O processo contra o deputado federal Jair Bolsonaro, candidato à presidência pelo PSL, com base em uma ação movida pela coligação adversária, liderada pelo PT, após uma denúncia divulgada ontem pela Folha de S. Paulo sobre supostos crimes eleitorais, terá como relator o ministro Jorge Mussi, corregedor-geral eleitoral, segundo decidiu o TSE.
Na última quinta-feira, a Folha publicou uma matéria revelando possíveis práticas ilegais ligadas à campanha de Bolsonaro. De acordo com o jornal, empresas teriam doado milhões de reais, não declarados, com o objetivo de comprar pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp, a fim de favorecer o deputado. Logo após tomar conhecimento do episódio, o Partido dos Trabalhadores decidiu entrar com uma ação contra o rival na Justiça Eleitoral, pedindo a impugnação da chapa de Bolsonaro.
De acordo com a coligação O Povo Feliz de Novo (PT/PCdoB/PROS), Jair Bolsonaro, seu candidato a vice, Antônio Hamilton Mourão, o empresário Luciano Hang (dono da Havan), o WhatsApp Inc e outras quatro empresas devem ser investigados por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. A ação afirma que as condutas ilegais dos adversários “consubstanciam, a um só tempo, doação de pessoa jurídica, utilização de perfis falsos para propaganda eleitoral e compra irregular de cadastros de usuários”.
Ao final das investigações, comprovadas as devidas responsabilidades, o PT e seus aliados pedem que Jair Bolsonaro seja declarado inelegível “para as eleições que se realizem nos 8 (oito) anos subsequentes à eleição” atual.
Fonte: Sputnik News