‘Finalmente esse defunto foi enterrado’, diz ministro Barroso sobre voto impresso

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (4) que a discussão sobre o voto impresso está encerrada.

Nos últimos meses, o presidente Jair Bolsonaro fez ameaças ao processo eleitoral do ano que vem, atacando o sistema de urnas eletrônicas e defendendo a volta da impressão do voto, considerada um retrocesso pela Justiça Eleitoral. Em agosto, a Câmara rejeitou e arquivou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que propunha o voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos.

“Tenho a impressão de que, depois que a Câmara votou, que o presidente do Senado disse que não reabriria a matéria e que o próprio presidente da República diz que confia no voto eletrônico, acho que finalmente esse defunto foi enterrado”, disse Barroso durante coletiva de imprensa após cerimônia de abertura do código-fonte das urnas eletrônicas.

A cerimônia marca o início do processo eleitoral de 2022. O código-fonte é um conjunto de linhas de programação de um software, com as instruções para que o sistema funcione. A abertura permite a inspeção pela sociedade civil.

A referência de Barroso a Bolsonaro na coletiva de imprensa foi motivada por entrevista concedida pelo presidente da República no último dia 23 à revista “Veja”, na qual afirmou que não vai “melar” a eleição e que, “com as Forças Armadas participando, você não tem por que duvidar do voto eletrônico”.

A participação das Forças Armadas é a presença de representante da instituição na comissão de transparência das eleições, anunciada pelo TSE dias depois da derrubada do voto impresso no Congresso, como medida para ampliar a transparência nas eleições, e inclui representante das Forças Armadas.

Formada por especialistas em tecnologia da informação, representantes da sociedade civil e de instituições e órgãos públicos, a comissão vai atuar por meio da análise do plano de ação do TSE para a ampliação da transparência do processo eleitoral e acompanhar e fiscalizar as fases de desenvolvimento dos sistemas eleitorais e de auditoria do processo eleitoral. Também poderá opinar e recomendar ações adicionais para garantir máxima transparência.

Fonte: G1

Pai de mulher morta durante assalto foi socorrer vítima sem saber que era filha

O pai de Alessandra Tomie Watanabe Kokubun Fagundes, de 41 anos, morta durante um assalto em Itanhaém, no litoral de São Paulo, no último sábado (2), correu para socorrer a vítima dos tiros sem saber que se tratava da filha dele.

Ela foi baleada em frente ao estabelecimento de comida da família quando chegava ao local, que fica na Praça Benedito Calixto. De acordo com o portal de notícias G1, a vítima estava estacionando o carro quando foi cercada por cinco criminosos, que anunciaram o assalto.

Em entrevista à TV Tribuna, a prima de Tomie, Rafaela Kohani Aoki, disse que três suspeitos puxaram a mulher e simularam uma briga. “Na hora, eu não sabia que era ela, não tinha visto. O moço [criminoso] começou a gritar ‘tá doidona, tá doidona’, para acharem que era briga entre casal, que era o que todo mundo estava achando. Depois, parece que iam tentar ir para cima do moço, foi aí que ele pegou a arma e disparou para o alto”, disse.

De acordo com ela, no momento em que a cena aconteceu, todos se jogaram no chão. Em seguida, ela ouviu três disparos. Dois dos tiros acertaram Tomie na cabeça e no abdômen.

A tia dela, Lúcia Watanabe Muniz, disse que o pai dela foi socorrer a pessoa que havia sido baleada, sem saber que se tratava da filha. “Meu cunhado foi lá acudir a pessoa e, quando ele viu, era a filha dele. Ele não acreditou. Uma moça trabalhadora, guerreira e, ter acontecido isso com ela não é justo”, disse.

Fonte: IstoÉ