ONS desliga mais de 20 térmicas para baixar conta de luz

Com a volta das chuvas e o nível dos reservatórios aumentando, o governo federal começa a desligar as usinas térmicas, que são mais caras e poluentes que as hidrelétricas.

Levantamento feito pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a pedido da CNN, aponta que mais de 20 térmicas já foram desligadas, o que representa 15% da capacidade instalada no país.

O objetivo é baixar a conta de luz. No acumulado de 12 meses até setembro, a energia elétrica subiu quase 32%, conforme o IBGE.

Outra medida que deve ser anunciada em breve é um empréstimo bilionário para que as distribuidoras de energia consigam diluir os reajustes previstos para o ano que vem. O empréstimo vai ser coordenado pelo BNDES e feito por bancos privados, a exemplo do que ocorreu na fase mais aguda da pandemia da Covid-19.

Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, o governo precisa reduzir a produção de energia térmicas com cuidado para não baixar demais os reservatórios no período chuvoso e correr o risco de falta de energia no ano que vem. “Não podemos cometer os mesmo erro do ano passado”, afirmou.

As usinas térmicas representam 13% da capacidade de produção de energia do país, bem abaixo dos 63% das hidrelétricas. As usinas eólicas vem em terceiro lugar com 11,4%.

Fonte: CNN

Bolsonaro volta a defender tratamento ineficaz e atacar vacina e quarentena

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, neste sábado (11/12), ser contrário à decisão de seu próprio governo de determinar quarentena de cinco dias para os viajantes não vacinados contra COVID-19 que entrarem no Brasil.

Ele afirmou que acatou uma decisão do Ministério da Saúde, mas que, em sua avaliação, a melhor medida seria apenas cobrar um teste de PCR das pessoas que ingressarem no país. “Eu não acho nada. Quem decidiu foi o Ministério da Saúde. Eles que decidiram cinco dias. Foi a palavra final, chegaram para mim… Entrou lá a vacinação. Por mim nem entraria a vacinação, teria apenas o PCR. A vacinação não impede o contágio”, afirmou ele, após a formatura de militares da Marinha no Rio de Janeiro.

“Vamos nos preocupar, mas com racionalidade. Não podemos quebrar a economia. Esses voos não são turistas apenas. É voo de negócios e serviços. Quando viajei agora me exigiram o quê? PCR. Emirados Árabes, Bahrein, Catar e também Itália. Por que criar problemas aqui? Se dependesse de mim, teria só o PCR.”

A quarentena começaria a valer neste sábado (11/12), mas a medida foi adiada em razão do ataque hacker ao Ministério da Saúde. O presidente afirmou não saber quando a exigência será aplicada.

Bolsonaro voltou a defender a administração de hidroxicloroquina para pacientes contaminados pelo coronavírus, apesar de estudos já terem comprovado sua ineficácia no tratamento contra a COVID-19. “Tomei hidroxicloroquina e, se me contaminar de novo, tomo outra vez. Temos de ter respeito à autonomia do médico”, afirmou ele.

Ele também questionou mais uma vez a capacidade das vacinas em reduzir a transmissão do coronavírus, como indicam estudos científicos. Afirmou ainda que o deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ) está internado em razão de uma embolia “possivelmente” causada por reação à vacina.

“Não estou aqui para tumultuar a vida de ninguém. Estamos mexendo com vidas. A informação não pode circular. Quem fala qualquer coisa sobre vacina é tachado de fake news, negacionista, terraplanista”, afirmou ele.

Estudos apontam serem raros casos de reação grave à vacina contra a Covid-19. Especialistas afirmam que os benefícios da imunização superam os eventuais riscos existentes.

Fonte: Estado de Minas

Após ataque hacker, governo espera retomar sistemas na próxima semana

Parte dos sistemas do Ministério da Saúde continuou fora do ar ontem após o ataque hacker na madrugada de sexta-feira (10). De acordo com a pasta, o funcionamento completo deve ser restabelecido somente nessa semana.

O Conecte SUS, que reúne informações do histórico clínico dos pacientes, como vacinas recebidas, medicamentos dispensados e exames feitos, está entre as funcionalidades que não voltaram a funcionar.

É por este canal, acessado por aplicativo ou em site do governo, que são emitidos os comprovantes de vacinação da Covid-19.

Na tarde de sexta, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, disse que ainda não era possível avaliar se houve perda de dados da população, inclusive dos registros de vacinas.

O ministério disse neste sábado (11) que está atuando com “máxima agilidade” para reestabelecer os sistemas.

“Vários sistemas já foram reestabelecidos e a expectativa é que os outros sistemas estejam disponíveis para a população na próxima semana”, disse a Saúde, em nota.

Fonte: Folha de S.Paulo

Barroso decide pela obrigatoriedade do passaporte da vacina contra Covid-19

O Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, decidiu pela obrigatoriedade do passaporte da vacina para os viajantes que entrarem no Brasil, conforme apuração da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

Barroso contraria a decisão do governo Jair Bolsonaro que descartou o passaporte da vacina para viajantes e cobrou somente o cumprimento de cinco dias de quarentena para pessoas vindas do exterior.

Agora, só será dispensado o passaporte de vacina em caso de razões médicas e de comprovação que no país de origem ou de saída não tenha vacina disponível.

Como justificativa, o ministro do STF defendeu que o aumento de viagens nesta época do ano carece de cuidados maiores para que o Brasil não se torne um país antivacina.

A medida adotada pelo ministro será enviada para referende em sessão extraordinária do Plenário Virtual da Suprema Corte.

“O ingresso diário de milhares de viajantes no país, a aproximação das festas de fim de ano, de eventos pré-carnaval e do próprio carnaval, aptos a atrair grande quantitativo de turistas, e a ameaça de se promover um turismo antivacina, dada a imprecisão das normas que exigem sua comprovação, configuram inequívoco risco iminente, que autoriza o deferimento da cautelar”, escreve Barroso na decisão.

Fonte: IstoÉ