Covid: Brasil tem média de mortes abaixo de 1.600 pela 1ª vez desde março

O Brasil registrou ontem 2.127 novas mortes de covid-19, o maior número em uma semana. Ao todo, o país já registra 518.246 óbitos desde o início da pandemia. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.

Pela primeira vez desde o dia 9 de março, a média móvel de mortes ficou abaixo de 1.600. Foram 1.572 óbitos em média nos últimos sete dias —mesmo número de 9/3. Com isso, o país registra tendência de queda de -22% na comparação com a média de 14 dias atrás.

Devido a oscilações nos dados da covid-19 que ocorrem aos fins de semana e feriados, a média móvel diária é o índice mais adequado para a análise do comportamento da pandemia, segundo especialistas. A média de hoje é comparada com o índice de duas semanas atrás —período comum de manifestação da doença. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda, acima de 15% é aceleração e, entre os dois valores, indica estabilidade nas mortes.

Fonte: UOL

Dr. Jairinho tem o mandato de vereador cassado no plenário da Câmara do Rio

Vereadores da Câmara do Rio cassaram em sessão de plenário nesta quarta-feira (30) o mandato de Dr. Jairinho, réu pela morte do enteado Henry Borel, de 4 anos. Foi a primeira vez na história que um vereador teve o mandato cassado na Câmara do Rio.

A votação foi unânime: 49 vereadores participaram da sessão e votaram pela cassação – o vereador Dr. Gilberto estava de licença. Os vereadores também decidiram que Jairinho vai perder os direitos políticos por 8 anos. No lugar de Jairinho, assume Marcelo Diniz Anastácio, que deve ser convocado para diplomação na próxima sexta-feira (2).

Após a divulgação do resultado, o vereador Tarcísio Motta (Psol) leu uma mensagem que disse ter recebido do pai de Henry, Leniel Borel.

“Tarcísio, agradece ao carinho e as orações de todos os vereadores. Estamos vendo a Justiça sendo feita. A quebra do decoro parlamentar e a respectiva cassação desse monstro é uma resposta à sociedade devido ao covarde assassinato do meu filhinho e as demais acusações claras contra esse assassino”.

Durante a sessão, vereadores que se inscreveram para discursar chamaram a atenção para o testemunho do executivo da área de saúde que diz que Dr. Jairinho tentou evitar que o corpo fosse levado para o IML o que configuraria tráfico de influência.

Fonte: G1

Superpedido de impeachment contra Bolsonaro é protocolado

Um grupo amplo composto por parlamentares, líderes sociais, partidos políticos, movimentos populares e coletivos protocolou nesta quarta-feira (30) um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), reunindo argumentos de outros de 122 pedidos já apresentados à Presidência da Câmara dos Deputados, atualmente ocupada por Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro.

O pedido de impeachment é fruto de negociações entre autores de pedidos anteriormente protocolados e cita uma série de supostos crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente da República.

Os autores citam no texto, ao qual a CNN teve acesso, mais de 20 crimes que teriam sido cometidos por Bolsonaro durante seu mandato. Os crimes estão divididos em sete categorias:

– Crimes contra a existência da União;
– Crimes contra o livre exercício dos poderes legislativo e judiciário e dos poderes; constitucionais dos estados;
– Crimes contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
– Crimes contra a segurança interna;
– Crimes contra a probidade na administração;
– Crimes contra a guarda e legal emprego de dinheiro público;
– Crimes contra o cumprimento de decisões do Judiciário.

O documento explica que os autores se reuniram virtualmente em 23 de abril para “buscar uma coordenação dos requerimentos”.

“Na ocasião, os presentes compreenderam, de maneira uníssona, que a elaboração de uma única peça, que viesse a sintetizar as suas manifestações específicas, poderia ter o efeito de provocar a resposta há muito aguardada na presidência da Câmara dos Deputados, com a instauração, afinal, do competente processo de impeachment”, diz o texto.

Ao todo, o documento é assinado por 46 parlamentares, entidades e partidos. As legendas que subscrevem o pedido de impeachment são PCB, PSB, PT, PSTU, Psol, PDT, PCdoB, PCO, Rede Sustentabilidade e Cidadania.

O pedido também é assinado por deputados que já foram aliados do presidente, como Joice Hasselmann (PSL-SP) e Alexandre Frota (PSDB-SP). O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL) também assina o documento.

Centrais sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Força Sindical, além de movimentos sociais como a Coalizão Negra por Direitos e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) também estão entre signatários. Outros autores são associações de classe, como a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

Fonte: CNN