riscos no uso para emagrecer

Com potencial de perda de peso superior ao Ozempic e custo de até R$ 2.400, especialistas advertem contra automedicação e uso estético não aprovado pela Anvisa.

Imagem: Reprodução

O medicamento Mounjaro, da farmacêutica Eli Lilly, recentemente aprovado no Brasil para tratar diabetes tipo 2, já está disponível nas farmácias, com preços que podem alcançar R$ 2.400. Conhecido por seu potencial de promover perda de peso significativa, superior ao Ozempic, o fármaco tem gerado grande expectativa, mas especialistas alertam para os perigos do uso indiscriminado e sem acompanhamento médico, especialmente para fins estéticos, prática ainda não autorizada pela Anvisa.

A tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro, atua em dois hormônios intestinais (GLP-1 e GIP), o que intensifica a sensação de saciedade e melhora o controle glicêmico. Estudos indicam a possibilidade de redução de até 25% do peso corporal em 20 meses. Contudo, segundo endocrinologistas, o Mounjaro é uma medicação potente e não um cosmético, ressaltando que seu uso off-label para emagrecimento sem diagnóstico de obesidade ou diabetes é inadequado e arriscado.

Entre os efeitos colaterais comuns estariam problemas gastrointestinais como náuseas e diarreia. Riscos mais sérios incluem perda de massa muscular, hipoglicemia e interferência na absorção de outros medicamentos, como anticoncepcionais. A automedicação pode levar ao efeito sanfona e piorar a composição corporal. O medicamento é contraindicado para gestantes e pessoas com histórico familiar de certos tipos de câncer de tireoide ou neoplasias endócrinas múltiplas.

Para coibir o uso sem prescrição, a Anvisa exige a retenção da receita médica na compra. Especialistas enfatizam a necessidade de conscientização sobre os riscos e a importância do acompanhamento multidisciplinar, desestimulando a busca por soluções estéticas imediatas em detrimento da saúde. A chegada do Mounjaro reforça o debate sobre o uso ético e consciente de medicamentos para perda de peso, priorizando mudanças sustentáveis no estilo de vida e acompanhamento profissional individualizado.

Direito e Justiça

Bradesco é condenado por assédio racial e moral em Rondônia

Decisão aplica Protocolo de Perspectiva Racial do CNJ e fixa indenização de R$ 100 mil a ex-bancário por ofensas e tratamento humilhante.

Em uma decisão emblemática, a Justiça do Trabalho de Rondônia condenou o Banco Bradesco ao pagamento de R$ 100 mil por danos morais a um ex-funcionário que sofreu assédio moral e racial. A sentença, proferida pela Vara do Trabalho de Rolim de Moura, baseou-se no Protocolo de Julgamento com Perspectiva Racial do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e destacou a gravidade de ofensas como o uso do termo “negão” de forma pejorativa e humilhante durante a cobrança de metas.

O magistrado José Roberto Coelho Mendes Junior ressaltou que a conduta do superior hierárquico, que por mais de uma década submeteu o trabalhador a tratamento vexatório, incluindo o uso de palavrões e expressões como “voo de galinha” para depreciar seu desempenho, configurou uma clara violação à dignidade da pessoa humana. O ex-bancário relatou ter sido alvo constante de injúria racial, prática agora equiparada ao crime de racismo conforme a Lei 14.532/2023.

A decisão judicial não apenas impôs a sanção pecuniária à instituição financeira, mas também determinou o encaminhamento do caso ao Ministério Público Estadual de Rondônia para a apuração de responsabilidade criminal pela injúria racial. A aplicação do protocolo com perspectiva racial, conforme a Resolução Nº 598/2024 do CNJ, reforça o compromisso do Judiciário em combater a discriminação racial nas relações de trabalho.

Cabe recurso da sentença.

A decisão foi tomada no processo 0000684-65.2024.5.14.0131.

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