5 de maio de 2025

Economia

Em Salgueiro, comerciantes colocam em prática estratégias de venda para o Dia das Mães

Socorro Magalhães diz que a maioria das compras são feitas pela internet.

Mal terminou a páscoa, a boleira autônoma Jeanne Lustosa já começou os preparativos para uma das datas com maior apelo comercial do Brasil, o Dia das Mães.

Bolos, kits com docinhos, brownies, bem-casados e quiches de frango estão entre os produtos feitos por Lustosa, que investe bastante em caixinhas personalizadas. O layout do cardápio, também, é fundamental, já que é compartilhado nas redes sociais e em aplicativos de conversa.

Além de todas essas estratégias, a qualidade do produto gera uma velha forma de publicidade, o boca a boca. “Muita gente vem encomendar porque comeu na casa de alguém ou em uma festa”, explica a boleira salgueirense.

A expectativa desse ano é grande porque “nos últimos anos vem havendo uma queda na procura”. De acordo com Jeanne, a páscoa tem tido uma saída muito melhor que o Dia das Mães e até o Natal. “A procura tá sendo pouca, não sei se por questões financeiras, mesmo, por uma grande oferta de mercado ou até pelo desinteresse dos filhos”, questiona.

Depois dos chocolates, um dos produtos mais procurados, nessa época do ano, são as flores. A empresária Socorro Magalhães é dona de uma loja de flores e começou a se organizar logo depois do Dia da Mulher. Ela diz que o contato com os fornecedores, a definição das embalagens, a inspeção das compras, a confecção de etiquetas e a precificação, tudo isso, precisa ser organizado com bastante antecedência.

Para a publicidade da marca, Magalhães envia catálogos, explora o poder do velho e bom rádio, além da internet, de onde vêm 65% dos pedidos. O whatsapp, o Google e algumas parcerias têm sido bons aliados.

Além das flores, a empresa dispõe de pelúcias, chocolates, embalagens e itens de montagem de cestas. “A expectativa é o aumento nas vendas já que a demanda desses itens é bem acentuada”, justifica.

A presidenta da Câmara de Dirigentes Lojistas – CDL de Salgueiro, Regilane Barros, orienta que, de modo geral, as empresas planejem suas ofertas, reforcem o atendimento e destaquem sua marca. “Aqui em Salgueiro poderia, seguramente, pontuar que o ideal seria, também, investir na capacitação dos colaboradores porque em uma venda de loja física o vendedor tem a oportunidade de promover a experiência que a internet não é capaz de proporcionar”.

Segundo os dados da Câmara Nacional de Dirigentes Lojista – CNDL, os principais fatores que influenciam as compras são qualidade, preço, frete grátis, promoção e desconto. A vitrine ou a exposição dos produtos, ainda, é o principal meio de divulgação, seguido por anúncios ou publicação no Instagram, site de busca e indicação de amigos ou parentes.

Raquel Rocha

Direito e Justiça

TJ-MG condena município a pagar reparação por morte de gari

A decisão foi tomada no processo 1.0000.23.331234-7/001

A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais modificou sentença da comarca de Abre Campo e aumentou o valor da indenização por danos morais que o município de Cambuquira terá que pagar à família de um gari que faleceu durante o trabalho. Cada componente da família deve receber R$ 80 mil e uma pensão mensal no valor de dois terços do salário mínimo.

A esposa e os dois filhos da vítima ajuizaram ação alegando que, em 19 de janeiro de 2018, o chefe da família estava no caminhão de lixo, trabalhando, quando caiu do veículo. Em decorrência do grave acidente, ele veio a falecer 10 dias depois. Por isso, a família pleiteou indenização por danos morais e pensão vitalícia a ser paga em uma só parcela.

Em sua defesa, o município argumentou que não poderia ser responsabilizado, porque fornece todos os equipamentos de segurança necessários aos funcionários. A Prefeitura sustentou que o verdadeiro motivo do acidente foi um mal súbito, causado por um quadro de diabetes e descontrole glicêmico.

O argumento não convenceu o juiz Vinícius Pereira de Paula, da 1ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Abre Campo, que condenou o município a indenizar cada um dos componentes da família, por danos morais, em R$ 50 mil. O magistrado também deferiu a pensão, porém negou o pedido para recebimento do montante em parcela única.

Ambas as partes recorreram. O relator, desembargador Márcio Idalmo Santos Miranda, modificou o valor da indenização por danos morais, mas manteve a decisão do pagamento da pensão a ser paga mensalmente.

Os desembargadores Alberto Vilas Boas, Juliana Campos Horta e Armando Freire votaram de acordo com o relator. Já o desembargador Manoel dos Reis Morais ficou vencido, ao votar pela manutenção integral da sentença.

Publicado originariamente pelo portal Consultor Jurídico (ConJur).

Espiritualidade

Escolha do novo papa: entenda o que é um conclave

Na próxima quarta-feira, 07 de maio, cardeais se reunirão na Capela Sistina, no Vaticano, para escolher o próximo papa. Essa reunião, que pode durar dois dias ou mais e que tem quatro votações, duas pela manhã e duas à tarde, é chamada conclave.

A chaminé, que anunciará a escolha do novo papa, eleito por 2/3 dos cardeais, já foi instalada, na última sexta-feira, 02 de maio. Por ela, sairá uma fumaça preta indicando que se chegou a um consenso sobre o nome do sucessor do papa Francisco.

É feita a pergunta “Queres aceitar o que Deus elegeu?” e, geralmente, a resposta é sim. O novo pontífice é levado a uma sala onde lhe ofertam uma cruz de ouro, um anel de pérola e um sapato vermelho. No caso do papa Francisco, ele não seguiu a tradição, preferindo continuar com a indumentária de cardeal. Além disso, optou por não morar no palácio papal, mas sim em uma hospedaria.

“Às vezes, tem uma pessoa em vista e é fácil. Às vezes, é mais complicado. Também porque dentro da igreja tem as correntes. Papa Francisco era da corrente progressista, aberta, e tem um grupo de cardeais que são da linha dura, linha tradicional”, explica o padre da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Salgueiro, Remi de Vettor.

De acordo com ele, existe um contraste na igreja e prevalece a maioria que representa uma certa linha pastoral. “Deveriam escolher um cardeal que fosse um pouco na linha do papa Francisco para dar continuidade, senão seria um retrocesso”.

Papa Francisco – Remi diz que entre as atitudes progressistas que marcaram o papado de Francisco está a escolha do nome. Para ele, na igreja, ninguém foi como Francisco de Assis: “Foi o reformador da igreja. O homem que despejou fora toda a sua riqueza, sua mentalidade antiga e se vestiu de saco, de sandália, sem meias, para viver na pobreza, no meio do campo, numa capela”.

Vettor define Francisco como um pastor simples, pobre, no meio do povo. “Até o último dia, impossibilitado, quase, ele quis ficar no meio do povo. Foi à última viagem na Praça São Pedro para se despedir. Poucas horas depois morreu”.

O papa acreditava que a igreja precisava de uma volta ao evangelho, renunciando ao luxo e vivendo como um ‘pastor’ perto de suas ‘ovelhas’, falando a linguagem delas. Francisco chegou a dizer que um bom pastor tem que ter o cheiro das ovelhas.

Dentre os posicionamentos polêmicos estão a abertura aos homossexuais, aos casais de 2ª união e às mães que criam seus filhos sem a presença paterna. “O papa disse: ‘São filhos de Deus. Quem sou para julgar”, conclui Remi.

Raquel Rocha

Educação

Estudante belmontense faz intercâmbio no Chile por meio de programa estadual

Com, apenas, 17 anos, a estudante Ângela Kely já ganhou o mundo. Ela está em Quilleco, no Chile, em uma experiência de intercâmbio financiada pelo Governo do Estado.

O ‘passaporte’ de Kely foi o conhecimento. A aluna do 3º ano do ensino médio da Escola Pedro Leão, em São José do Belmonte, foi selecionada por meio de uma prova de linguagem com 30 questões e, nas etapas seguintes, foram avaliados o comportamento e o desempenho escolar.

Além de aprender o idioma, o Programa Ganhe o Mundo tem possibilitado o contato com uma cultura diferente. O que mais chamou a atenção da belmontense foi a orientação que recebeu de não usar maquiagem na escola: “No máximo um gloss, batom”, explica. E ficou surpresa com o fato de que os chilenos bebem água direto da torneira. “A água é tão limpa que se toma a do banheiro”.

De acordo com a estudante, outra diferença significativa é que, na escola onde está, são poucas as provas e em vez de química, física e biologia, os alunos estudam filosofia, educação cidadã, processos administrativos, ciências para a cidade, gestão comercial e atendimento aos clientes. “No Brasil, a gente estuda para o Enem, já essa [escola] que eu estudo, no Chile, é focada na vida adulta. Então, você vai aprender tudo o que você necessita na vida futura, pra você abrir seu próprio comércio, pra você trabalhar em alguma coisa que você queira”, declara.

Kely, que está desde 20 de março, em Quilleco, terá, ao todo, 4 meses de intercâmbio, ao final do qual espera atingir fluência no idioma e consolidar a responsabilidade de cuidar de si própria. “O que vai mudar na minha vida, é que eu vou ter uma experiência maior, vou poder fazer coisas que no Brasil eu achava que não conseguiria, mas como uma intercambista aprendi a resolver sozinha e sem tanto medo”, encerra.

Raquel Rocha

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