Após ‘fogo amigo’, Guedes faz ofensiva por reformas

Após ser alvo de “fogo amigo” dentro do próprio governo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, lançou mão de mais uma cartada para tentar agilizar o avanço das reformas no Congresso. Em uma articulação com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), Guedes costura um acordo para enviar em bloco medidas que podem destravar a economia e, ao mesmo tempo, auxiliar no ajuste. A ofensiva tem sido chamada de “agenda da transformação”. 

O ministro precisará conciliar essa pauta com as medidas de curtíssimo prazo para fechar o Orçamento de 2020 e também com a diretriz do presidente Jair Bolsonaro – que vetou do dicionário de propostas do governo três termos: criação de nova CPMF, quebra da estabilidade para servidores em atividade e desobrigação de reajustar o salário mínimo pela inflação. 

Bolsonaro já avisou à equipe econômica não querer que integrantes do governo voltem a esses assuntos publicamente, sobretudo o do salário mínimo, fonte do maior desconforto na ala política do governo. Com a pressão sobre Guedes, revelada pelo Estado, o presidente também buscou emitir sinais de que está alinhado com o ministro.

O primeiro passo da agenda foi o acordo, alinhavado na semana passada, para promulgar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que destrava o megaleilão de petróleo do pré-sal, programado para novembro. Com o acerto, o governo conseguirá usar os recursos da venda do petróleo excedente para fechar as contas deste ano. 

A próxima etapa é passar no Congresso uma proposta que aciona mais rapidamente medidas de contenção (os chamados “gatilhos”) dos gastos previstos na Constituição, criando novos freios para as contas, como a proibição do reajuste a servidores.

Um senador vai apresentar o texto, que será semelhante à proposta de redesenho das regras fiscais do deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), incorporando modificações da área técnica do governo. A expectativa é que a iniciativa possa tramitar em até 35 dias no Senado e depois seja apensada à de Pedro Paulo na Câmara dos Deputados.

Em seguida, outro senador também vai encampar a ideia de Guedes de desvincular (retirar os “carimbos”), desindexar (remover a necessidade de conceder automaticamente reajustes) e desobrigar o pagamento de despesas. Essa nova proposta tem recebido o apelido de PEC DDD. 

Também fazem parte da agenda a criação do Conselho Fiscal da República (uma espécie de “Copom das contas públicas”, órgão que definiria metas fiscais para União, Estados e municípios) e uma reforma administrativa, que vai enxugar o número de carreiras e reduzir o salário inicial dos funcionários públicos.

A Câmara dos Deputados ficará com a reforma tributária – coordenada com o Senado por meio de uma comissão mista –, a autonomia do Banco Central, a privatização da Eletrobrás e o novo marco legal do saneamento. Algumas dessas propostas já estão tramitando na Casa, e as que ainda não chegaram, como a reforma tributária, serão enviadas pelo rito normal, começando pela Câmara.

Fonte: Estadão

Corpo é encontrado em Brumadinho depois de oito meses da tragédia

A tragédia de Brumadinho completou oito meses em 25 de setembro. Mesmo passando tanto tempo do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, da Vale, os trabalhos do Corpo de Bombeiros continuam. E vem dando resultados. Na manhã deste domingo, os militares conseguiram encontrar mais um corpo.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, os restos mortais foram encontrados pela equipe em um local chamado de Remanso 4, por volta de 10h15.  A Polícia Civil foi acionada para realizar os trabalhos de perícia para identificar a vítima. Depois, o corpo será levado para o Instituto de Criminalística, em Belo Horizonte, para o término da identificação.

Desde o rompimento da barragem, em 25 de janeiro, 395 pessoas foram localizadas. Foram confirmadas 248 mortes e 22 pessoas seguem desaparecidas. Como o corpo encontrado neste domingo ainda não foi identificado, o número de vítimas ainda não encontradas pode diminuir.

Neste domingo, as buscas entraram em seu 248° dia. São 147 mililtares do Corpo de Bombeiros atuando em meio a lama de rejeitos de mineração. Eles contam com a ajuda de dois cães e de máquinas pesadas. As ações acontecem em 22 frentes.

Fonte: Estado de Minas

Rock in Rio 2019: Ivete Sangalo prova que o axé é tão bem-vindo no festival quanto o rock

O que Dave Grohl fez com o Foo Fighters e com o rock no Palco Mundo, no segundo dia de Rock in Rio 2019, Ivete Sangalo fez com o axé no terceiro.

Antes mesmo de dar oi para a plateia, a cantora apareceu no palco sentada atrás de uma bateria, e mostrou que tem habilidades no palco além daquela que envolve o microfone e a voz.

Depois disso, foi só carnaval. Ivete anunciou: “Hoje é dia de rock, e de axé, bebê!”. E fez um show que, se precisasse ser descrito com apenas um termo, seria alto astral. 

Incansável e vestida com um figurino digno de “Ziggy Stardust”, ela pulou, correu, dançou coreografias com o grupo de dançarinas que a acompanha, pulou mais um pouco e até cantou de cima de um pequeno carro alegórico em formato de tigre. 

Tudo isso com a maior alegria e satisfação estampadas no rosto. E o “combustível inesgotável” para toda essa energia, ela explica: é o amor que recebe dos fãs. 

E na setlist, só hit. “Tempo de Alegra”, “Eva”, “Abalou”, “Além do Horizonte” no ritmo do axé, e a incrível versão de “Sorte Grande”, misturada com um medley de trechos dos clássicos do funk “Cerol na Mão” e “Vai Lacraia”. 

Quem não saiu com as pernas cansadas de tanto pular ao som da Ivete Sangalo, é porque não estava lá. 

Fonte: Rolling Stone Brasil