Servidores estaduais de Salgueiro reclamam do desmonte do Sassepe

Não é de hoje que as denúncias sobre o descaso do Governo de Pernambuco ao Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado (Sassepe) ganha as páginas deste blog. A mais recente vem de Salgueiro. Um servidor aposentado da Secretaria de Saúde do Estado foi realizar um exame de rotina no Pronto Socorro São Francisco e recebeu a informação que não poderia fazê-lo. A justificativa? O Sassepe não tem repassado os valores mensais referentes ao contrato de credenciamento.

Em contato com a unidade de saúde, o blog confirmou a situação e soube que, além dos exames que estão suspensos pela falta de repasse do Sassepe, os servidores que precisarem de atendimento tanto para consultas quanto internamento, só poderão usufruir desses serviços na unidade até o próximo dia 30. Após esse prazo, caso o Sassepe não honre com os débitos em abertos, os servidores ativos ou inativos do Governo de Pernambuco que precisarem de qualquer tipo de atendimento no pronto socorro não serão mais atendidos.

Fonte: Blog do Magno

PF confirma que restos mortais recolhidos no Vale do Javari eram de Bruno Perei

A Polícia Federal confirmou neste sábado que os restos mortais enviados do Amazonas a Brasília são do indigenista Bruno Pereira, que estava desaparecido junto com jornalista inglês Dom Phillips desde o dia 5 de junho. Os “remanescentes” de Dom Phillips também já foram identificados.

Segundo a PF, Bruno e Dom foram mortos por disparos de uma arma “com munição típica de caça, com múltiplos balins”. O indigenista licenciado da Funai foi atingido no tórax, abdômen e na cabeça. O jornalista inglês foi ferido apenas no tórax e abdômen, de acordo com o laudo. Os restos mortais foram encontrados em local apontado por Amarildo da Costa de Oliveira. Conhecido como Pelado, Amarildo confessou participação no assassinato de Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.

Nesta sábado, a PF também confirmou que um terceiro suspeito pelas mortes de Bruno e Dom se entregou na delegacia de Atalaia do Norte, no Amazonas. Jeferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha, ou Peladinho, tinha um mandado de prisão em aberto pela participação nos crimes.

Ele confessou seu envolvimento com os assassinatos, mas negou ter atirado contra as vítimas. O GLOBO apurou que Jeferson disse aos investigadores ao chegar à delegacia que “tem mais gente na comunidade envolvida”.

Os investigadores da PF acreditam não haver mandante para o crime. Nesta sexta-feira, no entanto, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari rebateu uma nota da PF sobre não haver mandante por trás da morte de Bruno Pereira e de Dom Phillips. “O requinte de crueldade utilizados na prática do crime evidenciam que eles estavam no caminho de uma poderosa organização criminosa que tentou à todo custo ocultar seus rastros durante a investigação”, destacou a Univaja.

Segundo a entidade, o grupo de caçadores e pescadores profissionais, envolvido no assassinato de Pereira e Phillips, foi descrito em documentos enviados ao MPF, à Funai e à PF. “A PF desconsidera as informações qualificadas, oferecidas pela UNIVAJA em inúmeros ofícios. Tais documentos apontam a existência de um grupo criminoso organizado atuando nas invasões constantes à Terra Indígena Vale do Javari”, disse a entidade em nota.

Fonte: O Globo

Lula sobe o tom e diz que Bolsonaro ‘vai ter que aprender a perder’ nas eleições de 2022

Pré-candidato à presidência, Lula (PT) subiu o tom em discurso feito na cidade de Maceió, no Estado de Alagoas, na noite de sexta-feira, 17. Criticando o oponente Jair Bolsonaro (PL), que costuma questionar a segurança das urnas eletrônicas, o petista afirmou que o atual chefe do Executivo vai precisar “aprender a perder” nas eleições de 2022, marcada para outubro. “Ele vai ter que aprender que a vontade do povo brasileiro é maior que a vontade das pessoas que estão com ele. Vai ter que aprender a perder”, disparou o ex-mandatário.

Inflamando os apoiadores, Lula também afirmou que vai tomar a faixa presidencial de Bolsonaro “democraticamente” e declarou que não teme um possível golpe do adversário. “Se a gente teve peito, a gente vai ter medo de ficar anunciando? Vai ter golpe? Nós não queremos que ele passe a faixa. A gente vai tomar aquela faixa democraticamente”, comentou o petista, que também ridicularizou o suposto pedido de ajuda de Bolsonaro a Joe Biden, líder estadunidense. “Do jeito que a gente está, pode juntar ele, o Trump e quem mais ele quiser. A gente vai desamarrar e quebrar as correntes desse país”, completou.

Fonte: Jovem Pan

Cientistas europeus traçam origem da Peste Negra

No século XIV, a pandemia de Peste Negra atingiu a Europa, resultando em mais de 25 milhões de mortes só no continente, entre 1347 e 1351. Causada por infecção da bactéria Yersinia pestis, manifestava-se de duas formas: como peste bubônica, transmitida por pulgas e ratos, ou como peste pneumônica, transmitida entre pessoas — as manchas escuras na pele das pessoas infectadas são a razão do nome. Até agora, acreditava-se que tinha origem na China e na Ásia Central, e foi transportada para o território europeu quando um exército mongol atacou um porto na Crimeia, em 1346. Esta semana, cientistas europeus mostraram que o epicentro talvez tenha sido um entreposto na Rota da Seda, na região do Quirguistão, uma rede de vias interligadas através da Ásia do Sul, usadas no comércio entre o Oriente e a Europa.

O estudo publicado na revista Nature revela que os cientistas examinaram material genético dos dentes de três mulheres enterradas em uma comunidade no vale de Chu, perto do lago Issyk Kul, no sopé das montanhas Tian Sha, e encontraram impressões da bactéria Yersinia pestis. Os cemitérios de Kara-Djigach e Burana continham um grande número de lápides datadas de 1338 e 1339, dez das quais faziam referência explícita a uma peste. “É como encontrar o lugar onde todas as cepas se juntam, como no coronavírus (Alpha, Delta, Ômicron), proveniente da cepa em Wuhan”, disse à publicação científica o paleogeneticista Johannes Krause, do Instituto Max Planck de Leipzig, um dos líderes do levantamento.

Segundo a arqueogeneticista Maria Spyrou, da Universidade de Tübingen, principal signatária da pesquisa, várias hipóteses diferentes sugerem que a pandemia pode ter se originado no leste da Ásia, na China; na Ásia Central, na Índia, ou mesmo perto de onde os primeiros surtos foram documentados, em 1346, nas regiões do Mar Negro e do Mar Cáspio. “Sabemos que o comércio foi provavelmente um fator determinante para a dispersão na Europa durante o início da Peste Negra”, disse ela à agência Reuters. “É razoável supor que processos semelhantes determinaram a propagação da doença da Ásia Central para o Mar Negro entre 1338 e 1346.”

Sharon DeWitte, da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, que não esteve envolvida no estudo, disse à agência Reuters que é emocionante ter evidências de DNA para apoiar a teoria anterior de que a doença surgiu na Ásia Central. “Este estudo é importante porque os enterros datados com muita precisão permitem um estudo direto da cepa como existia no momento do surgimento inicial da Peste Negra”, disse ela. Embora os autores reconheçam que é teoricamente possível que a bactéria tenha se originado em outro lugar e se espalhado para a Ásia Central sem mudar significativamente, as evidências sugerem que isso é improvável.

Fonte: VEJA