Com filho no colo, salgueirense chora por não cruzar fronteira com a Polônia: “A gente não sabe o que fazer”

O drama dos jogadores do Zorya, que tentam deixar a zona de guerra na Ucrânia, não acabou. Guilherme Smith, Cristian Fagundes, Juninho, a esposa dele, a salgueirense Vitória Magalhães, e o filho Benjamim, de quatro anos, caminharam quase 10 horas a pé entre Lviv, no oeste do Ucrânia, e a fronteira. No entanto, eles não conseguiram passar para o território polonês.

Eles chegaram próximos à divisa entre os dois países às 2h20 no horário local (22h20 no horário de Brasília), mas não conseguiram permissão para atravessar. Vitória Magalhães publicou um vídeo nas redes sociais. Em desespero e com o filho de quatro anos adormecido no colo, ela disse que o grupo foi barrado na fronteira.

— A gente chegou até a última cidade para passar na fronteira, não conseguimos, tem militar em todo lado. Os meninos tentaram avisar que eram brasileiros, eles (militares) empurraram. Eu tentei também, eles (militares) empurraram. Não deixam a gente passar.

A gente está em um posto, a gente não tem coberta, o Benjamim (filho) tá dormindo, a gente não tem como voltar para trás, não tem como ir para frente. A gente não sabe o que fazer (choro)”

Também através das redes sociais, o marido de Vitória, Juninho falou sobre a situação do grupo. Com a temperatura próxima a 0ºC, ele falou sobre a preocupação com o filho e que o cenário é desolador, em meio a várias pessoas barradas na fronteira.

“A situação é realmente desesperadora. Chegamos aqui na fronteira, ninguém nos ajuda. Está muito frio. Tudo que a gente tinha a gente procurou agasalhar o Benjamim. A gente está aqui, se tremendo, a gente não tem o que fazer mesmo. A gente quer só sair daqui”.

Após longa viagem de trem, entre Zaporizhia, cidade que fica no leste do país, onde a concentração de separatistas russos é grande, e Lviv, maior município do oeste ucraniano, os brasileiros conseguiram um carro para cruzarem a fronteira com a Polônia. No entanto, como a fila de veículos era grande, o grupo resolveu ir a pé e andou cerca de 40km para chegarem perto da divisa.

Durante o caminho, brasileiros que vivem na Polônia orientaram o grupo e ofereceram ajuda, tanto para acolhimento, quanto para buscá-los de carro na fronteira ou em território ucraniano. Os contatos foram feitos por aplicativo de mensagens e redes sociais. Um comboio de carros tentou deixar a Polônia para buscá-los por volta das 20h no horário local (16h de Brasília), mas foi impedido por militares.

Fonte: GE

Com média móvel de mortes em queda, Brasil registra 753 óbitos por Covid em 24 h

O Brasil registrou 753 mortes e 73.808 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas. Os dados foram divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) neste sábado (26).

O país teve queda na média móvel de óbitos pelo sexto dia consecutivo, chegando a 719, menor número desde 4 de fevereiro, quando o índice estava em 659.

Já a média móvel de casos, caiu pelo 17º dia consecutivo, chegando a 82.352 – o número mais baixo desde 18 de janeiro.

As médias móveis consideram a média dos números registrados nos últimos sete dias e servem para acompanhar os indicadores da pandemia sem eventuais distorções causadas por subnotificações aos finais de semana.

Desde o início da pandemia, o país já registrou 28.744.050 casos de Covid-19 e 648.913 óbitos pela doença.

Fonte: CNN

Jogador catarinense diz que foi abandonado por grupo brasileiro na Ucrânia: ‘Deixaram nós para trás’

O jogador de futsal Jonatan Bruno Santiago, de 30 anos, criticou em suas redes sociais o abandono do grupo brasileiro do clube de futebol Shakhtar Donetsk, que saiu de que Kiev, na Ucrânia, neste sábado (26). Ele relatou ao g1 SC que havia se unido aos atletas na sexta-feira (25), para deixar o país ao lado deles, mas que foi esquecido.

“Ficou eu, um jogador e mais um brasileiro. Só ficou a comissão técnica deles, que são todos italianos. Foi todo mundo embora. A gente estava o tempo todo junto, e eles simplesmente esqueceram da gente e foram embora”, relatou.

Procurado pelo g1 SC, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) informou em nota que, “por meio das Embaixadas do Brasil em Kiev e em Bucareste, está coordenando a operação de retirada dos brasileiros em contato direto com o chefe da estação central de trens de Kiev, das autoridades locais em Chernivtsi e das autoridades migratórias romenas”.

O catarinense vive em Kiev, registrou os ataques do exército russo na quinta-feira (24), e tem relatado a escassez de comida e o medo vivido por quem está na capital.

“Hoje almoçamos às 13h30 e depois subimos para o quarto para tomar um banho. E quando a gente desceu, às 16h30, simplesmente não tinha mais ninguém”, relatou.

Natural de Blumenau, no Vale do Itajaí, Jonatan mora há cerca de 9 anos na Europa, e atualmente joga pelo Skyup Kiev, time de futsal.

O jogador disse que chegou a mandar mensagem para um atleta que foi com o grupo para Moldávia ao perceber que tinha sido deixado para trás. “Ele falou: ‘pô, tu não está aqui?’. A minha mala estava lá embaixo, passamos o dia inteiro ontem com eles e ninguém pensou em nos chamar?”, disse.

Mesmo assim, Jonatan disse que deseja sorte ao grupo com cerca de 40 pessoas, incluindo crianças.

Fonte: G1

EUA e União Europeia excluem Rússia do sistema Swift

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Medida restringe acesso financeiro da Rússia

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou a desconexão da Rússia do sistema financeiro Swift neste sábado (26.fev.2022). Trata-se do principal sistema de mensagens utilizado para transferências internacionais.

A expulsão reage à guerra em curso entre Rússia e Ucrânia, iniciada a mando do presidente russo Vladimir Putin na madrugada de 5ª feira (24.fev.). Pouco depois do anúncio, a Casa Branca publicou nota conjunta com Alemanha, Canadá, França, Itália e Reino Unido, além da própria Comissão, onde condenou o que classificou como uma “guerra de escolha” de Moscou.

“Nos comprometemos a assegurar que os bancos russos selecionados sejam removidos do sistema de mensagens Swift. Isso garante a desconexão desses bancos do sistema financeiro internacional, prejudicando sua capacidade de operar”, diz o comunicado.

Swift é a sigla de Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication, em inglês). É um sistema de mensagens criado por bancos de vários locais do mundo em 1973 para permitir a troca de moeda entre diferentes países de forma rápida e segura.

O Swift ainda é o sistema mais usado por bancos para a realização de transferências internacionais. Por isso, é fundamental para o fluxo dos pagamentos transfronteiriços e do comércio internacional. Reúne mais de 11.000 instituições financeiras em mais de 200 países e processou cerca de 42 milhões de pagamentos e transações financeiras por dia em 2021.

Segundo a Associação Nacional Russa do Swift, a Rússia tem o 2º maior número de usuários do Swift, atrás apenas dos Estados Unidos. Cerca de 300 bancos russos operam no sistema de pagamentos e transferências internacionais.

No pronunciamento, von der Leyen expressou confiança de que as medidas vão afetar a “capacidade de Putin de financiar” a guerra e impactarão na “erosão severa” da economia russa.

Além da exclusão de bancos russos do Swift, a decisão também cita medidas coordenadas para restringir o Banco Central da Rússia de “usar suas reservas internacionais” para reduzir o impacto das sanções.

A nota também menciona o início de uma “força-tarefa transatlântica” para implementar o congelamento de ativos a entidades e pessoas da Rússia anunciadas por aliados ocidentais, incluindo sob Putin e o ministro de Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov.

Além disso, os signatários se comprometem a “agir contra as pessoas e entidades que facilitam a guerra na Ucrânia e as atividades prejudiciais do governo russo”, incluindo a supervisão da venda de vistos utilizado esquemas que facilitavam a operação ilegal de empresários russos nesses países e no bloco europeu.

Fonte: Poder 360

Preço de fertilizantes sobe até 5,8% no Brasil em uma semana com guerra na Ucrânia

A escalada da tensão geopolítica que culminou no início da guerra na Ucrânia já afeta o preço dos fertilizantes usados pelo agronegócio brasileiro. Levantamento realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) a pedido do CNN Brasil Business mostra que os preços pagos pelo agronegócio brasileiro aumentaram até 5,8% em apenas uma semana.

Em dólar, o valor pago pelos fertilizantes derivados de ureia atingiu US$ 642 a tonelada no porto de Paranaguá, no Paraná, na quinta-feira, 24. O valor é 5,8% superior aos US$ 607 registrados uma semana antes, em 17 de fevereiro, segundo a CNA.

Os fertilizantes derivados de cloreto de potássio (KCl) tiveram aumento de 1,1% no mesmo período, para US$ 867 a tonelada em Paranaguá. Já os fertilizantes do tipo fosfato monoamônico (MAP) tiveram alta de 0,5%, para US$ 971 a tonelada. A CNA nota que o preço desses insumos já estava em trajetória de alta, e a tendencia se intensificou com a escalada dos problemas geopolíticos.

A entidade não relata problemas no fornecimento de fertilizantes. Nesse mercado, a Rússia é o maior exportador mundial (com participação de 13,3%) e a Belarus, o quinto (4,96%). Por outro lado, o Brasil é o maior importador mundial, com cerca de 13% de todo o volume comprado pelo planeta.

Fonte: CNN