Alepe realiza audiência pública para discutir situação do Rio São Francisco após rompimento de barragem da Vale

Por iniciativa da Frente Parlamentar em Defesa do Rio São Francisco, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realiza na manhã desta terça-feira, 7, uma audiência pública para debater os riscos que o Rio São Francisco corre após o rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho-MG. O desastre ambiental aconteceu no dia 25 de janeiro deste ano.

O evento acontecerá no Auditório Sérgio Guerra, a partir das 9h, sob a coordenação do deputado Lucas Ramos. “É nossa obrigação defender o Velho Chico e estamos atentos ao perigo que ele corre desde o momento em que a barragem da Vale rompeu em Minas Gerais, o que representa uma grande ameaça e pode trazer prejuízos para o Nordeste”, afirma o parlamentar.

Estão confirmadas presenças de representantes da Fundação Joaquim Nabuco, do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Chesf, CPRH, Agência Pernambucana de Águas e Climas (APAC), Compesa, além das secretarias estaduais de Recursos Hídricos, Saúde, Desenvolvimento Agrário e Meio Ambiente e Sustentabilidade.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Ex-aluna do Colégio Militar aproveita festa e cobra Bolsonaro sobre cortes do MEC

Ao contrário das centenas de estudantes que foram impedidos de entrar nesta segunda-feira, 6, no Colégio Militar para protestar contra o corte de verbas na educação pública, a ex-aluna e hoje estudante de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Maria Eduarda Sá Ferreira, 24 anos, “lavou a alma”, segundo a própria, ao conseguir abordar o presidente da República, Jair Bolsonaro, durante a festa para cobrar uma revisão das medidas.

Apesar de receber apenas um leve sorriso de espanto, “ele não esperava”, diverte-se a estudante, ao se dirigir a ele e falar apenas “vergonha, ser inimigo da educação pública” (fato que foi confirmado depois pela assessoria do presidente), Sá Ferreira se deu por satisfeita e espera que o governo reveja os cortes anunciados na semana passada pelo Ministério da Educação (MEC).

O governo anunciou corte médio de 30% dos repasses das instituições de ensinos federais, inclusive do Colégio Pedro II, cujos alunos eram a grande maioria do protesto desta segunda-feira em frente ao Colégio Militar, enquanto lá dentro Bolsonaro comemorava os 130 anos da instituição.

Sá Ferreira, que se formou no Colégio Militar em 2013, afirma que o maior sonho de quem se forma na instituição centenária é chegar às universidades federais, o que poderá ficar comprometido, se Bolsonaro levar adiante o anúncio feito pelo MEC. “Eu sou contra esses cortes porque sei que a maioria dos sonhos dos estudantes daqui, que não vão seguir na carreira militar, justamente é estudar nas universidades de ponta do país, e as universidades de ponta do País são as universidades públicas”, alertou.

Para ela, estudar no Colégio Militar foi fundamental para chegar à UFRJ, e denuncia que o custo do Exército para manter os colégios voltados para a categoria são muito mais elevados do que os colégios civis, por isso são melhores. “Foi o que me fez chegar na UFRJ, aqui eu tive um bom ensino e estou me formando em Direito”, ressaltou. “Sou totalmente contra esse corte e por isso vim aqui para passar essa mensagem, para ele (Bolsonaro).”

E concluiu: “Espero que ele reveja essa posição, eu espero que repense, atacar as universidades públicas federais é atacar a produção de conhecimento, a iniciação científica, isso é muito custoso para um País que quer se desenvolver.”

Segundo a assessoria de Bolsonaro, “ele foi educado e não comentou sobre a cobrança da ex-aluna”.

Fonte: O Dia

Justiça Federal do DF suspende licitação do STF com menu de lagosta e vinho

A juíza federal Solange Salgado, do Distrito Federal, decidiu nesta segunda-feira, 6, suspender a compra pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de medalhões de lagosta e vinhos importados – com premiação internacional – para as refeições servidas aos integrantes da Corte e convidados. O STF já informou que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai entrar com recurso para garantir que a licitação seja efetuada.

A decisão da juíza foi tomada no âmbito de uma ação popular movida pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que apontou que o valor do pregão – de até R$ 1,13 milhão – é “aviltante”, além de criticar o “luxo desnecessário” a membros do STF, sob o argumento de que a compra representa um “potencial ato lesivo à moralidade administrativa”. A compra também entrou na mira do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Para a juíza Solange Salgado, o edital da lagosta e do vinho não se insere como “necessário para a manutenção do bom e relevante funcionamento do Supremo Tribunal Federal” e os itens exigidos na licitação “destoam sobremaneira da realidade socioeconômico brasileira, configurando um desprestígio ao cidadão brasileiro que arduamente recolhe seus impostos para manter a máquina pública funcionando a seu benefício”.

Fonte: Estadão Conteúdo

Temer vira réu por organização criminosa e obstrução de justiça

A Justiça Federal em Brasília aceitou uma nova denúncia contra o ex-presidente Michel Temere colocou o emedebista no banco dos réus pela sexta vez.

Na ação, o ex-presidente responde pela tentativa de obstruir a investigação do encontro com Joesley Batista, no Palácio do Jaburu, e pelo crime de organização criminosa no caso conhecido como ‘Quadrilhão do MDB’.

Em 2017, durante o mandato de Temer, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu uma denúncia para os dois crimes. O processo relacionado a Temer, Eliseu Padilha e a Moreira Franco estava suspenso porque não havia sido autorizado pela Câmara dos Deputados.

Na denúncia apresentada por Janot, os denunciados Temer, Padilha e Moreira Franco, entre outros, são acusados de praticarem ações ilícitas em troca de propina por meio da utilização de diversos órgãos públicos, como Petrobras, Furnas, Caixa Econômica, Ministério da Integração Nacional e Câmara dos Deputados.

A ação referente ao crime de embaraço à Justiça acusa Michel Temer de instigar Joesley Batista a pagar, por meio de Ricardo Saud, vantagens ao doleiro Lúcio Funaro — que depois se tornou delator. O objetivo seria impedir que Funaro firmasse um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal.

Ambas as acusações foram ratificadas à primeira instância pela força-tarefa Greenfield, da Procuradoria da República no Distrito Federal.

Defesa

O criminalista Eduardo Carnelós, que defende Temer, afirmou, em nota, que o ex-presidente “nunca integrou organização criminosa nem obstruiu a justiça, e por isso também essa acusação será desmascarada a seu tempo”.

Fonte: R7

Bolsonaro diz que não há divisão entre militares e olavistas no governo: ‘Tudo é um time só’

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na tarde desta segunda-feira (6) após reunião com o ministro Paulo Guedes no Ministério da Economia que não há divisão entre ala militar e ala de apoiadores do ideólogo Olavo de Carvalho no governo.

“Não existe grupo de militares nem grupo de olavos aqui. Tudo é um time só”, disse o presidente.

Segundo Bolsonaro, há coisas “muito, mas muito mais importantes” para discutir no Brasil.

“O que eu tenho falado é que, de acordo com a origem do problema, a melhor resposta é ficar quieto. Essa orientação que eu tenho falado”, disse.

Mais cedo, o ex-comandante do Exército e atual assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Eduardo Villas Boas, escreveu em uma rede social que o escritor Olavo de Carvalho é um “Trotsky de direita” – intelectual de orientação marxista, Leon Trotsky foi um dos líderes da revolução russa de 1917 e um dos principais responsáveis por implementar o regime comunista naquele país.

Na publicação, Villas Boas reagiu a ataques de Olavo de Carvalho nos últimos dias, nas redes sociais, ao ministro da Secretaria de Governo, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz.

O episódio foi mais um da crise entre dois dos principais grupos dentro do governo: os militares e os seguidores de Carvalho, ideólogo do bolsonarismo e próximo dos filhos de Bolsonaro e do próprio presidente.

Indagado se o ministro Santos Cruz, segue tendo respaldo, Bolsonaro respondeu: “Completamente”. Mais tarde, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, leu uma nota do presidente na qual afirmou que “declarações individuais publicadas nas mais diversas mídias são de exclusiva responsabilidade daqueles que as emitem”.

Fonte: G1