Governo federal começa a implementar ponto eletrônico para servidores públicos

O Ministério da Economia informou nesta segunda-feira (1º) que nos próximos 12 meses implementará o sistema de ponto eletrônico para 410 mil servidores públicos federais.

Segundo o ministério, a medida começou a ser aplicada nesta segunda para trabalhadores da Advocacia-Geral da União (AGU), Agência Nacional de Cinema (Ancine) e Universidade Federal de Tocantins.

Ainda de acordo com a pasta, a medida atende a uma instrução normativa que torna obrigatório o registro eletrônico para a implementação de banco de horas.

O registro eletrônico não será obrigatório para 146 mil professores das universidades públicas federais e servidores com funções comissionadas de nível 4 ou mais, os chamados DAS.

Para o Ministério da Economia, a medida vai aumentar a transparência e eficiência do serviço público, já que deve reduzir o número de profissionais que trabalham com gestão de pessoas e são responsáveis pelo controle de horário dos servidores.

Fonte: G1

Quem se torna ministro do STF tem couro para aguentar qualquer tipo de crítica, diz Toffoli

Um dia depois de milhares de brasileiros irem às ruas do País em defesa do governo, do ministro Sergio Moro e da reforma da Previdência, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, nesta segunda-feira, 1, afirmou que quem se torna ministro do STF “tem couro para aguentar qualquer tipo de crítica”. Os atos do último domingo, 30, também foram marcados por novos ataques ao Congressoe a ministros do Supremo Tribunal Federal. No Twitter, o presidente Jair Bolsonarocitou a “civilidade” e “legitimidade” dos movimentos.

Para Toffoli, as manifestações do último domingo fazem parte da democracia e diminuíram o tom dos ataques desferidos contra o tribunal, quando comparadas a outros protestos recentes. Segundo o presidente da Corte, também houve uma diminuição em 80% dos ataques desferidos contra o tribunal na esfera online, o que o ministro atribui à instauração de um inquérito para apurar ofensas e ameaças contra ministros e seus familiares. “Quanto for necessário, (o inquérito) vai ser mantido”, disse.

Nos atos de domingo, quatro bonecos foram inflados em frente ao Congresso Nacional, em Brasília. Dois deles simbolizando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Lula (ambos com roupa de presidiário), um de Moro vestido de super-homem e o último unindo Lula, o ex-ministro do PT José Dirceu e o ministro Gilmar Mendes, do STF. Na Avenida Paulista, lugar escolhido pelos manifestantes em São Paulo, bonecos e faixas também traziam críticas ao Supremo e ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Para Toffoli, os ataques ao Supremo foram algo “pontual” e não “generalizado”.

“Quem vem pro Supremo Tribunal Federal, quem se torna ministro do STF, ele está absolutamente, todos aqui têm couro suficiente para aguentar qualquer tipo de crítica e pressão”, disse Toffoli a jornalistas, ao participar de brunch com a imprensa para um balanço do primeiro semestre.

“Eu não me impressiono. Quem vem para cá tem couro e tem de aguentar qualquer tipo de crítica. O próprio processo de sabatina (no Senado, onde onde os indicados pelo presidente da República a uma vaga no STF são sabatinados e precisam ganhar aval dos senadores) é um bom teste para isso”.

Ao comentar a pressão sobre os integrantes do STF, o presidente da Corte fez referência ao filme “Tropa de elite”. “Todo dia aqui é um ‘tropa de elite’, um ‘pede para sair’”, afirmou, em referência à celebre frase do Capitão Nascimento, protagonista do longa-metragem policial do cineasta José Padilha.

Fonte: Estadão

Juiz determina soltura de assessor do ministro do Turismo investigado em esquema de ‘laranjas’

O juiz Renan Chaves Carreira Machado, da 26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, revogou nesta segunda-feira a prisão temporária do assessor do Ministério do Turismo Mateus Von Rondon,  alvo de operação da Polícia Federal que investiga desvios em recursos do fundo partidário por meio de candidaturas-laranja.

Preso na última quinta-feira, Mateus Von Rondon era dono de uma empresa que recebeu pagamentos das campanhas eleitorais de candidatas-laranja. A PF suspeita que não houve prestação de serviços e que os repasses eram desvios de recursos do fundo partidário, composto por dinheiro público.

O despacho do juiz foi em resposta ao pedido de revogação feito ainda na quinta-feira pelo advogado João Marcos Braga de Melo. Em seu despacho, o juiz entendeu que a prisão não se justificava mais porque Mateus prestou os esclarecimentos necessários à PF. 

O juiz também determinou a soltura dos outros dois alvos de prisão temporária na semana passada, Roberto Silva Soares, atual primeiro-secretário do diretório do PSL em Minas e um dos coordenadores de campanha do ministro à Câmara no ano passado, e Haissander Souza de Paula, ex-assessor de gabinete de Marcelo Álvaro Antônio. 

Na suspeita dos investigadores, o ministro Marcelo Álvaro Antonio, que preside o PSL de Minas Gerais, seria o articulador do esquema. Mulheres apresentariam candidaturas-laranjas com o objetivo de cumprir a cota mínima de candidatas femininas, mas sem concorrer efetivamente, e os recursos eram desviados por meio dos gastos de campanha, suspeitam os investigadores.

Fonte: O Globo