Gabriel Galípolo é o nome indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir a presidência do Banco Central, anunciou o ministro Fernando Haddad (Fazenda) nesta quarta-feira (28) no Palácio do Planalto.
“O presidente da República me incumbiu de fazer um comunicado aqui de que hoje [quarta] ele está encaminhando ao Senado Federal, ao presidente [Rodrigo] Pacheco e para o senador Vanderlan [Cardoso], presidente da CAE, o indicado dele para a presidência do Banco Central, que vem a ser o Gabriel Galípolo, que hoje ocupa a diretoria de Política Monetária do banco”, disse o ministro.
Se aprovado pelo Senado, Galípolo assume o comando da instituição com a missão de angariar a confiança do mercado financeiro, que teme um BC leniente no combate à inflação em 2025, quando o Copom (Comitê de Política Monetário) terá maioria dos integrantes indicados pelo presidente Lula.
O atual diretor de Política Monetária do BC vai suceder Roberto Campos Neto, à frente da instituição desde 2019 por indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e cujo mandato termina em 31 de dezembro.
Ao lado de Haddad, Galípolo celebrou a indicação ao comando do BC e disse que não responderia a nenhuma pergunta dos jornalistas por “respeito ao processo e à institucionalidade”.
“Na mesma magnitude, uma honra, um prazer e uma responsabilidade imensa ser indicado à presidência do Banco Central do Brasil pelo ministro Fernando Haddad e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, afirmou Galípolo, sorridente. “É uma honra enorme, uma grande responsabilidade e eu estou muito contente”, complementou.
Quanto à sabatina da Galípolo, Haddad disse que essa é uma atribuição do Senado e que Lula “chegou a discutir a melhor oportunidade” com Pacheco. “Isso cabe ao Senado marcar e decidir, mas eu quero crer que estão sintonizados os presidentes Pacheco e Lula em relação à importância dessa indicação”, disse.
“O presidente Lula já vinha conversando com o presidente Pacheco a respeito disso e nós vamos respeitar a institucionalidade da Casa. A Casa tem o seu ritmo, tem os seus afazeres e vai saber julgar o melhor momento de fazer a sabatina”, acrescentou.
A expectativa é de que a sabatina do futuro presidente do BC possa ocorrer em setembro.
Fonte: Folha de S. Paulo