Ministério anuncia terceira troca de presidente da Petrobras no governo Bolsonaro

O Ministério de Minas e Energia anunciou em nota oficial na noite desta segunda-feira (23) a demissão de mais um presidente da Petrobras. Após 40 dias no cargo, José Mauro Ferreira Coelho foi dispensado. Ele foi o terceiro presidente da estatal no governo Jair Bolsonaro. Os dois anteriores, também demitidos, são Roberto Castello Branco e Joaquim Silva e Luna.

Para o lugar de José Mauro Coelho, o governo decidiu indicar Caio Mário Paes de Andrade, auxiliar do ministro Paulo Guedes no Ministério da Economia, onde ocupava o cargo de secretário de Desburocratização.

A indicação precisa ser aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras, no qual o governo tem maioria por ser o acionista majoritário da empresa.

Os três demitidos da presidência da Petrobras foram vitimados pela progressiva elevação do preço dos combustíveis.

Pré-candidato à reeleição, Jair Bolsonaro cobrou de todos eles que os preços fossem contidos.
Mas a Petrobras está submetida ao critério de paridade internacional, política adotada pelo governo Michel Temer em 2016 que faz o preço dos combustíveis variar de acordo com a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e das oscilações do dólar.

De acordo com a nota do ministério, “diversos fatores geopolíticos conhecidos por todos resultam em impactos não apenas sobre o preço da gasolina e do diesel, mas sobre todos os componentes energéticos”.

“Dessa maneira, para que sejam mantidas as condições necessárias para o crescimento do emprego e renda dos brasileiros, é preciso fortalecer a capacidade de investimento do setor privado como um todo. Trabalhar e contribuir para um cenário equilibrado na área energética é fundamental para a geração de valor da Empresa, gerando benefícios para toda a sociedade”, diz o texto.

Em abril, Caio Paes de Andrade chegou a ser cotado para presidir a estatal, depois de o economista Adriano Pires recusar convite para ocupar o cargo. Na ocasião, o governo buscava um sucessor para Joaquim Silva e Luna.

Fonte: G1

Sem Doria, Lula pode vencer no primeiro turno, diz diretor da Quaest

A desistência oficial do ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) de sua candidatura à Presidência da República pode significar a vitória no primeiro turno para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A previsão é do cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest Pesquisas.

“Lula aumenta as chances de vitória no primeiro turno, com o voto útil, pois o eleitor do Doria rejeita mais Bolsonaro (77%) do que Lula (62%)”, escreveu Nunes no Twitter.

Porém, o cientista político aponta que, numericamente, a desistência de Doria não causa uma mudança significativa na corrida. Enquanto o ex-governador sempre figurou entre 3% e 5% da intenção de voto, Ciro Gomes (PDT) é quem tem o maior potencial de conquistar o eleitor do tucano (54%) – Lula tem potencial de 36% e Bolsonaro de 19% entre os eleitores de Doria. Tebet, segundo Nunes, é muito desconhecida.

Por outro lado, o cientista político ressalta que a terceira via aumenta suas chances ao buscar uma opção fora da polarização. “A coordenação das elites é fundamental para que os eleitores possam tomar decisões eleitorais. Até aqui, a terceira via mais atrapalhou do que ajudou o eleitor”, disse.

Fonte: Metrópoles