O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, ameaçado de morte pelo PCC (Primeiro comando da Capital), foi assassinado na tarde desta sexta-feira (8) no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. Ele era o pivô de uma guerra interna na facção criminosa. Ao menos três outras pessoas ficaram feridas no ataque, informou delegada Ivalda Aleixo, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
À coluna, a SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo informou que o DHPP e a Deatur (Delegacia de Atendimento ao Turista) investigam as circunstâncias do homicídio. “Mais informações serão divulgadas ao término do registro da ocorrência”, disse a pasta.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram ao menos um baleado na pista que dá acesso ao embarque do aeroporto, e outro dentro do aeroporto. Não há detalhes do estado de saúde dos outros feridos na ação. A coluna tenta contato com o aeroporto de Guarulhos. A nota será atualizada caso tenha resposta.
A polícia investiga se ele foi assassinado a mando do PCC, mas não descarta outras possibilidades, como queima de arquivo, já que havia assinado acordo de delação premiada e tinha vários inimigos agentes públicos, a quem disse ter pago altos valores em propinas.
Vinícius e o agente penitenciário David Moreira da Silva, 38, foram acusados pelo MPSP (Ministério Público do Estado de São Paulo), pelos assassinatos de Anselmo Becheli Santa Fausta, 38, o Cara Preta, e Antônio Corona Neto, 33, o Sem Sangue.
Eles foram mortos a tiros às 12h10 de 27 de dezembro de 2021 em frente ao número 110 da rua Armindo Guaraná, no Tatuapé, zona leste paulista. Noé Alves Schaum, 42, acusado de ser o executor do crime, foi assassinado em 16 de janeiro de 2022, no mesmo bairro.
Segundo o MPSP, Cara Preta era um integrante influente do PCC e envolvido com o tráfico internacional de drogas e outros delitos. Já Sem Sangue era o motorista e braço direito dele.
O empresário e o agente penitenciário chegaram a ficar presos e foram denunciados à Justiça pelo crime, mas respondiam o processo em liberdade.
Vinícius deixou a Penitenciária 1 de Presidente Venceslau (SP) pela porta da frente, em 7 de junho de 2023, usando tornozeleira eletrônica. A defesa dele temia pela vida do cliente e dizia que se ele ficasse segregado poderia morrer na prisão por integrantes do PCC.
Os advogados de Vinícius disseram à coluna que os verdadeiros culpados pelas mortes de Anselmo e Antônio Corona foram arrolados como testemunhas de acusação do empresário.
Na denúncia oferecida contra os dois acusados, O MPSP diz que Vinícius trabalhava com imóveis e operações com bitcoins e, após conhecer Cara Preta, passou a realizar negócios com ele e fazer investimentos para a vítima.
Os advogados de Vinícius disseram à coluna que os verdadeiros culpados pelas mortes de Anselmo e Antônio Corona foram arrolados como testemunhas de acusação do empresário.
Na denúncia oferecida contra os dois acusados, O MPSP diz que Vinícius trabalhava com imóveis e operações com bitcoins e, após conhecer Cara Preta, passou a realizar negócios com ele e fazer investimentos para a vítima.
Fonte: UOL