9 de fevereiro de 2025

Geral

Observatório vai monitorar violência contra jornalistas

O jornalismo ganhou uma ferramenta que, caso atinja seus objetivos, resultará em garantias para o bom exercício da profissão, em especial nas situações de violência contra aqueles que cumprem seu papel de informar.

Além de monitorar e criar um banco de dados de ocorrências desse tipo, o Observatório da Violência Contra Jornalistas servirá também de canal de diálogo entre profissionais da área e o Estado, visando, inclusive, a elaboração de políticas públicas específicas e apoio a investigações.

As diretrizes, composição, organização e funcionamento do observatório estão previstas na Portaria nº 116/2025, publicada esta semana pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, no Diário Oficial da União.

De acordo com a Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), órgão do MJ ao qual o observatório está vinculado, ele terá, entre seus objetivos, monitorar ocorrências, sugerir políticas públicas, apoiar investigações e criar um banco de dados com indicadores sobre os casos.

O observatório será composto por representantes de diversas secretarias da pasta, bem como por 15 membros da sociedade civil com atuação comprovada na defesa da liberdade de imprensa e no combate à violência contra comunicadores.

Fenaj

Entre as entidades que participaram dos debates visando sua criação está a Federação Nacional dos Jornalistas ( Fenaj). Segundo a presidente da entidade, Samira de Castro, a exemplo do Conselho Federal de Jornalistas, essa é também uma demanda antiga da categoria.

“Desde o primeiro momento, o observatório era demanda da sociedade civil ligada ao campo do jornalismo. A situação se agravou muito durante os quatro anos do governo Bolsonaro, culminando nos atos de 8 de janeiro. Foi quando levamos uma proposta inicial ao então ministro da Justiça Flávio Dino”, explica a presidente da Fenaj.

Segundo Samira de Castro, durante a gestão à frente do MJ, Flávio Dino deu início à estruturação do observatório. “No entanto, com a sua saída para o STF [Supremo Tribunal Federal], tivemos de partir as discussões praticamente do zero com a nova equipe ministerial”.

Entre as contribuições iniciais feitas pela sociedade civil, estão a elaboração do regimento interno do observatório e a composição de seu conselho.

Políticas públicas

A presidente da Fenaj ressalta a possibilidade de, a partir das denúncias levadas ao observatório, se construir políticas públicas voltadas especificamente aos jornalistas, de forma a garantir que exerçam, da melhor forma, a profissão em suas especificidades.

Para Samira, é também importante para a proteção dos chamados comunicadores populares, que atuam em áreas não diretamente ligadas a direitos humanos, mas que também sofrem ameaças. “É o caso, por exemplo, de repórteres que cobrem políticas locais no interior do país. Antes, essa proteção estava restrita àqueles que trabalhavam diretamente na área de direitos humanos”.

De acordo com a dirigente da Fenaj, os grupos formados no âmbito do observatório ficarão atentos também “à confusão causada por influenciadores e os pseudojornalistas”, referindo-se a pessoas que, sem estudo adequado e sem diploma em jornalismo, reivindicam, para si, a profissão.

“Isso se intensificou após o STF considerar desnecessária a formação acadêmica em jornalismo. A Fenaj sempre defendeu a profissionalização, claro que dando atenção também aos comunicadores populares, quando produzem material próximo ao jornalismo, ajudando sua comunidade a ter acesso a informações relevantes”, acrescentou.

Para a Fenaj, a retirada da obrigatoriedade de diploma acadêmico para o exercício da profissão tem influência direta na banalização de uma atividade profissional necessária e estratégica para a sociedade.

Ela lembra que o próprio presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, tem declarado que o Brasil nunca precisou tanto de uma imprensa qualificada, e que essa constatação veio após o próprio STF ter retirado o critério mínimo para o exercício da profissão.

“Precisamos retomar essa discussão urgentemente, em meio a tantos perfis de redes sociais que se autointitulam jornalistas, emitindo a todo momento todo tipo de opiniões desqualificadas”, argumentou.

A presidente da Fenaj explica que, para atuarem no gênero opinativo, os jornalistas precisam estar minimamente embasados, ouvindo especialistas, não podendo se guiar pelo senso comum nem pelos achismos.

“Outros atores não se atêm nem mesmo à realidade do fato para emitir opinião. Opinam sem embasamento sobre questões que são importantes para a sociedade. Vidas podem ser colocadas em risco também por conta disso. Sem falar nas práticas criminosas cometidas por eles, quando pregam intolerância religiosa, racismo, LGBTfobia”, disse.

Fato jurídico

Diante desse cenário, a Fenaj tem buscado se aproximar dos ministros do STF, a fim de viabilizar um reposicionamento sobre a questão do diploma. “Na época em que a suprema corte tomou a decisão, não havia plataformas de redes sociais com tamanho alcance e influência. Esse é um fato novo que, por si, justifica a retomada e a revisão do julgamento”, argumentou.

“Vivemos atualmente um cenário extremamente contaminado onde praticam o que chamo de pseudojornalismo. O observatório terá critérios objetivos de atuação em relação a esse tipo de situação também, mas com base em referências da academia, que também vai compor grupos de trabalho do observatório”, acrescentou a dirigente referindo-se aos integrantes do observatório, que terá, em sua composição, conselheiros públicos, sociedade civil e por representantes de ministérios como Justiça, Direitos Humanos, Igualdade Racial e Mulheres.

Fonte: Agência Brasil

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Filho de Simone Mendes lucra R$ 27 mil após vender os próprios brinquedos

Henry Diniz, de 10 anos, filho da cantora Simone Mendes, 40, e de Kaká Diniz, 39, lucrou mais de R$ 27 mil ao vender parte dos próprios brinquedos para pagar uma dívida com os pais. A sertaneja e o empresário confiscaram o celular do filho depois que ele usou o cartão dos pais, às escondidas, para comprar itens de jogo.

O menino só teria o aparelho de volta quando restituísse a Kaká e Simone o dinheiro que gastou sem autorização. Henry, então, passou a vender brinquedos e itens eletrônicos para angariar a quantia. Ele vendeu, por exemplo, seu iPad e alguns bichos de pelúcia por R$ 10,5 mil.

Segundo Kaká Diniz, o filho pegou gosto pelo lucro e segue vendendo seus pertences mesmo após ter pago a dívida.

“O Henry já ultrapassou mais de 27 mil reais de faturamento sozinho. ‘Ah, Kaká, mas ele é filho de famoso…’ Não importa, cada um atira com as armas que tem. Ele está sozinho vendendo, não estou fazendo por ele. Então, ele tem tido a percepção e o gosto por trabalhar, faturar e correr atrás do resultado. Ele quer continuar vendendo e sabe que o dinheiro vai para o bolso dele”, contou o empresário nas redes sociais.

Fonte: IstoÉ

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Adolescente desaparecida é achada morta após 23 dias no PR; cunhado é preso

O corpo de Flávia Gabriely Pires, 17, foi encontrado 23 dias após o desaparecimento dela em Jesuítas (PR). O cunhado da adolescente foi preso por suspeita de envolvimento com a morte.

Marido da irmã da garota confessou o crime à polícia e apontou a localização do corpo dela. Segundo a Polícia Civil do Paraná, a vítima foi encontrada na noite da quarta-feira (5) dentro de um riacho, perto de uma trilha.

Suspeito disse que encontrou a cunhada para consumir drogas e que “empurrou ela em um riacho após um problema”. Segundo o delegado Leandro Almeida, a polícia não descarta a possibilidade de que a jovem tenha envolvimento com drogas, apesar de isso ser negado pela família.

Adolescente desapareceu em 13 de janeiro. A última imagem foi feita por uma câmera de segurança da rua onde ela morava. Familiares de Flávia foram ouvidos pela polícia nos primeiros dias após o desaparecimento e as primeiras declarações do cunhado levantaram suspeitas contra ele.

“Os elementos investigativos do inquérito mostraram que ele estaria no local e teria buscado a vítima no momento do desaparecimento dela. Após ele ser colocado diante desses fatos, ele resolveu apresentar essa versão, inclusive apontando o local onde ele teria deixado o corpo”, falou o delegado Leandro Almeida, da PCPR.

Não há indícios de violência sexual na jovem. A polícia não informou se a morte é investigada como homicídio,

Cunhado teve prisão convertida em preventiva pela Justiça, segundo a polícia. Ele foi encaminhado à cadeia de Assis Chateaubriand.

A identidade do suspeito não foi divulgada pela polícia. O UOL não teve acesso à defesa dele até o momento. O espaço será atualizado se houver posicionamento sobre o assunto.

Fonte: UOL

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PT, Psol e MST pedem fim do PL da anistia após Hugo Motta negar tentativa de golpe no 8 de janeiro

Uma semana após assumir como presidente da Câmara, o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) minimizou os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em entrevista à rádio Arapuan FM, de João Pessoa (PB), na última sexta-feira (7), Motta afirmou ter havido uma “agressão inimaginável” às instituições, mas negou o intuito golpista por trás dos atos de terrorismo.

“Golpe tem que ter um líder, tem que ter pessoa estimulando, apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas, e não teve isso”, afirmou o líder do centrão. “Ali foram vândalos, baderneiros que queriam, com a inconformidade com o resultado da eleição, demonstrar sua revolta”, completou.

Motta foi eleito sucessor de Arthur Lira (PP-AL) com 464 votos, tendo como aliados parlamentares de espectros da esquerda à extrema-direita. A declaração do deputado, porém, gerou reação negativa entre políticos do campo progressista, especialmente do PT e do Psol, e de movimentos populares, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Gilmar Mauro, dirigente nacional do MST, classificou a declaração de “absurda” e disse que a classe trabalhadora está comprometida a combater iniciativas assim. “De nossa parte, combateremos permanentemente esse tipo de tentativa de golpe pela extrema direita”, afirmou, ao Brasil de Fato.

Mauro mencionou ainda que, se tivessem uma visão estratégica, o deputado e os setores das classes dominantes estariam ao lado da democracia. “Se ele tem, junto com setores das classes dominantes brasileiras, vocação para criação de abutres, que amanhã vão comer os olhos dele e deles também, nós não temos nenhuma dúvida que os setores por detrás do golpe no Brasil são setores de milícias extremamente atrasadas e cobrarão um preço imenso do ponto de vista econômico e político no futuro.”

Fonte: Brasil de Fato

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Empresário transforma ‘cidade fantasma’ em destino turístico no Amapá

O empreendedor Wirley Almeida, viu sua cidade natal, Serra do Navio, no Amapá, perder sua principal fonte de renda após a saída de uma fábrica de manganês em1998. Em um cenário de escassez e êxodo, ele se tornou “mateiro”, guiando amigos e pesquisadores de forma espontânea por trilhas que poucos conheciam na região.

“Houve uma grande fuga das pessoas daqui indo pra cidade grande procurar emprego. Então, a gente sempre escutou isso: ‘Serra do Navio é uma cidade fantasma’. Isso deixava a gente bastante triste porque não é para quem vive aqui, nasceu aqui, tem sua família aqui. A gente fica até chateado de ouvir um negócio desse”, diz.

Com a sensação de que poderia fazer mais pela cidade, o jovem colocou na cabeça que iria mudar a realidade da região. Para alcançar tal feito, uniu duas paixões: o contato com a natureza e a fotografia. Apesar das dificuldades, ele conta que viu potencial na natureza da cidade ao descobrir sua aptidão para a fotografar as paisagens e os animais.

“Comecei a ver que eu tinha um dom, comecei a fotografar e aprendi tudo na internet. Abri a minha primeira rede social e ali eu já comecei a jogar algumas fotografias que eu já tinha e vi que muita gente se interessou”, declara.

Após a criação do perfil na rede social, as fotos começaram a fazer sucesso entre os internautas, que começaram a demonstrar interesse em conhecer o local. Com isso, Almeida percebeu a grande possibilidade de negócio que viria mudar sua vida e economia da cidade.

“Quando a minha rede social bateu os 5 mil seguidores, percebi que existiam turistas na minha página, que falavam: ‘Eu quero ir aí, com quem eu falo?’. Comecei a analisar os dados das fotografias, as pessoas estavam gostando muito do pôr do sol e nascer do sol, da neblina e da nossa ‘lagoa azul'”, conta.

Enquanto amadurecia a ideia, ele diz que pensou em montar um roteiro que contemplasse a preferência dos seguidores e nem precisou ir tão longe. “O lugar que tem tudo isso em um só lugar é a F12, a montanha que eu enxergo do meu quintal”, diz ele, que se credenciou e passou a trabalhar oficialmente como guia de turismo.

Com o desejo de crescimento profissional, ele criou uma agência de turismo ecológico e investiu cerca de R$ 20 mil no negócio. Ao observar as necessidades dos clientes, comprou barracas, mochilas e artigos para serem alugados e usados no passeio. Em quatro anos de agência, ele revela que já atendeu quase quatro mil turistas.

“Hoje está todo mundo conseguindo vê turismo, tanto é que as pessoas falam assim: ‘Ah, a saída agora para Serra do Navio, tirando a mineração, é agricultura e turismo’. Antigamente, tudo era só sonho”, afirma.

O sucesso da agência de turismo ainda transformou a economia local, impulsionando os negócios de outros empreendedores da região. Atualmente, a cidade tem cerca de 110 micro e pequenos empresários.

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios

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