Conselho de Direitos Humanos da PB repudia ação policial com 8 mortes

O Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba (CEDH-PB) repudiou a ação conjunta das polícias Civil e Militar de Pernambuco e Paraíba que resultou na morte de oito suspeitos de integrarem um bando criminoso. Em nota pública, divulgada no domingo (7), o CEDH do estado vizinho classifica a ação como “espetáculo macabro” e “culto ao sangue”. 

O caso repudiado na nota teve seu início na segunda passada (1), quando um PM pernambucano foi baleado na cabeça por um grupo criminoso que tinha acabado de assaltar um mercadinho em Santa Cruz do Capibaribe, Agreste. Em ação conjunta com forças da PB, o bando foi localizado em um sítio, no limite entre Barra de São Miguel e Riacho de Santo Antônio, municípios paraibanos. De acordo com a PMPE, a reação foi necessária por conta dos suspeitos terem atacado a força pública durante a ação.

De acordo com a presidente do conselho, Guiany Campos Coutinho, a nota se põe contra o tratamento que foi dado aos corpos dos suspeitos. “A gente não está sendo a favor dos bandidos. Não aceitamos a forma com que aconteceu, aquela encenação com os corpos”, diz Guiany, citando vídeos que viralizaram nas redes sociais. Um deles mostra os mortos empilhados, um em cima do outro, dentro da UPA de Santa Cruz – alguns deles com os órgãos genitais expostos. 

A gente se solidariza com a corporação, com a família do policial pernambucano que perdeu a vida. Mas também se solidariza com a família dos que morreram. Família de bandido nem sempre é bandido. Tem alguma mãe aí sofrendo também”, pontua a presidente, que espera que o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos de Pernambuco também se posicione sobre o ocorrido.

Na nota, o CEDH-PB diz que foram testemunhados “atos incompatíveis com a atividade policial”, algo que rebaixa a polícia. “Tal cenário, nada distante do culto ao sangue do antigo Coliseu de Roma, concorre não para o fortalecimento, mas para o descrédito da atividade policial, transformada, pelo tratamento absurdo da cena do crime, em um grotesco ato de vingança selvagem, a anos-luz de distância da ideia de uma ação policial racional, eficiente e planejada, como acreditamos ter sido o propósito da atuação das autoridades da segurança pública”, aponta.

PMPE rebate

Em nota ao Diario, a Polícia Militar de Pernambuco disse que “todos os fatos relacionados à ocorrência tratada pela reportagem foram debatidos à exaustão numa entrevista coletiva”, ocorrida na quarta (3) passada. 

“Como foi dito a todos da imprensa presentes ao Quartel do Comando Geral, no Derby, houve enfrentamento com uma quadrilha extremamente perigosa, que recebeu o policiamento a tiros, forçando uma resposta à altura do efetivo. As investigações sobre todos os fatos continuam sendo realizadas pela Polícia Civil, que poderiam ser prejudicadas com a precipitação de divulgação de detalhes”, diz a instituição.

Fonte: Diario de Pernambuco

Previdência: eventual aprovação será ‘construção’ do Congresso e não do governo, diz Maia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (8), que eventual aprovação da reforma da Previdência será uma construção do Congresso, e não do governo do presidente Jair Bolsonaro.

Aprovada pela comissão especial na semana passada, a proposta, que mexe nas regras de aposentadoria de servidores públicos e de trabalhadores do setor privado, deve ser votada no plenário da Câmara nesta semana. Nesta segunda-feira (8), foi aberta a primeira sessão extraordinária da semana, com 117 deputados presentes. Serviu para a contagem do prazo de duas sessões para a inclusão da proposta na pauta. A segunda sessão do prazo deve ser contabilizada nesta terça.

“A construção da vitória, se ela acontecer, será uma construção do Parlamento, não será uma construção do governo”, afirmou Maia.

Para ele, só foi possível chegar a um texto com viabilidade de ser aprovado no plenário graças à “capacidade de diálogo” e ao “equilíbrio” dos parlamentares.

“Acho que a construção desse texto se deve à capacidade de diálogo, ao equilíbrio do parlamento brasileiro. Todos participaram. Aqueles que defendem a proposta e aqueles que não defendem a proposta. Então, é importante que a gente entre nesta semana com essa clareza, que a construção do texto foi uma construção parlamentar”, completou o presidente da Câmara.

Fonte: G1

Mauro Naves deixa TV Globo após 31 anos

Mauro Naves não faz mais parte do time de repórteres da TV Globo. O jornalista, que trabalhou na emissora por 31 anos, deixa a casa como consequência dos fatos relacionados à acusação de estupro que envolveu Neymar. A informação foi publicada pelo colunista Flávio Ricco e confirmada pela Globo.

“O Grupo Globo e o jornalista Mauro Naves decidiram encerrar consensualmente o contrato de prestação de serviços que mantinham. O Grupo Globo reconhece a imensa contribuição de Mauro Naves ao jornalismo esportivo e a ele agradece os 31 anos de dedicação e colaboração”, diz o comunicado oficial da emissora.

Em contato feito por Ricco, Mauro Naves informou que está finalizando outros assuntos referentes a sua saída da Globo e que dará mais informações “depois que tudo estiver concluído”.

A situação de Naves na Globo passou a ficar delicada após surgir a informação que o jornalista havia passado o contato do pai de Neymar para um dos advogados de Najila Trindade, modelo que acusa o jogador de estupro. Por interferência no caso, a Globo optou por afastá-lo, com a decisão sendo anunciada ao vivo no Jornal Nacional, principal telejornal da emissora.

Fonte: IstoÉ

Deltan avisa que não irá ao Congresso falar sobre mensagens vazadas

Chefe da força-tarefa da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, enviou comunicado ao Senado e à Câmara nesta segunda-feira informando que não irá ao Congresso para falar sobre as mensagens vazadas do seu aplicativo Telegram. Veja o que escreveu Deltan:

“O Congresso Nacional é uma das Instituições mais relevantes em nossa democracia e corresponsável pela definição dos rumos do país, como um dos poderes da República. Como membro do Ministério Público, Instituição essencial à Justiça, tenho por função constitucional desempenhar trabalho de natureza técnica perante o Judiciário, outro poder, situação distinta daquela de agentes públicos vinculados ao Poder Executivo. Esse trabalho técnico consiste em investigar fatos e buscar a aplicação da lei penal de modo eficiente e justo, de acordo com a Constituição e com as leis, atividade funcional sujeita à apreciação do Poder Judiciário.

Diante disso, muito embora tenha sincero respeito e profundo apreço pelo papel do Congresso Nacional nos debates de natureza política que realiza e agradeça o convite para neles participar, acredito ser importante concentrar na esfera técnica minhas manifestações sobre mensagens de origem criminosa, cuja veracidade e autenticidade não reconhecemos, e que vêm sendo usadas para atacar a Operação Lava Jato.”

Fonte: Blog Radar Veja