Para Ciro, Bolsonaro não termina o governo: “Espero que não seja pelo suicídio”

Em entrevista ao Estadão, Ciro Gomes projeta que Jair Bolsonaro não terminará o seu mandato.

Para o pededista, a maior possibilidade é de renúncia.

“Acho que ele não termina o governo. Isso é um mero palpite. Espero que não seja pelo suicídio. Meu palpite, é um mero palpite, é que vai ser por renúncia”, afirmou Ciro.

Para o candidato derrotado ao Planalto em 2018, a chance de um novo impeachment é reduzida.

“A probabilidade de um impeachment hoje é pequena. Mas as energias são tão negativas e tão rápidas que não vejo como Bolsonaro termine o governo.”

Fonte: O Antagonista

Petrobras ou caminhoneiros? Alta do petróleo cria dilema político para Bolsonaro

O ataque a instalações petrolíferas da Arábia Saudita, no Oriente Médio, pode criar um problema político para o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Os atentados atingiram em cheio a atividade no país árabe, destruindo a produção de 5,7 milhões de barris do óleo – o que corresponde a 5% da produção global diária de petróleo. O desabastecimento provocou alta no preço do barril, o que pressiona o preço dos combustíveis no mundo todo, inclusive no Brasil.

Apesar de produzir óleo no Brasil, a Petrobras precisa importar petróleo de outros países do mundo para misturar ao produto que segue para as refinarias. Com isso, se a alta persistir, a empresa deve se ver obrigada a reajustar os preços – o que fatalmente atingirá o valor pago pelo consumidor final e toda a cadeia produtiva.

Um possível aumento no preço dos combustíveis não desagradaria somente ao cidadão médio, mas atingiria, também, uma das categorias mais aguerridas no apoio ao presidente e com alta capacidade de pressão: a dos caminhoneiros. Por isso, Bolsonaro pode se ver em uma encruzilhada: interfere na Petrobras para conter o aumento dos preços, e agrada o eleitorado, ou mantém a independência da estatal?

Categoria deve responder a aumento, diz liderança

Plínio Dias, caminhoneiro de São José dos Pinhais, no Paraná – que foi uma das lideranças da greve dos motoristas no ano passado –, afirma que um aumento no preço do diesel, combinado com outras insatisfações da categoria, pode resultar em paralisações. “Por enquanto, não há mobilização. Mas, se o preço começar a subir, vamos ter uma resposta dos caminhoneiros nas pistas”, disse.

A principal insatisfação da categoria, que pode resultar em greve se combinada ao aumento no diesel, diz respeito à tabela de frete. Segundo os caminhoneiros, o preço mínimo não vem sendo respeitado pelas transportadoras. A atualização dos valores em 2019, além disso, continua em suspenso, depois do próprio governo revogar as novas normas publicadas, por causa da pressão dos caminhoneiros.

Fonte: Gazeta do Povo

Sem acordo, senadores recuam em projeto que beneficiaria partidos

Senadores recuaram da tentativa de aprovar um projeto que beneficia partidos políticos e decidiram mexer no texto fixando valor do fundo eleitoral em R$ 1,7 bilhão para as eleições municipais do ano que vem, mesmo montante utilizado para o pleito presidencial de 2018.

Sem acordo sobre outros pontos do projeto, o relator da proposta no Senado, Weverton Rocha (PDT-MA), anunciou que todos os demais trechos da proposta serão rejeitados em uma nova versão de seu parecer.

Nas eleições de 2018, o fundo eleitoral teve valor determinado por, no mínimo, 30% das emendas de bancadas estaduais, além da compensação fiscal de propaganda partidária na TV e rádios.

A proposta aprovada na Câmara deixava indefinido o montante das emendas que comporão esse fundo – determinado pela Lei Orçamentária Anual (LOA) -, possibilitando, assim, que a quantia ultrapassasse os valores utilizados no pleito anterior. Agora, na nova versão do relatório do Senado, as eleições de 2020 ficam com R$ 1,7 bilhão do fundo eleitoral.

Entre outros pontos, o projeto afrouxava regras para sanções a partidos, dificulta a fiscalização – abrindo brecha para o caixa dois – e flexibilizava normas de prestação de contas. A proposta permitia, ainda, que advogados e escritórios de contabilidade fossem pagos com dinheiro dos partidos. O relator retirou esses itens da proposta. 

“Esse é o tipo de entendimento que não é maioria por si só, tem que ser construído com uma unidade, e não tinha uma unidade”, afirmou Weverton quando perguntado sobre a reviravolta na proposta.

Fonte: Agência Estado