Queiroga comemora transferência de tecnologia da vacina da AstraZeneca e anuncia 50 milhões de doses com IFA da China

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comemorou nesta terça-feira o contrato de transferência de tecnologia da vacina da AstraZeneca, ao mesmo tempo em que anunciou acordo para 50 milhões de doses do imunizante a serem produzidos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com insumos vindos da China.

“Tenho imenso prazer em anunciar a assinatura do contrato da Fiocruz para o fornecimento de aproximadamente 50 milhões de doses com lotes de IFA da China para a população brasileira, ampliando ainda mais a capacidade do nosso Programa Nacional de Imunização e garantindo que a nossa população estará imunizada dentro do mais curto espaço de tempo possível”, disse.

No evento de assinatura da transferência de tecnologia, que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, Queiroga chamou a parceria de exitosa e destacou que o chefe do Executivo, desde o início, deixou claro que o compromisso é promover a saúde e manter a economia, frisando que o binômio saúde-economia é “indissociável”.

“Nosso objetivo é oferecer até o final do ano imunização para toda a população brasileira”, disse Queiroga.

Fonte: Money Times

Na CPI, senador médico questiona Nise Yamaguchi sobre vírus e comenta: ‘Não estudou, doutora’

Durante depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira (1), a médica Nise Yamaguchi foi questionada pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), que é ortopedista, sobre a diferença entre um protozoário e um vírus.

Imunologista e oncologista, Yamaguchi é uma das principais defensoras do tratamento precoce e do uso da cloroquina para o combate à Covid. A cloroquina é tradicionalmente usada para o tratamento da malária, doença provocada por um protozoário, e já se comprovou ineficaz para a Covid-19.

A médica foi convidada para falar à comissão parlamentar de inquérito após ter sido apontada como uma das integrantes de um “gabinete paralelo” da Saúde no Palácio do Planalto — ela nega e se declara “colaboradora eventual”.

Durante a audiência, o senador cobrou exames de pacientes tratados por Yamaguchi com o medicamento e a apresentação dos resultados.

“Até porque a senhora deve saber a diferença entre um protozoário e um vírus. A senhora sabe? Qual é a diferença, doutora? Doutora Nise, estou perguntando para a senhora”, questionou Otto Alencar.

Enquanto Alencar insistia na pergunta, Nise Yamaguchi folheava papeis que levou à comissão. O advogado da médica interveio. “Pela ordem o quê? É só a diferença entre um protozoário e um vírus”, afirmou o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM).

Após o senador reforçar novamente a pergunta, Nise Yamaguchi respondeu: “Protozoários são organismos celulares, e os vírus são organismos que têm o conteúdo de DNA ou RNA”, respondeu.

“Não senhora, não senhora, tenha paciência. Não é bem assim. A senhora não é infectologista, se transformou de uma hora para outra, como muitos no Brasil, se transformaram em infectologista, e não é assim”, disse Otto Alencar.

“A senhora não soube explicar o que é o vírus. Vírus não são nem considerados seres vivos. Portanto, uma medicação para protozoário nunca cabe para vírus”, acrescentou.

Na sequência, o senador perguntou a Yamaguchi se ela sabia a que grupo pertence o Covid-19. “Ao coronaviridae. Ele é um coronavírus”, respondeu.

“A senhora não sabe, infelizmente. A senhora não sabe nada de infectologia. Nem estudou, doutora”, afirmou Otto Alencar.

O senador também perguntou à médica detalhes sobre o primeiro caso de coronavírus no mundo.

“Diga o número, diga o ano. Pode pegar os livros aí porque a senhora não tem na cabeça, certamente. Não leu, não estudou. E, doutora, de médico audiovisual, este plenário está cansado. De alguém que ouviu e viu, e não leu, e não se aprofundou, e não tem estudado”, disse Otto Alencar.

Enquanto o senador discursava, a médica tentava usar a palavra: “Agora, o senhor me dá licença? Eu preciso responder a uma série de acusações que o senhor me fez”.

“Eu não queria constranger a senhora, mas a senhora não sabe responder a absolutamente nada”, disse Otto Alencar.

“Eu fiz um testezinho simples com ela. Qualquer menino de segundo ano, terceiro ano. Eu fui professor de química por muitos anos, de biologia. Isso é ‘bê-a-bá’”, disse.

Fonte: G1